21 doenças na gravidez que afetam o bebê: quais são e o que fazer

As doenças na gravidez que podem afetar o bebê são rubéola, anemia, sífilis ou infecção urinária, pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, e causar malformações, baixo peso ao nascer ou morte fetal. Veja quais são as doenças na gravidez que afetam o bebê e o que fazer.

O que são doenças na gravidez?

As doenças na gravidez que podem afetar o bebê são principalmente infecções, como citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis ou infecção urinária ou doenças como pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, por exemplo.

Dependendo do tipo de doença na gravidez, o desenvolvimento do bebê pode ficar prejudicado, levando a malformações, baixo peso ao nascer ou ainda pode-se passar a infecção para o bebê pela placenta ou durante o parto.

O tratamento das doenças na gravidez é feito pelo obstetra e varia de acordo com o tipo de doença, podendo ser recomendado uso de antibióticos, antivirais ou até parto cesáreo.

Quais são as doenças que afetam o bebê?

As principais doenças que afetam o bebê são:

-Hiperemese gravídica;

-Diabetes gestacional;

-Placenta prévia;

-Pré-eclâmpsia;

-Anemia;

-Asma;

-Vaginose bacteriana;

-Infecção urinária;

-Citomegalovírus;

-Herpes genital;

-Rubéola;

-Toxoplasmose;

-Hepatite B;

-Sífilis;

-Gonorreia;

-Clamídia;

-Tricomoníase;

-Zika;

-Doenças da tireoide;

-Listeriose;

-HIV

Essas doenças podem afetar o desenvolvimento do bebê, causar malformações ou o bebê pode adquirir a infecção através da placenta ou no momento do parto.

1. Hiperemese gravídica

A hiperemese gravídica é a náusea e vômitos graves e persistentes, em que a mulher vomita várias vezes ao longo do dia, durante semanas.

Essa condição pode levar à desidratação e má nutrição, comprometendo o fornecimento de nutrientes para o bebê em desenvolvimento e resultar em parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascer.

A hiperemese gravídica deve ser tratada pelo obstetra, com o uso de remédios antieméticos e, nos casos mais graves, internamento hospitalar para receber soro e remédios na veia. Entenda como é feito o tratamento da hiperemese gravídica.

2. Diabetes gestacional

A diabetes gestacional é a diabetes que se desenvolve durante a gestação, após a 24ª semana de gravidez, em mulheres que não tinham diabetes antes de engravidar. Saiba identificar os sintomas da diabetes gestacional.

A diabetes gestacional pode afetar o bebê que pode crescer mais do que o normal, sendo essa condição chamada macrossomia, atraso no amadurecimento dos pulmões ou hipoglicemia ao nascer.

Desta forma, é recomendado fazer o tratamento da diabetes gestacional conforme orientação do obstetra com alterações na dieta, exercícios físicos e uso de remédios antidiabéticos.

3. Placenta prévia

A placenta prévia é quando a placenta cobre parcial ou totalmente o colo do útero, provocando sangramentos vaginais ou até contrações, que podem colocar a vida da mulher e do bebê em risco.

Essa condição aumenta o risco de nascimento prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e necessidade de internamento na UTI neonatal.

Geralmente, o tratamento da placenta prévia é feito com repouso, evitando esforços físicos, contato íntimo e parto cesáreo entre as 36 e 37 semanas de gestação. Saiba mais sobre a placenta prévia.

4. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial acompanhada da presença de proteínas na urina.

Essa condição pode afetar o desenvolvimento do bebê, pois a pressão alta reduz a quantidade de sangue, oxigênio e nutrientes que chegam ao bebê através da placenta, podendo provocar danos cerebrais ou até morte fetal.

Além disso, pode aumentar o risco de parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer, síndrome do desconforto respiratório ou morte fetal. Veja como é feito o tratamento da pré-eclâmpsia.

5. Anemia

A anemia na gravidez é causada principalmente pela deficiência de ferro, que é para a formação das hemácias que carregam o oxigênio para os tecidos e para o bebê.

Essa condição pode afetar o desenvolvimento neurológico do bebê, causar anemia no bebê, baixo peso ao nascer ou até aborto espontâneo.

O tratamento da anemia na gravidez é feito com alterações na alimentação e uso de suplementos indicados pelo obstetra. Entenda como é feito o tratamento da anemia por deficiência de ferro.

6. Asma

A asma na gravidez principalmente quando não está bem controlada e causa crises de asma pode reduzir a quantidade de oxigênio que chega até o bebê. Saiba identificar os sintomas de crise de asma.

