Transplante de Medula Óssea
O que é transplante de medula óssea?
A medula óssea é um tecido do corpo humano localizado no interior de nossos ossos. É o que chamamos popularmente de “tutano”. Esse tecido é o principal responsável pela produção das células que compõem o sangue, como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas.
O transplante de medula óssea é um procedimento que mais comumente visa tratar pacientes com neoplasias hematológicas que não alcançariam a cura com a quimioterapia sistêmica padrão, ou com doenças em que a produção das células do sangue está muito comprometida.
No transplante de medula óssea, o paciente mais comumente recebe células da medula óssea de um doador vivo e saudável. Nesse caso, o transplante é dito alogênico. Essas células irão “repovoar” a medula óssea do paciente, previamente destruída pelo tratamento (condicionamento do transplante).
No caso do transplante de medula autólogo, a medula que fará a recuperação é do próprio indivíduo, tendo sido recolhida previamente ao início do tratamento. Mais raramente, o paciente pode receber células de cordão umbilical, colhidas e armazenadas no momento do parto. As células transfundidas têm o papel de recuperar a medula óssea, que espera-se seja novamente capaz de produzir células saudáveis.
Nos casos das neoplasias hematológicas, espera-se que as células de defesa produzidas pela nova medula óssea ajudem a eliminar as células malignas. Por isso, dos pacientes que sofrem de certos tipos de câncer, o transplante de medula óssea é frequentemente indicado para tratar diferentes tipos de leucemias e linfomas.
Para que o transplante de medula óssea seja realizado, é preciso encontrar um doador compatível, ou seja, com características genéticas similares.
Quando é necessário o transplante de medula óssea?
Ao todo, mais de 80 doenças e condições podem ser tratadas por meio de um transplante de medula óssea.
Como é feito o transplante de medula óssea?
O transplante de medula óssea alogênico é feito com o uso de células de medula óssea colhidas de um doador vivo.
Existem duas formas de coleta de células para o TMO: coleta de medula óssea e coleta de células totipotentes de sangue periférico.
No primeiro caso, o doador deve ser submetido a um procedimento cirúrgico, para que seja aspirado material de sua medula óssea (bacia). Esse material será filtrado, para retirada de fragmentos ósseos, e infundido no paciente já tratado.
No caso de coleta de células em sangue periférico, o doador recebe medicamentos para estimular sua medula óssea por alguns dias, de forma a possibilitar a coleta de células capazes de recuperar a medula óssea no sangue circulante.
A coleta é feita por um processo de aférese, no qual é realizada a separação do sangue e da medula óssea, fazendo a coleta das células necessárias e devolvendo o resto de volta para o organismo do doador.
Para o paciente que vai receber a doação, o procedimento é um pouco diferente:
No pré-transplante de medula óssea, o paciente passa por sessões de quimioterapia e de radioterapia, que têm como objetivo erradicar as células cancerosas de seu organismo. O objetivo é abrir espaço para as novas células transplantadas. A infusão das novas células é muito semelhante a uma transfusão de sangue. As células rapidamente buscam espaço no interior dos ossos, onde voltam a produzir as células do sangue.
O paciente que recebeu o transplante precisa ficar internado no hospital em isolamento, por até 5 semanas, já que seu organismo perde temporariamente a capacidade de lutar contra infecções e doenças.
Quais os riscos do transplante de medula óssea?
Como qualquer tipo de transplante, há risco de rejeição, que acontece quando o organismo não reconhece as células do doador.
Infecções e doenças também são riscos no pós-transplante, porque o paciente acaba perdendo a capacidade de lutar contra elas, já que seu sistema imunológico para de funcionar temporariamente.
Quais são os riscos para o doador de medula?
No geral, existem poucos riscos para o doador no transplante de medula óssea. A medula óssea doada se regenera em cerca de 15 dias e após uma semana da doação, o doador já se sente apto a voltar ao trabalho. Algumas dores no local onde foi feito o procedimento podem ser sentidas.
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