Falta de apetite em crianças

A falta de apetite em crianças é uma queixa frequente entre os pais nos consultórios de pediatria. Os relatos vão desde cenas de “birra” dos filhos na hora das refeições até choro e muita gritaria. Há também a rejeição às frutas e aos vegetais e o comportamento de distração das crianças à mesa.

Qual foi o pai ou a mãe que nunca passou por uma dificuldade dessas? Nesta matéria, você encontrará dicas para resolver esses problemas e saber quando a falta de apetite está relacionada ao comportamento ou é sinal de algo mais sério.

Causas comuns da falta de apetite em crianças

A falta de apetite em crianças é bastante comum e pode ter diversas causas. É importante lembrar que cada criança é única e tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, o que significa que o apetite pode variar naturalmente de acordo com a idade, fase da vida e outros fatores.

Fatores fisiológicos: bebês e crianças pequenas podem ter um apetite naturalmente variável, alternando períodos de maior e de menor fome.

Doenças: infecções como gripes e resfriados podem influenciar o apetite da criança.

Desenvolvimento: em algumas fases, como a introdução alimentar ou a fase pré-adolescente, é comum observar uma diminuição no apetite.

Fatores psicológicos: estresse, ansiedade e problemas emocionais podem afetar o apetite da criança.

Hábitos alimentares: uma rotina alimentar inadequada, com horários irregulares ou consumo excessivo de lanches entre as refeições, pode levar à falta de apetite.

Consequências da falta de apetite

A falta de apetite prolongada pode causar desnutrição, que tem o potencial de afetar o crescimento e o desenvolvimento da criança. No entanto, é importante ressaltar que há uma diferença entre “seletividade alimentar” e “dificuldade alimentar”.

Em resumo, a seletividade alimentar é caracterizada pela resistência da criança em experimentar novos alimentos. Já a dificuldade alimentar é uma recusa persistente, que envolve medo e aversão a alimentos específicos, com reações emocionais intensas.

A seletividade alimentar geralmente é superada com persistência e exposição repetida aos alimentos, enquanto a dificuldade alimentar pode requerer avaliação multidisciplinar e tratamento individualizado.

Se a falta de apetite persistir por mais de duas semanas, consulte um pediatra ou nutricionista para identificar a causa e receber orientações individualizadas.

O que fazer quando a criança não quer comer?

Mantenha a calma: evite pressionar a criança a comer, pois isso pode gerar ainda mais resistência.

Ofereça refeições regulares e em horários fixos: isso ajuda a regular o apetite da criança.

Crie um ambiente agradável para as refeições: evite distrações durante as refeições, como televisão ou celular.

Ofereça alimentos nutritivos e variados: aposte em cores e formas atraentes para tornar a comida mais estimulante e despertar a curiosidade da criança.

Incentive a participação da criança na cozinha: permita que a criança auxilie no preparo das refeições, despertando o seu interesse pela comida.

Seja um bom exemplo: mantenha uma alimentação saudável e equilibrada e demonstre prazer em comer alimentos nutritivos.

Evite usar a comida como recompensa ou punição: isso pode criar uma relação negativa com a comida.

Dicas para estimular o apetite da criança

  • Ofereça porções pequenas e variadas;
  • Prepare alimentos com diferentes texturas e sabores;
  • Envolva a criança na escolha dos alimentos;
  • Faça as refeições em família;
  • Conte histórias ou faça jogos relacionados à comida.

E lembre-se: cada criança é única e tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. O importante é oferecer uma alimentação nutritiva, respeitando o apetite dela.

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