Transplante de Medula Óssea
O que é transplante de medula óssea?
A medula óssea é um tecido do corpo humano localizado no interior de nossos ossos, chamado popularmente de “tutano”. Trata-se do principal responsável pela produção das células que compõem o sangue, como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
O transplante de medula óssea (TMO) é um procedimento que, mais comumente, visa tratar pacientes com neoplasias hematológicas que não alcançam a cura com a quimioterapia sistêmica padrão, como em alguns casos de leucemia. Também é indicado para doenças em que a produção das células se encontra muito comprometida.
De acordo com dados coletados no site do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), em fevereiro de 2023, uma média de 650 pessoas aguardam um doador não aparentado.
No transplante de medula óssea, o paciente pode receber as células de um doador vivo e saudável. Nesse caso, o procedimento é dito alogênico. Esse material irá “repovoar” a medula óssea do paciente, previamente destruída pelo tratamento (condicionamento do transplante).
No caso do transplante autólogo, a medula que fará a recuperação é do próprio indivíduo, que é recolhida de maneira prévia no início do tratamento. Mais raramente, o paciente pode receber células de um cordão umbilical, colhidas e armazenadas no momento do parto. Elas têm o papel de recuperar a medula óssea, objetivando que volte a ser capaz de produzir células saudáveis.
Nos casos das neoplasias hematológicas, espera-se que as células de defesa produzidas pela nova medula óssea ajudem a eliminar as células malignas. Por isso, o transplante de medula óssea é frequentemente indicado para tratar diferentes tipos de leucemias e linfomas.
Para que o transplante de medula óssea seja realizado, necessita-se encontrar um doador compatível, ou seja, com características genéticas similares.
Quando é necessário o transplante de medula óssea?
Ao todo, mais de 80 doenças e condições podem ser tratadas por meio de um transplante de medula óssea.
Como é feito o transplante de medula óssea?
O transplante de medula óssea alogênico é feito com o uso de células colhidas de um doador vivo. Existem duas formas de coleta de células para o TMO: de medula óssea e de células totipotentes de sangue periférico.
No primeiro caso, o doador é submetido a um procedimento cirúrgico, para que seja aspirado o material de sua medula óssea (bacia). Ele será filtrado para a retirada de fragmentos ósseos e infundido no paciente já tratado.
No caso da coleta de células em sangue periférico, o doador recebe medicamentos para estimular sua medula óssea por alguns dias, de forma a possibilitar a coleta de células capazes de recuperar esse tecido no sangue circulante.
Faz-se a coleta por meio de um processo de aférese, no qual é realizada a separação do sangue e da medula óssea, realizando a coleta das células necessárias e devolvendo o que resta de volta para o organismo do doador.
Para o paciente que vai receber a doação, o procedimento é um pouco diferente:
No pré-transplante de medula óssea, o indivíduo passa por sessões de quimioterapia e radioterapia, com o objetivo de erradicar as células cancerosas de seu organismo. Isso é necessário para abrir espaço para as novas células transplantadas. A infusão é bastante semelhante a uma transfusão de sangue. As células rapidamente buscam espaço no interior dos ossos, onde voltam a produzir as células do sangue.
O paciente que recebeu o transplante precisa ficar internado no hospital, em isolamento, por até 5 semanas, já que seu organismo perde temporariamente a capacidade de lutar contra infecções e doenças.
Quais os riscos do transplante de medula óssea?
Como qualquer tipo de transplante, há risco de rejeição, que ocorre quando o organismo não reconhece as células do doador. Infecções e doenças também são riscos no pós-transplante, porque o paciente acaba perdendo a capacidade de lutar contra elas, já que seu sistema imunológico para de funcionar temporariamente.
Quais são os riscos para o doador de medula?
No geral, existem poucos riscos para o doador no transplante de medula óssea. O tecido se regenera em cerca de 15 dias e, após uma semana da doação, o doador já se sente apto a voltar ao trabalho. Algumas dores no local onde foi feito o procedimento podem ser sentidas.
Como ser um doador de medula óssea?
Ao realizar o cadastro em um hemocentro, é preciso informar seus dados pessoais e retirar 5ml do seu sangue, que será analisado em laboratório. Suas características genéticas são incluídas no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME).
Quando houver um paciente compatível com as suas características genéticas, você receberá um convite para realizar mais exames. Caso os resultados sejam favoráveis, a doação poderá ser agendada.
Os requisitos para ser um doador de medula óssea incluem:
- Ter entre 18 e 35 anos de idade;
- Estar em bom estado de saúde;
- Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue;
- Não apresentar histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune.
Para quem já é um doador de medula óssea, é preciso manter os dados pessoais atualizados para aumentar as chances de encontrar um paciente compatível por meio do site do Redome: redome.inca.gov.br
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