O que é a gravidez ectópica?
Na maioria das gestações, o óvulo fertilizado viaja até o útero, onde se implanta e desenvolve durante a gravidez. No entanto, em uma gravidez ectópica, durante esse percurso, o óvulo se implanta fora do útero, geralmente nas tubas uterinas, mas também pode ocorrer em outros locais, como o ovário, a cavidade abdominal ou o colo do útero. Nessas situações, o feto não sobrevive.
Como isso acontece?
A gravidez ectópica ocorre quando há uma anomalia no transporte do óvulo fertilizado para o útero. As causas mais comuns são:
Doenças Inflamatórias Pélvicas (DIP): infecções que causam cicatrizes nas tubas uterinas, dificultando a passagem do óvulo.
Cirurgias nas trompas: procedimentos anteriores podem deixar cicatrizes que interrompem o caminho normal.
Endometriose: crescimento de tecido endometrial fora do útero, podendo afetar as trompas.
Anomalias Congênitas: problemas estruturais presentes desde o nascimento.
Uso de Dispositivos Intrauterinos (DIU): embora raro, o uso de DIU pode aumentar o risco de gravidez ectópica.
Quais são os sintomas da gravidez ectópica?
Os sintomas da gravidez ectópica podem ser sutis no início, mas tornam-se mais graves à medida que a condição progride.
Estes sintomas muitas vezes aparecem entre a 6ª e a 8ª semana de gestação:
-Dor aguda ou cólica em um dos lados da pelve.
-Sangramento vaginal anormal.
-Dor no ombro (causada pela irritação do diafragma devido a sangue no abdômen).
-Desmaios ou tontura.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce é crucial para prevenir complicações. Os métodos incluem:
Exame de ultrassom: para verificar a localização do saco gestacional.
Exame de sangue: os níveis de HCG (gonadotrofina coriônica humana) são monitorados. Níveis mais baixos do que o esperado para a idade gestacional podem sugerir uma gravidez ectópica.
O tratamento varia conforme o estágio da gravidez e a saúde da paciente. Em casos iniciais, em que não houve ruptura, o medicamento metotrexato pode ser utilizado para interromper o crescimento celular e permitir a absorção do tecido.
Em casos mais avançados, pode ser necessária uma laparoscopia para remover o tecido ectópico. Já em situações de emergência, uma laparotomia (cirurgia aberta) pode ser necessária para controlar a hemorragia.
A principal preocupação com a gravidez ectópica é a ruptura das tubas uterinas, levando a uma hemorragia interna que pode ser fatal. A intervenção médica imediata é essencial para evitar complicações graves.
Para mais informações, consulte um médico especialista e sempre mantenha a comunicação com seu obstetra.