A hemoglobina glicada (HbA1c) é uma forma de hemoglobina que se liga à glicose no sangue. A hemoglobina, por sua vez, é uma proteína presente nas hemácias (glóbulos vermelhos) e tem a função de transportar oxigênio pelo corpo. Como as hemácias têm uma vida útil de 60 a 90 dias, esse exame reflete a média dos níveis de glicose no sangue durante esse período. Diferentemente do exame de glicose, que mede o açúcar no sangue no momento da coleta, a hemoglobina glicada fornece uma visão mais ampla do controle glicêmico.

O exame é realizado por meio de uma coleta de sangue venoso, geralmente do braço, feita por um profissional de saúde. O procedimento é rápido, levando apenas alguns segundos, e o paciente é liberado logo após a coleta.

O exame de hemoglobina glicada é fundamental para:

• Diagnosticar diabetes e pré-diabetes, identificando níveis elevados de glicose no sangue ao longo dos últimos três meses.
• Monitorar o controle glicêmico em pacientes diabéticos, ajudando a avaliar a eficácia do tratamento e ajustes necessários.
• Acompanhar o risco de complicações do diabetes, pois níveis persistentemente altos podem indicar maior risco de problemas cardiovasculares, renais e neurológicos.

O exame pode ser solicitado caso o paciente apresente sintomas como:

• Sede excessiva e vontade frequente de urinar;
• Cansaço constante e fraqueza;
• Visão embaçada;
• Perda ou ganho de peso inexplicável.
• Infecções frequentes ou feridas que demoram a cicatrizar.

O exame é seguro e não apresenta contraindicações. A coleta de sangue pode causar um leve desconforto ou hematoma no local da punção, mas esses efeitos costumam ser passageiros.

O exame pode ser solicitado por clínicos gerais, endocrinologistas, cardiologistas e outros profissionais de saúde que acompanham pacientes com suspeita ou diagnóstico de diabetes.