Como descobrir se meu bebê tem alergia a algum medicamento?

As alergias são uma das doenças crônicas mais comuns na infância, afetando crianças do mundo inteiro. No Brasil, segundo informações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 20% dos pequenos têm algum tipo de alergia que, sem o tratamento adequado, pode evoluir para uma doença crônica.

Em bebês, elas podem se manifestar de diferentes formas, dependendo do tipo de alergia. Para ajudar os pais e demais familiares a identificar possíveis sinais da condição, separamos algumas dicas.

Alergia respiratória: é a reação do organismo a substâncias inaladas, como poeira, ácaros, pólen e fumaça. Os sintomas mais comuns são espirros, coriza, congestão nasal, tosse e falta de ar. Um levantamento da Asbai aponta que cerca de 30% dos brasileiros têm alguma alergia respiratória, o que afeta seriamente a qualidade de vida de crianças e adultos.

As doenças respiratórias mais comuns são a rinite alérgica, atingindo entre 30% e 40% da população global, e a asma, que é considerada um grande problema de saúde no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde relata que mais de 20 milhões de brasileiros são asmáticos.

Alergia de pele: consiste na reação do organismo a substâncias que entram em contato com a pele, como produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Os sintomas mais comuns são erupção cutânea, coceira, edema e vermelhidão.

Alergia alimentar: de acordo com a OMS, cerca de 10% da população em países desenvolvidos sofre com algum tipo de alergia alimentar. Trata-se da reação do organismo a um determinado alimento. Os sintomas mais comuns são erupção cutânea, coceira, vômito, diarreia e dificuldade para respirar. Geralmente, crianças com eczema – inflamação da pele com sintomas de coceira, vermelhidão e descamação – são mais vulneráveis ao desenvolvimento de alergias alimentares.

Um estudo populacional da Austrália com crianças de 1 ano mostrou que bebês com eczemas são 6 vezes mais propensos a ter alergia a ovos e 11 vezes mais propensos a ter alergia a amendoim, quando comparados com bebês que não possuíam eczema. Entretanto, é importante ressaltar que a prevalência de certas alergias alimentares pode variar de país para país ou de região para região.

O que fazer?

Se o bebê ou a criança apresentar algum dos sintomas acima, é essencial procurar um médico para diagnóstico e tratamento.

Caso haja a confirmação do diagnóstico de alergia no bebê, é imprescindível que pais e familiares sigam as orientações da equipe médica para o tratamento da doença.

Dependendo do caso, pode ser necessário evitar o contato do bebê com o alérgeno. Por exemplo, se o bebê tem alergia a um alimento, é preciso evitar que ele consuma esse alimento. Também é importante seguir as orientações do médico sobre o uso de medicamentos, como anti-histamínicos e corticoides.

Prevenção

Aleitamento materno: exclusivo, no mínimo, até os seis meses de idade, o aleitamento materno é a melhor forma de proteger o bebê contra alergias.

Alimentação balanceada: evite oferecer alimentos ricos em conservantes, corantes e sabores artificiais para o seu bebê. Dê preferência para alimentos in natura, minimamente processados, frutas e legumes e procure sempre o equilíbrio na alimentação dos pequenos.

Higiene: manter o ambiente da criança limpo e livre de poeira, ácaros, fungos e mofo, principais causadores de problemas respiratórios em casa, é o melhor caminho para prevenir rinites alérgicas, asma e outras doenças crônicas que atingem o pulmão.

Por fim, saiba que alergias não são contagiosas, mas infelizmente podem ser hereditárias. Se os pais ou irmãos da criança têm alergias, o risco do bebê também desenvolvê-las é maior.

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