A principal fonte de vitamina D é o sol. Entre os alimentos, peixes, frutos do mar, fígado, cogumelos, ovos, queijos e leite são ótimos para a saúde e também ricos na substância.
No entanto, nem sempre a alimentação e os raios dourados são suficientes para suprir as necessidades do nosso organismo.
Na gravidez, especialmente, período de grandes alterações metabólicas, os médicos recomendam uma suplementação de vitamina D.
Essa vitamina é muito conhecida por fortalecer os ossos, já que regula a concentração de cálcio; mas, pode, também, interferir em todo o sistema imunológico.
“Existem polivitamínicos modernos e adequados para as necessidades das gestantes”, diz Márcio de Queiroz Elias, ginecologista e obstetra da equipe do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
“Converse sempre com seu médico: ele é o profissional que mais conhece essa linda fase da vida das mulheres”, acrescenta o especialista. A seguir, Elias esclarece algumas dúvidas para você.
A suplementação de vitamina D é imprescindível na gestação?
Sim. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) sugere suplementação de vitamina D para as gestantes durante todo o pré-natal. Ajuda, inclusive, a reduzir o risco de aborto espontâneo.
Quem planeja engravidar também deve fazer a suplementação? A vitamina D interfere na fertilidade?
A suplementação de vitamina D deve ser iniciada antes mesmo da mulher ficar grávida. Estudos comprovam que sua deficiência no sangue (chamada de hipovitamoinose D) ocasiona menor chance de engravidar.
Qual a concentração ideal de vitamina D no sangue de gestantes?
Deve ficar entre 30 ng/mLl e 60 ng/mL durante toda a gestação. A concentração de vitamina D no organismo pode ser identificada através de um exame de sangue.
As doses diárias e seguras recomendadas de vitamina D para todas as gestantes durante o pré-natal podem variar de 400 UI até 2.000 UI (a medida ocorre em microgramas, sigla usada internacionalmente como UI).
Quais os riscos da falta de vitamina D na gravidez?
A hipovitaminose D pode prejudicar a mulher e seu bebê de inúmeras maneiras.
Há risco de pré-eclâmpsia (a gestante começa a ter aumento da pressão arterial, o que interfere no funcionamento do fígado, rim, pulmões e cérebro), diabetes gestacional (aumento do açúcar no sangue), parto prematuro (nascimento antes de 37 semanas de gestação), depressão pós-parto, problemas na formação dos ossos do bebê.
Por isso é importante contar com o acompanhamento do obstetra. Ele vai orientar suas pacientes para que a gestação ocorra com tranquilidade e segurança.
Lactantes também devem tomar suplementação de vitamina D?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), as gestantes e mulheres que amamentam fazem parte do grupo de risco para hipovitaminose D.
Nelas, a concentração de vitamina D no sangue deve ficar normalmente acima de 30 ng/mL Portanto, a suplementação costuma ser recomendada também para lactantes.