De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), no mundo existem mais de 100 milhões de mães solteiras que criam seus filhos sozinhas. No Brasil, o número de ciclos de fertilização in vitro para reprodução assistida cresceu 32,72% em um ano, saltando de 34.623 procedimentos realizados em 2020 para 45.952 ciclos em 2021. Os dados são do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), divulgado anualmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Motivos da escolha
As razões pelas quais as mulheres optam por ter filhos sozinhas são variadas. Algumas mulheres sentem que não precisam de um parceiro para serem mães, enquanto outras não encontraram o companheiro ideal ou, ainda, priorizam a carreira e decidem ter filhos após os 35 anos. Há também mulheres que decidem engravidar sozinhas por razões médicas, como a infertilidade do parceiro.
É relevante ressaltar que no contexto brasileiro, ser mãe “solo” por opção é uma realidade entre mulheres com condições socioeconômicas melhores que as da maioria da população feminina. Essa relação direta com o poder econômico é evidenciada nos valores para investir em reprodução assistida no Brasil.
Um tratamento de reprodução assistida custa, em média, R$ 40 mil por ciclo no país e cada mulher passa por dois a três até engravidar.
Medidas tomadas pelos países
Alguns países estão tomando medidas para apoiar as mulheres que decidem ter filhos sozinhas. Na França, por exemplo, as mulheres solteiras têm acesso à fertilização in vitro gratuita. Na Espanha, as mulheres solteiras podem adotar crianças sem a necessidade de um parceiro.
A decisão de ser mãe “solo” é uma escolha pessoal que deve ser respeitada. As mulheres que optam por esse caminho devem ter acesso aos mesmos direitos e apoio que as mulheres que têm filhos com um parceiro. Cada mulher tem o direito de escolher como quer viver a sua vida e construir uma família.
Informações importantes
A idade média das mulheres que engravidam sozinhas é de 35 anos.
A maioria das mulheres que engravidam sozinhas é bem-sucedida na criação de seus filhos.
Os filhos de mães solteiras têm o mesmo desenvolvimento emocional e social que os filhos de pais casados.