Enxaqueca na gravidez: sintomas, causas e o que fazer

A enxaqueca na gravidez é causada por alterações hormonais, desidratação, estresse, hipoglicemia ou pré-eclâmpsia, resultando em sintomas como dor de cabeça forte, mal estar geral ou náuseas e vômitos. Veja as principais causas de enxaqueca na gravidez e o que fazer para aliviar.

O que é enxaqueca na gravidez?

A enxaqueca na gravidez é uma dor de cabeça moderada a intensa podendo surgir principalmente no 1º ou 3º trimestre da gestação, devido às alterações hormonais, e ser acompanhada de sintomas, como mal estar geral ou náuseas e vômitos.

Além disso, a enxaqueca na gravidez também pode ser causada por desidratação, estresse, hipoglicemia ou até condições mais graves, como a pré-eclâmpsia.

Para aliviar a enxaqueca na gravidez, é recomendado repousar, fazer atividades relaxantes, beber mais água e ter uma alimentação saudável. No caso da pré-eclâmpsia, deve-se ir imediatamente ao hospital, pois pode causar complicações para a gestante e o bebê.

Quais são os sintomas de enxaqueca na gravidez?

Os principais sintomas de enxaqueca na gravidez são:

  • Dor de cabeça moderada a intensa;
  • Dor em apenas um lado da cabeça, que pode irradiar para o outro lado;
  • Cansaço ou mal-estar geral;
  • Náuseas e vômitos;
  • Tonturas;
  • Aumento da sensibilidade à luz e/ou ruídos.

Além disso, pode surgir sensação de pulsação ou latejamento na testa, têmpora, orelha, mandíbula ou ao redor do olho, por exemplo.

No caso da enxaqueca com aura, outros sintomas são luzes piscantes, linhas em ziguezague ou perda temporária da visão, que pode surgir cerca de 10 a 30 minutos antes de uma crise de enxaqueca. Saiba identificar os sintomas de enxaqueca com aura.

Qual médico consultar?

É importante consultar o obstetra ou o neurologista caso surjam sintomas de enxaqueca na gravidez para iniciar o tratamento mais adequado, se necessário.

O que causa enxaqueca na gravidez?

As principais causas de enxaqueca na gravidez são:

  • Alterações hormonais, principalmente de estrogênio;
  • Desidratação;
  • Mudanças do padrão de sono;
  • Hipoglicemia;
  • Estresse;
  • Abstinência de cafeína;
  • Pré-eclâmpsia.

Essas condições podem aumentar o risco de desenvolvimento de enxaqueca na gravidez, em gestantes que têm histórico de enxaqueca ou que nunca tiveram.

1- Aumento dos níveis de estrogênio

O aumento dos níveis de estrogênio na gravidez é normal, ocorrendo um aumento maior durante o 1º e 3º trimestres, o que pode resultar em crises de enxaqueca na gravidez.

Geralmente, os altos níveis de estrogênio afetam principalmente gestantes com histórico de enxaqueca com aura e, possivelmente, ocorre melhora da enxaqueca em mulheres que tinham enxaqueca sem aura antes da gravidez.

Para aliviar a enxaqueca, é recomendado descansar num local escuro e com pouco barulho é uma das melhores formas naturais para aliviar os sintomas da enxaqueca. Caso seja necessário, o médico pode indicar o uso de analgésicos, como paracetamol.

2- Desidratação

A desidratação pode aumentar o risco de crises de enxaqueca na gravidez e surgir em qualquer fase da gestação.

Geralmente, a desidratação é causada por não beber água suficiente durante o dia, enjoo matinal, hiperemese gravídica, diarréia ou exposição a temperaturas muito altas. Saiba identificar os sintomas de desidratação.

Para evitar a desidratação e a enxaqueca na gravidez, deve-se manter o corpo hidratado, bebendo pelo menos 8 copos de água por dia, para evitar a desidratação que pode desencadear crises de enxaqueca.

No caso de desidratação grave, o tratamento é feito no hospital com soro na veia.

3- Mudanças no padrão de sono

Durante a gravidez, é normal a gestante apresentar mudanças no padrão de sono devido as alterações físicas e hormonais normais da gravidez.

Assim, a grávida pode ter insônia que é um fator que pode desencadear crises de enxaqueca na gravidez.

A melhor forma de evitar a enxaqueca na gravidez causada por insônia é encontrar uma posição adequada para dormir.

Dessa forma, é recomendado dormir com um travesseiro entre as pernas e deitada de lado, além de criar um ambiente confortável, com temperatura adequada. Veja outras dicas para acabar com a insônia.

4- Hipoglicemia

A enxaqueca na gravidez pode ser causada por hipoglicemia que é a diminuição acentuada da glicose nos sangue. Veja os principais sintomas de hipoglicemia.

Essa diminuição acentuada dos níveis de açúcar no sangue pode ocorrer por ficar muito tempo sem comer, praticar atividades físicas excessivamente ou devido à diabetes e uso de remédios antidiabéticos na gravidez.

Para evitar a hipoglicemia, é recomendado comer em pequenas quantidades em intervalos menores, a cada 2 a 3 horas, pode ajudar a prevenir a hipoglicemia e a crise de enxaqueca na gravidez.

Além disso, é importante fazer o tratamento da diabetes corretamente conforme indicado pelo obstetra para evitar episódios de hipoglicemia. Saiba como é feito o tratamento  da diabetes na gravidez.

5- Estresse

O estresse é outra causa de enxaqueca na gravidez e ocorre devido às alterações hormonais normais da gestação ou mudanças no corpo da gestante.

Além disso, o estresse também pode ser causado pela preocupação com a chegada do parto.

Algumas formas de aliviar o estresse na gravidez e evitar crises de enxaqueca são praticar atividades físicas recomendadas pelo obstetra, repousar sempre que necessário e ter momentos de lazer com amigos ou familiares, por exemplo. Veja outras formas de aliviar o estresse.

6- Abstinência de cafeína

A abstinência de cafeína também pode desencadear crises de enxaqueca na gravidez.

Isso ocorre porque a cafeína causa dependência física por alterar neurotransmissores no cérebro.

Além disso, quando se pára de tomar cafeína ocorre uma dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais e aumento do fluxo sanguíneo, o que pode desencadear dor de cabeça ou enxaqueca.

Durante a gravidez, pode-se consumir 200 a 300 mg de cafeína por dia, o que corresponde a aproximadamente 1 xícara de café coado por dia para evitar a enxaqueca causada pela abstinência de cafeína.

No entanto, o ideal é consultar o obstetra antes de consumir bebidas com cafeína na gravidez.

7- Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é um tipo de pressão alta na gravidez grave que causa dor de cabeça intensa e repentina, dor no abdômen, tontura, inchaço repentino ou visão embaçada, por exemplo. Saiba identificar os sintomas de pré-eclâmpsia.

Essa condição pode ocorrer após a 20ª semana de gestação em mulheres que não tinham pressão alta antes da gravidez ou que já tinham hipertensão crônica.

A pré-eclâmpsia pode aumentar o risco de eclâmpsia, que é uma complicação grave da gravidez, que pode colocar a vida da mulher e do bebê em risco.

Nesse caso, deve-se ir imediatamente ao pronto-socorro para iniciar o tratamento indicado pelo obstetra que é feito com internamento hospitalar, uso de remédios antihipertensivos para baixar a pressão, anticonvulsivantes para evitar convulsões e monitoramento do bebê.

Qual o remédio indicado para dor de cabeça na gravidez?

O remédio mais seguro para enxaqueca na gravidez é o paracetamol, que deve ser tomado com orientação do obstetra ou neurologista.

No entanto, deve ser tomado na menor dose possível e pelo menor período de tempo.

Em alguns casos, o médico também pode indicar o uso de remédios para náuseas e vômitos, como o dimenidrinato, por exemplo.

É importante ressaltar que os remédios para enxaqueca na gravidez só devem ser usados com indicação médica, após avaliar os benefícios do tratamento para a mulher e os potenciais riscos para o bebê.

É perigoso grávida ter dor de cabeça?

A dor de cabeça na gravidez é muito comum e geralmente não é perigoso para o bebê.

No entanto, no caso de enxaqueca na gravidez, existe um risco aumentado da gestante desenvolver pré-eclâmpsia, principalmente quando ocorre após a 20ª semana de gestação.

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