Hormonioterapia
O que é hormonioterapia?
O câncer é caracterizado por um crescimento acelerado e desordenado de um conjunto de células consideradas anormais. Quando essas células têm origem em tecidos sensíveis à ação de hormônios, a hormonioterapia surge como uma opção de tratamento para conter a doença, que se desenvolve a partir de células desses órgãos e mantém certa dependência desses hormônios.
É esse o caso dos cânceres de mama e de próstata, órgãos bastante sensíveis à ação dos hormônios sexuais nos pacientes do sexo feminino e masculino, respectivamente. A hormonioterapia geralmente funciona como uma aliada dos outros tratamentos contra o câncer, atuando em conjunto ou após cirurgias, sessões de quimioterapia e de radioterapia.
A hormonioterapia busca inibir o crescimento do câncer pela retirada do hormônio da circulação – chamada de “privação” – ou pela introdução de uma substância com efeito contrário ao hormônio (antagonista). A terapia hormonal, a exemplo da quimioterapia, tem ação sistêmica, isto é, age em todas as partes do corpo.
Quais são os tipos de hormonioterapia?
Existem quatro tipos de hormonioterapia mais comumente utilizadas no tratamento contra o câncer. Entre eles:
- Cirurgia para retirada cirúrgica de glândulas endócrinas (produtoras de hormônios): obtêm-se a interrupção no fornecimento hormonal para as células cancerosas. Nas mulheres, a retirada dos ovários priva o organismo da produção hormonal. Quando indicada para mulheres na pré-menopausa portadoras de câncer de mama disseminado, induz a remissão em 30% a 40% dos casos. Já nos homens, a retirada dos testículos também priva o organismo dos hormônios que alimentam o câncer, induzindo a remissão em pelo menos 80% dos portadores de câncer de próstata disseminado.
- Dose suprafisiológica, onde pequenas doses de hormônios podem estimular o crescimento e a disseminação das células cancerosas. No entanto, mais doses do que o necessário podem surtir o efeito contrário e agravar o problema.
- Inibidores enzimáticos, que servem para privar o organismo da produção hormonal, resultando no bloqueio das células cancerosas em relação a esse fator de crescimento.
- Anti-hormônios, através de drogas que se ligam aos receptores hormonais nas células cancerosas, impedindo que os hormônios se aproximem.
Como a hormonioterapia combate o câncer?
A hormonioterapia combate o câncer por meio do uso de substâncias chamadas antagonistas, que possuem um efeito contrário ao dos hormônios, fazendo com que a ação deles seja neutralizada e bloqueada.
Além do uso de antagonistas, a hormonioterapia pode se aproveitar de medicamentos que inibem a ação de enzimas que são usadas pelo corpo como ponto de partida para a produção hormonal.
Outra modalidade de hormonioterapia é feita pela castração cirúrgica, que consiste na remoção cirúrgica do órgão que produz o hormônio sexual. No caso do homem, removem-se os testículos, enquanto na mulher são retirados os ovários.
Como a hormonioterapia é feita?
A hormonioterapia é um tipo de tratamento de combate ao câncer por meio do bloqueio da ação dos hormônios. Ela utiliza substâncias que são medicamentos antagonistas aos hormônios ou capazes de inibir as enzimas usadas na produção hormonal. A supressão total da produção hormonal no paciente também é qualificada como hormonioterapia.
A hormonioterapia é feita por meio de comprimidos ou de injeções periódicas. As dosagens da hormonioterapia devem ser seguidas da forma correta, conforme indicação médica
A hormonioterapia pode ser feita por um longo período de tempo, como forma de realmente impedir o crescimento do câncer.
Quais são os efeitos da hormonioterapia?
A hormonioterapia costuma ser bem tolerada. Não faz o cabelo cair, e nem costuma exigir paradas para recuperação do organismo. No entanto, como qualquer medicamento, a hormonioterapia pode ter efeitos colaterais de acordo com cada paciente. São eles:
- Aumento de peso;
- Ondas de calor;
- Impotência sexual;
- Ressecamento vaginal;
- Sudorese noturna;
- Fadiga;
- Risco aumentado de trombose.
Os homens que fazem o uso da hormonioterapia para ajudar na cura do câncer de próstata podem apresentar efeitos colaterais como:
- Diminuição ou ausência da libido;
- Impotência;
- Ondas de calor;
- Diminuição dos testículos e do pênis;
- Sensibilidade e crescimento do tecido mamário;
- Osteoporose;
- Anemia;
- Diminuição da agilidade mental;
- Perda de massa muscular;
- Ganho de peso;
- Fadiga;
- Aumento do colesterol;
- Depressão.
Já as mulheres que estão usando a hormonioterapia para curar o câncer de mama podem enfrentar os seguintes efeitos colaterais:
- Fadiga;
- Ondas de calor;
- Secura vaginal;
- Mudanças de humor;
- Sudorese noturna;
- Náuseas;
- Formação de coágulos sanguíneos (trombose);
- Aumento do risco de doenças cardiovasculares;
- Aumento do risco de câncer de útero quando a mulher já passou da menopausa.
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