O que são os distúrbios respiratórios do sono?
Esses distúrbios se caracterizam pelo fechamento das vias aéreas, causando sensação de sufocamento e engasgos durante o sono. Quando os DRS acontecem, há queda na oxigenação sanguínea e aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca durante o sono.
Na gestação, as mudanças fisiológicas que ocorrem no corpo da mulher podem aumentar o risco de DRS. Entre essas mudanças estão o aumento do peso corporal, o relaxamento dos músculos da garganta e a diminuição da capacidade pulmonar.
Um estudo realizado na Austrália com mais de 1.000 gestantes mostrou que as mulheres com DRS tinham um risco 50% maior de desenvolver hipertensão arterial durante a gestação e que as mulheres com DRS tinham um risco 30% maior de desenvolver diabetes gestacional.
Outro estudo, realizado nos Estados Unidos com mais de 2.000 gestantes, evidenciou que as mulheres com DRS tinham um risco 20% maior de desenvolver obesidade após o parto.
DRS e as doenças cardiometabólicas
Os mecanismos que fazem com que os DRS contribuam para o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas ainda não estão completamente esclarecidos. No entanto, acredita-se que as interrupções na respiração durante o sono podem levar a alterações nos níveis de hormônios e outras substâncias no organismo, que são capazes de favorecer o desenvolvimento dessas doenças.
O diagnóstico de DRS durante a gestação é importante, pois o tratamento pode ajudar a reduzir o risco de complicações para a mãe e o bebê. O tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida, como perda de peso, exercícios físicos regulares e evitar o consumo de álcool e tabaco. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de aparelhos para auxiliar a respiração durante o sono.
As gestantes que apresentam sintomas de DRS, como ronco, apneia do sono e sonolência diurna excessiva, devem procurar um médico para avaliação.