Sentir melancolia e tristeza após o parto é mais comum do que se imagina. A questão é quando esses sentimentos persistem além do período considerado normal. Essa é a principal diferença entre o Baby blues e a depressão pós-parto.
Muitas mulheres evitam abordar essa questão, uma vez que a sociedade tende a idealizar a maternidade. Há uma expectativa de que, após o parto, as mães estejam sempre felizes, mas a realidade pode ser muito distante desse cenário.
O que é o Baby blues?
O Baby blues é uma condição temporária que surge logo após o parto, caracterizada por sentimentos de tristeza, irritabilidade, choro fácil e alterações de humor. Geralmente, esses sintomas são atribuídos a flutuações hormonais e ao estresse da adaptação à nova maternidade.
Esse conjunto de sentimentos multifatoriais tende a desaparecer por si só, sem tratamento, à medida que a mãe se ajusta às demandas e seus hormônios se estabilizam.
Depressão pós-parto
Diferente do baby blues, a depressão pós-parto pode se manifestar até mesmo um ano após o nascimento do bebê. Os sintomas incluem uma sensação persistente de tristeza profunda, desinteresse pelas atividades diárias, dificuldade em cuidar do bebê e em manter conexões sociais.
Há diversos fatores que, de acordo com estudos, podem aumentar o risco de desenvolver depressão pós-parto (DPP), como: histórico de depressão prévia ou durante a gravidez, idade da mãe, experiência de infertilidade, perda de filhos anteriores, gravidez não planejada ou indesejada, falta de apoio social e uso de substâncias.
A DPP é uma doença séria que exige tratamento adequado e atenção especializada. Ignorar os sintomas ou tentar superá-los por conta própria pode prolongar o sofrimento da mãe e afetar sua qualidade de vida, bem como a do bebê.
Nesse período é fundamental que as mães que enfrentam essa situação busquem ajuda profissional, seja por meio de psicoterapia, medicação, seja uma combinação dessas abordagens, para recuperar o equilíbrio emocional e criar um ambiente saudável para o crescimento e desenvolvimento de seu filho.
Além disso, a família e os amigos têm papel fundamental no suporte à mulher com depressão pós-parto. Para isso, é importante evitar julgamentos, críticas e comparações, amenizando a criação de expectativas sobre sua forma de agir. Nesse contexto, ela precisa de apoio, se sentir amparada e cuidada.
Baby blues e depressão pós-parto não devem ser ignorados!
Em conclusão, a jornada da maternidade é uma transformação profunda na vida de uma mulher, repleta de desafios emocionais e mudanças significativas. A chegada do bebê traz uma mudança radical na rotina e algumas mães podem se sentir isoladas e sobrecarregadas, especialmente nas primeiras semanas.
O acompanhamento psicológico ao longo da gestação é uma medida importante para promover o equilíbrio emocional e prevenir a depressão pós-parto, assegurando um começo saudável para a jornada da maternidade.
Portanto, esteja sempre atenta aos sinais e não hesite em procurar um médico.