O Cárdio Pulmonar, por meio de seu planejamento estratégico, possui um modelo gestão guiado por indicadores. Os indicadores estratégicos são desdobrados em secundários, ajudando hospital a gerenciar seus processos de apoio e assistenciais, como os protocolos clínicos. Como exemplo, descrito abaixo 2 importantes protocolos, os de cuidados aos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio (IAM).”
O infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico são causados pela obstrução abrupta dos vasos que levam sangue ao coração e ao cérebro, respectivamente. Após a suspensão do fluxo sanguíneo para parte desses órgãos, suas células começam a morrer e depois de apenas algumas horas se tornam irrecuperáveis. As principais sequelas do AVC não tratado são incapacidade de mover os braços ou pernas, de compreender ou de se expressar, e até mesmo de enxergar. No caso do IAM, o paciente pode desenvolver insuficiência cardíaca e apresentar sérias dificuldades de movimentação por falta de ar e acúmulo de líquido nas pernas e nos pulmões. Em casos mais graves, quando o IAM e o AVC não são rapidamente tratados, eles também podem causar a morte do paciente. A forma mais eficiente de prevenir essas complicações é abrir a artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo para o cérebro e o coração o mais rápido possível. No caso do IAM, em nossa instituição, isso é feito através da angioplastia da coronária, procedimento no qual a artéria é reaberta através de um cateter balão inflado no lugar da obstrução. Já no AVC, o fluxo de sangue para o cérebro é restabelecido através de uma medicação intravenosa que dissolve o coágulo responsável pela obstrução da artéria. Às vezes é preciso utilizar a angioplastia para reabrir a artéria do cérebro, assim como fazemos sistematicamente no infarto.
A única forma de saber se a abertura das artérias ocluídas no IAM e no AVC está sendo feita de forma rápida e adequada é medindo o tempo decorrido entre a chegada do paciente (denominado “porta”) e a abertura da artéria obstruída (denominado “balão” ou “agulha”) – O tempo porta-balão no IAM e o tempo porta-agulha no AVC. O American Heart Association estabelece que o tempo porta-balão deve ser no máximo de 90 min e o tempo porta-agulha de no máximo 60 min. Os gráficos abaixo representam os tempos medianos porta-balão e porta-agulha no Hospital Cárdio Pulmonar: