Reconstrução mamária: quem pode fazer?

A reconstrução mamária é uma opção viável para mulheres que realizaram a mastectomia. A consulta com um especialista é fundamental para entender as opções disponíveis e tomar decisões informadas sobre o tratamento. A reconstrução não apenas visa restaurar a forma física da mama, mas também desempenha um papel importante na recuperação emocional das pacientes.

Reconstrução mamária: quem pode fazer? Entenda o processo e as opções disponíveis

A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que visa restaurar a forma e aparência da mama após a mastectomia, muitas vezes realizada devido ao câncer de mama. Esse procedimento é um recurso importante para a recuperação física e emocional, devolvendo autoestima e melhorando a qualidade de vida das pacientes.

Nesta matéria, você conhecerá quem pode se submeter a essa cirurgia, os métodos disponíveis, o tempo de recuperação e aspectos importantes sobre o processo de reconstrução mamária.

O que é a reconstrução mamária?

A reconstrução mamária é uma cirurgia plástica reparadora que restaura a forma da mama após sua remoção parcial ou total. A cirurgia pode ser feita no mesmo momento da mastectomia, chamada reconstrução imediata, ou em uma fase posterior, denominada reconstrução tardia. A decisão entre os dois tipos depende de fatores como a necessidade de tratamentos adicionais (como radioterapia), o tipo de câncer e a saúde geral da paciente.

O objetivo central da reconstrução é devolver às pacientes a confiança e o bem-estar emocional, oferecendo resultados estéticos que se aproximam do aspecto natural das mamas.

Quem pode fazer a reconstrução mamária?

A reconstrução mamária é indicada para mulheres que passaram por mastectomia total ou parcial devido ao câncer de mama, mas homens também podem se beneficiar se enfrentarem situações semelhantes. A decisão deve ser tomada em conjunto com um cirurgião especialista, considerando fatores como:

  • Estado de saúde geral: Pacientes devem estar em condições clínicas adequadas para suportar o procedimento cirúrgico e o processo de recuperação, sem riscos elevados de complicações.
  • Tipo e estágio do câncer: O tipo de câncer e o estágio em que ele foi diagnosticado influenciam no tipo de reconstrução recomendado. Pacientes que precisarão de tratamentos adicionais, como radioterapia, podem ser aconselhadas a adiar a reconstrução.
  • Tratamentos adicionais necessários: Em alguns casos, tratamentos como radioterapia ou quimioterapia podem interferir na reconstrução. Por isso, o médico avaliará o cronograma de tratamento para planejar o momento adequado da cirurgia.
  • Preferências e expectativas pessoais da paciente: A escolha do tipo de reconstrução é também uma decisão pessoal. A paciente deve estar ciente das opções disponíveis, dos possíveis resultados e dos riscos envolvidos, para que a escolha se alinhe às suas expectativas e necessidades.

Quais são os tipos de reconstrução mamária?

Existem diferentes técnicas para a reconstrução mamária, e a escolha depende de fatores clínicos e das preferências da paciente. Abaixo estão os métodos mais comuns:

  1. Reconstrução com implantes: Neste método, próteses de silicone são inseridas sob a pele e o tecido muscular para criar a forma da mama. Esse procedimento é menos invasivo e pode ter um tempo de recuperação mais curto. Embora seja uma opção popular, pode não ser ideal para pacientes que precisem de radioterapia, pois o tratamento pode afetar o tecido ao redor do implante.
  2. Reconstrução com retalhos autólogos: Esse método utiliza tecido retirado de outra parte do corpo da paciente (geralmente abdômen, dorso ou coxa) para formar a nova mama. Entre as técnicas mais usadas estão o TRAM (músculo reto abdominal) e o DIEP (tecido do abdômen sem músculo), que tendem a oferecer um resultado mais natural. Embora mais complexa e com recuperação mais demorada, essa técnica é uma boa opção para pacientes que desejam um resultado de longa duração.
  3. Transferência de gordura: Neste procedimento, gordura retirada de áreas com excesso, como abdômen ou coxas, é injetada na mama para restaurar volume e forma. É um método menos invasivo e pode ser utilizado para aperfeiçoar o contorno da mama reconstruída ou em conjunto com outras técnicas, mas pode necessitar de mais de uma sessão para resultados satisfatórios.

Como é feita a reconstrução da mama?

A reconstrução pode ser realizada em uma única cirurgia ou em várias etapas, dependendo do tipo de técnica, das condições da paciente e de fatores estéticos.

  • Quantidade de pele disponível: Em alguns casos, pode ser necessário o uso de expansores para alongar a pele antes de inserir um implante.
  • Quantidade de tecido adiposo: Pacientes com pouca gordura podem não ser candidatas ideais para a reconstrução com retalhos autólogos ou transferência de gordura.
  • Preferências estéticas: A paciente pode optar por um tipo de reconstrução que melhor atenda ao seu desejo estético, discutindo opções com o cirurgião.

Após a cirurgia, a paciente costuma usar sutiãs de compressão ou bandagens para estabilizar a área operada e reduzir o inchaço, auxiliando na recuperação.

Como funciona o tempo de recuperação?

O tempo de recuperação varia de acordo com a técnica usada e o estado geral de saúde da paciente:

  • Implantes de silicone: A recuperação é geralmente mais rápida. A maioria das pacientes pode retomar suas atividades em 4 a 6 semanas, evitando esforço físico excessivo.
  • Retalhos autólogos: A recuperação tende a ser mais lenta e pode levar de 6 a 8 semanas ou mais, pois envolve áreas doadoras, que também precisam de tempo para cicatrizar.

Independente da técnica, o acompanhamento médico regular é fundamental para avaliar o processo de cicatrização e os resultados estéticos ao longo do tempo.

Como funciona a reconstrução do mamilo e da aréola?

A reconstrução do mamilo e da aréola é a última fase da reconstrução mamária. Essa etapa pode ser realizada de várias formas:

  • Tecido da própria paciente: Pequenos enxertos de pele podem ser modelados para formar o mamilo.
  • Enxertos de pele: Pele retirada de outra área é usada para criar o contorno.
  • Tatuagem médica: A micropigmentação cria a aparência da aréola com técnicas de sombreamento que imitam a coloração natural.

Essa fase é geralmente feita alguns meses após a reconstrução principal, garantindo que a nova mama esteja completamente cicatrizada e estabilizada para os melhores resultados estéticos.

Considerações finais

A reconstrução mamária é um procedimento transformador, que pode restaurar a aparência e a confiança de pessoas que passaram por uma mastectomia. Com várias opções disponíveis, a escolha do método ideal deve ser feita em conjunto com o médico, levando em conta a saúde, os objetivos estéticos e o contexto emocional da paciente.

Se você está considerando a reconstrução mamária, agende uma consulta com um especialista para entender qual abordagem é mais adequada ao seu caso e ter uma visão clara sobre o processo e as expectativas de recuperação.

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