Mastite puerperal: quais os sintomas? Tem tratamento?

O que fazer quando o leite materno se acumula no peito? Ou quando há uma lesão no mamilo? Nesses casos, há o risco de desenvolver mastite puerperal, condição comum que afeta aproximadamente 10% das mulheres que amamentam.

A mastite puerperal é uma infecção aguda das glândulas mamárias que acomete mulheres em fase de lactação. Os principais fatores de risco estão relacionados a técnicas inadequadas de aleitamento. Lesões no mamilo também podem causar a condição.

Sintomas da mastite puerperal

Em geral, a mastite puerperal acontece em uma das mamas na segunda ou terceira semana após o parto. Os sintomas são:

  • Dor na mama, geralmente unilateral;
  • Vermelhidão e inchaço da mama;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Cansaço e mal-estar.

Por que a mastite puerperal acontece?

A causa da mastite puerperal é a infecção por bactérias que entram na mama por meio de fissuras no mamilo ou por ductos mamários bloqueados. Os principais fatores de risco para a mastite puerperal incluem:

  • Ingurgitamento mamário (conhecido como “leite empedrado”);
  • Fissuras no mamilo;
  • Mamadas infrequentes e irregulares;
  • Produção de leite materno superior a que bebê consegue mamar;
  • Pressão nas mamas exercida por sutiãs muito justos ou cintos de segurança que comprimem as mamas e favorecem a estase láctea;
  • Fadiga e estresse materno;
  • Má nutrição da mãe;
  • Tabagismo.

O diagnóstico da mastite puerperal é feito clinicamente, com base nos sintomas apresentados pela mulher. Em alguns casos, é necessário realizar exames laboratoriais, como cultura de leite materno, para identificar o germe responsável pela infecção e orientar a melhor opção terapêutica. Alguns sintomas são febre, mialgia, anorexia, taquicardia e, em casos mais graves, sinais de sepse.

Tratamento e prevenção

O tratamento da mastite puerperal é feito com antibióticos, sob prescrição médica. Eles geralmente são administrados por via oral, mas em alguns casos pode ser necessário o uso de antibióticos intravenosos.

Além do tratamento com antibióticos, é importante que a mulher continue amamentando, mesmo durante o tratamento, pois a amamentação ajuda a drenar a mama e prevenir a formação de abscessos. Realizar massagem circular nos locais enrijecidos iniciando próximo da aréola e depois em direção a parte distal da mama também podem ajudar.

A mastite puerperal geralmente responde bem ao tratamento e é uma condição que não deixa sequelas. No entanto, se não for tratada da forma correta, pode evoluir para abscessos ou sepse, uma infecção grave que tem potencial de levar à morte.

Existem algumas abordagens terapêuticas importantes como uso do laser terapêutico de baixa intensidade e a luz de LED em caso de fissuras. Converse com seu médico sobre essa opção!

Dicas para prevenção da mastite puerperal

A técnica adequada de amamentação ajuda na prevenção da mastite puerperal. Saiba como amamentar o bebê com segurança:

Aleitamento materno adequado: é essencial que o bebê mame com frequência e por tempo suficiente para esvaziar totalmente a mama. Isso ajuda a prevenir a obstrução dos ductos mamários, que facilita a entrada de bactérias.

Limpeza dos mamilos: os mamilos devem ser limpos com água e sabão após cada mamada. Evite o uso de produtos químicos, pois eles podem irritar a pele e aumentar o risco de infecção.

Retire o excesso de leite: use a bombinha quando não for possível esvaziar a mama completamente durante a mamada.

Compressas de folhas de repolho verde: as compressas frias são utilizadas para reduzir o fluxo lácteo ou ingurgitamento. Basta lavar e secar algumas folhas de repolho verde, colocar cada uma delas dentro de um saco plástico e levar ao congelador por 30 minutos ou até o congelamento das folhas. Para aplicação, retire a folha do plástico e a coloque sobre cada mama. Corte a área do mamilo para que ele fique exposto. As folhas devem ficar sobre as mamas até descongelarem e chegarem à temperatura ambiente. Descarte-as após o uso.

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