De modo geral, nenhum alimento é proibido para a lactente que goze de bom estado de saúde. Ainda assim, é esperado que a mamãe que esteja amamentando evite ou modere o consumo de alimentos que sejam fontes de gordura saturada, como o açúcar refinado e os alimentos ultraprocessados. Ou seja, é preciso desembalar menos e descascar mais.
Em casos específicos, de acordo com o organismo e a relação de cada mamãe com seu bebê, pode se tornar necessária a realização da exclusão de algum alimento da dieta. “Isso acontece, principalmente, em casos em que a criança desenvolve algum tipo de alergia alimentar, como à proteína presente no leite de vaca, por exemplo”, explica Juliana Rocha Previato, nutricionista da equipe do ambulatório de pediatria do Hospital Brasil.
Uma dieta balanceada e nutritiva
O período de amamentação é também uma etapa em que há maior necessidade da inclusão de vitaminas dos tipos A, C, e complexo B, bem como da reposição de sais minerais. “O folato, ômega 3, vitaminas A, D e B12 e ferro são alguns dos quais devemos dar atenção”, complementa Juliana.
E para dar conta da nova rotina, cujo gasto energético é bem maior, ela precisa buscar uma alimentação variada, colorida e equilibrada, tanto na gestação como na amamentação. De modo que se deve investir em refeições que contenham maior variedade de frutas, verduras, legumes, pães e cereais integrais, gorduras insaturadas, proteínas como ovos, frango, lentilhas, carne magra e peixe.
É preciso ressaltar que as mulheres, quando estão amamentando, costumam gastar 500 calorias diárias a mais do que as outras, porém a quantidade exata de ingestão depende de elementos como histórico clínico, idade e fatores relacionados às realidades de cada pessoa, por isso, o ideal é consultar um profissional da saúde para saber a quantidade ideal para cada caso.
Corpo bem-preparado!
Durante a amamentação, é comum acontecer a diminuição de cálcio no organismo. Para evitar perda de força nos ossos e na musculatura, a vitamina D é essencial, além de ser muito importante em diversos aspectos para a saúde e bem-estar tanto da mulher como do bebê, já que ajuda a melhorar a imunidade.
Embora haja cápsulas de suplementação, que podem ser adquiridas sob orientação médica, a melhor fonte para se obtê-la é por meio da exposição à luz solar, de 10 a 15 minutos por dia.
O consumo de produtos lácteos como queijos não gordurosos, iogurtes e mesmo outras fontes como sementes de gergelim e tofu podem também ser uma boa opção para complementar essas ações.
O que se deve evitar?
O consumo de bebida alcoólica eventual e moderado não é proibido, porém a recomendação é de que não seja ingerida nas duas horas que antecedem a mamada.
Bebidas com cafeínas como cafés e a maioria dos chás devem também ser consumidos com moderação nessa época, já que podem acentuar problemas com insônia, além de aumentar o nervosismo e causar irritabilidade.
Beber água é essencial
Muitas mulheres sentem mais sede durante a amamentação. Isso acontece porque a água corresponde a 87% do leite materno e as mamas podem chegar a fabricar até cerca de 750 ml de leite diariamente. Neste caso, o aumento do consumo regular de água para manter o corpo hidratado é fundamental.
Embora não haja uma regra que proíba estritamente um certo tipo de alimento, cada pessoa deve entender suas necessidades, verificar alergias, intolerâncias e usar a observação atenta do que acontece após a mamada para entender como está sendo a relação do bebê com o leite e da mamãe com a própria alimentação.
Sempre lembrando que esse cuidado é essencial para o bem-estar de toda a família e que a criança só ganha com isso, já que o mais nutritivo e exclusivamente recomendado alimento pela Organização Mundial da Saúde até os seis meses é o leite materno!