Quando e como começar a introdução alimentar?

Quando começar a introdução alimentar e o que oferecer ao bebê nessa fase de vida. Reconheça os sinais de prontidão.

Quando e como começar a introdução alimentar?

A introdução alimentar é uma etapa cheia de descobertas para o bebê e os pais. Trata-se de um período fundamental para o desenvolvimento do paladar e das habilidades motoras da criança, que deixa de se alimentar exclusivamente do leite materno ou fórmula infantil, e começa a experimentar frutas, papinhas, vegetais e outros alimentos adequados a essa fase da vida.

Se você tem dúvidas sobre como e quando começar a variar o cardápio do bebê, continue lendo para entender os sinais de prontidão e os três métodos de introdução alimentar.

Com quantos meses começa a introdução alimentar?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria, a introdução alimentar deve começar quando o bebê completar 6 meses. Nessa idade, tanto o sistema de defesa quanto o gastrointestinal estão fortalecidos para evitar que a criança desenvolva problemas como infecções e alergias alimentares. Lembre-se que o bebê está crescendo e precisa de novos alimentos e nutrientes, que serão introduzidos de forma gradual.

Saiba identificar os sinais de prontidão

Alguns sinais indicam que a criança está preparada para consumir outros alimentos além do leite:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a introdução alimentar seja iniciada por volta dos 6 meses de idade. No entanto, é importante observar os sinais de prontidão do seu bebê:

Sentar-se com apoio e controle da cabeça: o bebê consegue sustentar o tronco e ficar sentado, com a cabeça firme.

Curiosidade pela comida: ao observar adultos comendo, tenta pegar a comida ou abre a boca.

Perda do reflexo de extrusão: é o reflexo de empurrar naturalmente com a língua qualquer objeto introduzido na boca. Isso levaria o bebê a rejeitar alimentos sólidos, dificultando até mesmo a alimentação com colher.

Método tradicional de introdução alimentar

Esse método envolve oferecer alimentos amassados, ralados ou raspados para o bebê, utilizando talheres. Com o tempo, deve-se oferecer uma maior variedade e a consistência dos alimentos deve mudar (de muito amassados para pouco amassados; depois pedaços pequenos; até que, a partir dos 12 meses, a mesma consistência de preparo dos adultos).

Aos 6 meses, a criança deve ser apresentada primeiro às frutas (maçã, pera, mamão, abacate e banana são algumas opções) e, em seguida, à alimentação salgada (a papa pode ser feita com uma combinação de cereais, tubérculos, legumes, verduras, leguminosas e carnes). É importante que, até os 2 anos de idade, os alimentos consumidos pela criança não tenham adição de açúcar; em relação ao sal, recomenda-se que sua adição seja evitada até que a criança complete 1 ano, e que, depois disso, ele seja utilizado com moderação.

Método BLW (Baby-Led Weaning)

É uma abordagem que coloca o bebê no comando da introdução alimentar. No “desmame guiado pelo bebê”, em vez de papinhas, oferece-se alimentos inteiros e macios para que a criança explore texturas e sabores com as próprias mãos e comendo no próprio ritmo. Essa autonomia estimula o desenvolvimento motor e a independência, tornando as refeições um momento de descoberta e prazer.
Os alimentos oferecidos são geralmente cortados em pedaços maiores, que a criança consegue segurar e morder com facilidade. Alguns exemplos incluem pedaços de frutas, vegetais cozidos, carnes desfiadas ou tiras de queijo. O bebê deve ter idade igual ou superior a seis meses e demonstrar os sinais de prontidão.

Método BLISS (Baby-Led Introduction to Solids)

Consiste em uma adaptação do método BLW (Baby-Led Weaning) para melhorar a segurança e garantir uma alimentação mais equilibrada e nutritiva. No método BLISS, os princípios básicos do BLW são mantidos: o bebê é incentivado a se alimentar sozinho, com pedaços de alimentos inteiros que ele consegue segurar e levar à boca. No entanto, há um foco especial em alguns aspectos, entre eles, deve-se evitar alimentos com risco de causar engasgo. Além disso, o método sugere que cada refeição inclua alimentos ricos em ferro (carnes, leguminosas ou ovos) e com alto teor energético (batata-doce, abacate, banana). Essa abordagem ajuda a evitar possíveis deficiências nutricionais.

Lembre-se: mesmo com a introdução dos alimentos sólidos, o leite materno continua sendo o alimento principal do bebê até os 2 anos de idade ou mais. A partir dos 6 meses de idade, água pode ser oferecida em pequenas quantidades.

O que não se deve oferecer: refrigerantes, sucos, carnes processadas (salsicha, embutidos, linguiça etc.), mel e doces (bolos, sorvetes, gelatinas, chocolates).

Converse sempre com o pediatra para receber orientações adequadas e garantir que a introdução alimentar seja feita de forma segura. Cada bebê é único e pode ter um ritmo diferente de aceitação dos alimentos.

Mantenha a tranquilidade e saiba que o mais importante é oferecer variedade, paciência e muito amor!

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