Desta forma, a crise de asma na gravidez pode afetar o desenvolvimento do bebê, além de causar nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer, o que pode provocar dificuldade para respirar ou deficiências intelectuais ou até paralisia cerebral..

Além disso, a asma na gravidez pode aumentar o risco de pressão alta ou pré-eclâmpsia, que também pode afetar o desenvolvimento do bebê.

7. Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana é uma infecção causada pela Gardnerella vaginalis ou Gardnerella mobiluncus causando corrimento vaginal com cheiro de peixe ou sensação de queimação ao urinar. Veja outras causas de corrimento vaginal.

Essa infecção quando não tratada adequadamente, pode aumentar o risco de aborto espontâneo, ruptura prematura de membranas, parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e necessidade de internamento na UTI neonatal.

8. Infecção urinária

A infecção urinária na gravidez é muito comum devido às alterações hormonais normais da gestação, causando sintomas como dor ou ardor ao urinar ou urina turva e com cheiro forte.

Quando não tratada adequadamente, a infecção urinária na gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, restrição de crescimento fetal, baixo peso do bebê ao nascer ou até aborto espontâneo.

Por isso, ao apresentar os sintomas de infecção urinária, a grávida deve consultar o obstetra para iniciar o tratamento, que normalmente é feito com antibióticos.Veja como é feito o tratamento da infecção urinária.

9. Citomegalovírus

O citomegalovírus na gravidez é uma infecção viral transmitida através do contato com saliva, semen, urina ou lágrimas de uma pessoa infectada com o vírus. Entenda melhor o que é citomegalovírus.

Esse vírus pode ser transmitido ao bebê pela placenta e causar citomegalovírus congênito no bebê, que pode resultar em microcefalia, atraso no desenvolvimento intelectual ou paralisia cerebral.

Além disso, o bebê pode ter um tamanho menor para a idade gestacional, perda da audição ou visão, por exemplo.

10. Herpes genital

A herpes genital na gravidez é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo vírus herpes simples, provocando bolhas ou feridas dolorosas na vagina, vulva ou até colo do útero. Veja todos os sintomas da herpes genital.

Essa IST pode ser transmitida ao bebê durante o parto vaginal, principalmente se a grávida teve o primeiro episódio de herpes genital no final da gravidez, pois não tem tempo suficiente para produzir anticorpos contra o vírus.

Assim, pode ser recomendado o parto cesáreo para evitar que o bebê desenvolva herpes neonatal, que pode causar danos cerebrais no bebê, problemas nos olhos ou até mesmo pode colocar a vida do bebê em risco.

11. Rubéola

A rubéola na gravidez é uma infecção causada pelo vírus do gênero Rubivirus, transmitido através do contato com secreções respiratórias ou saliva de uma pessoa infectada ao tossir, respirar, falar ou respirar.

Esse vírus pode ser transmitido ao bebê pela placenta podendo causar restrição de crescimento intrauterino, além de malformações, microcefalia, catarata, surdez, problemas cardíacos ou retardo mental, por exemplo.

A rubéola nagravidez pode ser facilmente prevenida através da vacinação com a vacina tríplice-viral contra sarampo, caxumba e rubéola que deve ser tomada no mínimo 1 mês antes de engravidar. Saiba mais sobre a rubéola e como prevenir.

12. Toxoplasmose

A toxoplasmose na gravidez é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, transmitido através de fezes de gatos, consumo de carne crua ou mal passada ou água contaminados com o parasita.

Esse protozoário pode ser transmitido da mãe para o bebê através da placenta e causar toxoplasmose congênita, causando alterações no desenvolvimento do bebê, como microcefalia, perda da audição ou problemas de visão.

Além disso, a toxoplasmose na gravidez pode resultar em parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascer. Entenda o que é a toxoplasmose congênita e como tratar.

13. Hepatite B

A hepatite B na gravidez é uma infecção sexualmente transmissível (IST) mas que também pode ser transmitida através do contato com sangue contaminado com o vírus HBV. Veja os principais sintomas de hepatite B.

Essa infecção pode ser transmitida da grávida para o bebê na hora do parto vaginal ou cesárea, devido ao contato com o sangue da mãe e causar hepatite B neonatal.

Assim, o bebê pode ter dificuldade de crescimento, letargia, barriga inchada ou fezes claras, e raramente a infecção é grave e coloca a vida do bebê em risco, no entanto, pode causar insuficiência hepática e necessidade de transplante de fígado.

14. Sífilis

A sífilis na gravidez é outro tipo de infecção sexualmente transmissível (IST) que pode afetar o desenvolvimento do bebê.

Isso porque a sífilis pode ser transmitida para o bebê através da placenta e causar malformações e danos permanentes no cérebro, olhos, ouvidos ou ossos, por exemplo.

Além disso, a sífilis na gravidez aumenta o risco de aborto espontâneo, partio prematuro ou morte do bebê ao nascer. Veja os principais riscos da sífilis para o bebê.

15. Gonorreia

A gonorreia na gravidez também é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. Saiba mais sobre a gonorreia.

Essa IST quando não tratada adequadamente pode aumentar o risco de aborto espontâneo, ruptura prematura de membranas, parto prematuro ou infecção do líquido amniótico.

Além disso, a gonorreia pode ser transmitida para o bebê durante o parto e causar infecção nos olhos provocando conjuntivite gonocócica, e sintomas como dor nos olhos, inchaço nas pálpebras, secreção purulenta ou cegueira.

16. Clamídia

A clamídia é outra uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis.

Essa IST quando não tratada adequadamente pode aumentar o risco de parto prematuro, ruptura das membranas ou baixo peso do bebê ao nascer.

Além disso, a bactéria pode ser transmitida para o bebê no momento do parto e causar conjuntivite ou pneumonia no recém-nascido. Veja como é feito o tratamento da clamídia.

17. Tricomoníase

A tricomoníase na gravidez é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Veja os principais sintomas da tricomoníase.

Essa IST pode aumentar o risco de parto prematuro ou baixo peso do bebê ao nascer e, por isso, deve ser tratada o mais rápido possível.

Além disso, o bebê pode ser infectado pelo protozoário no momento do parto vaginal e desenvolver problemas respiratórios, febre ou infecções urinárias, por exemplo.

18. Zika

A Zika na gravidez é uma infecção causada pelo Zika virus transmitido através da picada do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Entenda melhor o que é e sintomas da Zika.

Essa infecção pode afetar o desenvolvimento cerebral do bebê, causando microcefalia, uma vez que o vírus pode atravessar a placenta.

Além disso, a Zika na gravidez também pode causar aborto espontâneo, morte fetal ou restrição de crescimento intrauterino.

19. Doenças da tireoide

As doenças da tireoide na gravidez, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo também pode afetar o desenvolvimento do bebê.

Assim, o hipotireoidismo, que é caracterizado por baixos níveis dos hormônios T3 e T4, o que pode resultar em aborto espontâneo e problemas irreversíveis para o bebê, como atraso no desenvolvimento mental e psicomotor e QI mais baixo.

Já o hipertireoidismo, que é o aumento dos hormônios T3 e T4, pode causar aborto espontâneo, morte fetal, baixo peso ao nascer, nascimento prematuro e aumentar o risco de práeclâmpsia.

20. Listeriose

A listeriose é uma infecção causada pela bactéria Listeria monocytogenes, transmitida através do consumo de alimentos, água ou leite não pasteurizado contaminados com a bactéria.

Essa infecção pode ser transmitida para o bebê através da placenta ou no momento do parto e causar aborto espontâneo, parto prematuro ou morte fetal.

Além disso, o bebê que nasce com listeriose pode desenvolver cegueira, deficiência intelectual, paralisia, convulsões ou problemas no coração ou rins, por exemplo.

21. HIV

O HIV na gravidez é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, no momento do parto ou no aleitamento.

Para diminuir o risco de transmissão do HIV para o bebê, a gestante deve fazer o tratamento com antirretrovirais indicados pelo obstetra ou infectologista.

Além disso, após o nascimento, o bebê também deve fazer tratamento com antirretrovirais durante 2 a 6 semanas.

O que fazer se tiver doenças na gravidez?

No caso da mulher ter alguma doença na gravidez que possa afetar o desenvolvimento do bebê, deve-se consultar o obstetra para fazer o tratamento mais adequado.

Assim, dependendo do tipo de doença na gravidez, podem ser indicados mudanças dos hábitos alimentares, uso de remédios antibióticos, antivirais, antirretrovirais, antidiabéticos  ou antieméticos, por exemplo.

Além disso, no caso de infecções sexualmente transmissíveis, é fundamental que o parceiro também seja tratado, além de usar preservativo em todas as relações sexuais para prevenir ou evitar a reinfecção.

Qual médico consultar?

Deve-se consultar o obstetra sempre que houver suspeita de doenças na gravidez que afetam o bebê e também conforme cronograma das consultas pré-natais.

Como detectar as doenças na gravidez?

As doenças na gravidez podem ser detectadas pelo obstetra durante as consultas e exames pré-natais. Veja como é feito o acompanhamento pré-natal.

Assim, o médico pode indicar o tratamento mais adequado de acordo com a doença para evitar problemas no desenvolvimento do bebê.

Encontre um especialista