Câncer de mama
O que é câncer de mama?
Como qualquer tipo de câncer, o câncer de mama é o crescimento acelerado e desordenado de células no tecido mamário, resultando em um nódulo ou tumor cuja textura, sob o toque dos dedos, pode ser diferente da textura do resto da mama.
O nódulo que não é detectado com toque pode ser visualizado em um exame de imagem das mamas, sendo que uma grande parte das alterações encontradas são benignas.
Existem diferentes tipos de câncer de mama, cada um com características e tratamentos diferentes.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, em 2018, 59.700 pacientes foram diagnosticados com câncer de mama no Brasil.
Graças aos avanços dos tratamentos e às campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, o câncer de mama vem se tornando cada vez mais uma doença contornável e tratável, com altas chances de cura. Dados divulgados pelo INCA também informam que o 95% das pacientes estão vivas e sem doença após 5 anos do diagnóstico inicial.
No geral, quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores são as chances de recuperação e de um tratamento de sucesso.
Quais são os fatores de risco para o câncer de mama?
Os fatores de risco para o câncer, em geral, incluem tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, exposição excessiva ao sol, à radiação e a agentes cancerígenos, como o amianto, os agrotóxicos, benzeno e o asbestos, por exemplo.
Os fatores de risco do câncer de mama, em específico, são:
– obesidade e sobrepeso após a menopausa;
– ter tido a primeira menstruação antes dos 12 anos de idade;
– não ter tido filhos;
– histórico familiar de câncer de mama ou ovário ou alguma mutação hereditária comprovada (como BRCA por exemplo);
– entrar na menopausa após os 55 anos de idade;
– ter realizado a reposição hormonal pós-menopausa, em especial por mais de 5 anos;
– uso de anticoncepcionais hormonais, como aqueles que são feitos com progesterona ou estrogênio e
– uso frequente de bebidas alcoólicas.
A presença de um ou mais desses fatores de risco não quer dizer que, definitivamente, haverá câncer de mama no futuro.
Os fatores de risco servem apenas como um alerta, motivando o paciente ou indivíduo a realizar acompanhamento médico frequente, com uma prevenção mais proativa.
Quais são os sintomas do câncer de mama?
O câncer de mama pode ser uma doença silenciosa, já que os nódulos e tumores que podem se configurar como câncer de mama são geralmente indolores. Dados do INCA informam que esse é o nódulo é o primeiro sintoma a ser detectado em 90% dos casos onde o câncer de mama é descoberto pelo paciente.
No geral, o ideal é ficar atento aos seguintes sintomas:
– caroço fixo e, geralmente, indolor, localizado no tecido da mama ou em áreas adjacentes, como as axilas e até mesmo o pescoço e a clavícula;
– mudança no aspecto da pele da mama: ela pode se tornar avermelhada, retraída e desenvolver uma aparência mais esburacada, como a casca de uma laranja;
– alterações na aparência do bico do seio, inclusive com mudança de cor ou saída de líquido anormal pelo bico do seio, como sangue ou pus.
Como prevenir o câncer de mama?
As pessoas podem reduzir seu risco de câncer de mama por meio da adoção de um estilo de vida mais saudável:
– pratique exercícios físicos;
– evite o consumo de bebidas alcoólicas e de tabaco;
– mantenha o peso sob controle;
– promova hábitos alimentares saudáveis;
– se tiver filhos, amamente e
– discuta com seu médico os riscos e benefícios dos anticoncepcionais hormonais e das terapias terapias de reposição hormonal.
O autoexame só consegue detectar tumores ja palpáveis, diferente dos exames de imagem que conseguem encontrar alterações bem pequenas ou até antes de se tornarem um câncer invasivo.
Ainda assim conhecer seu corpo é importante e algumas pacientes podem notar tumores de crescimento mais rápido que possam surgir no intervalo dos exames programados.
Um bom momento para fazer o autoexame é durante o banho, já que a água costuma ajudar o deslizar dos dedos por todo o tecido mamário. Não importa se você é do sexo feminino ou do sexo masculino, sempre que se sentir relaxado e confortável, apalpe os seios utilizando os dedos indicador e médio em movimentos circulares. Além das mamas, toque também na região embaixo das axilas, as clavículas e a base do pescoço, juntamente com a lateral do peito.
Lembre-se que câncer de mama geralmente não dói e que, uma grande parte dos nódulos do peito são benignos. Se notar alguma alteração o ideal é procurar um especialista para avaliar e fazer a investigação adequada em cada caso.
Como é o diagnóstico de câncer de mama?
Para confirmar um diagnóstico de câncer de mama o exame necessário é o anatomopatológico: esta é a avaliação (feita por um médico patologista especializado) do tecido mamário retirado numa biópsia. Nem sempre a biópsia é realizada, muitas vezes os exames de imagem (mamografia, ultrassonografia e/ou ressonância magnética) são suficientes para dizer que um nódulo é benigno.
A biópsia é um procedimento guiado por alguma imagem, geralmente o ultrassom ou a própria mamografia. Muitas vezes a região biopsiada e marcada com um clip metálico para que possa ser retirada cirurgicamente depois.
Como é o tratamento do câncer de mama?
O tratamento do câncer de mama costuma ser feito por um número de profissionais, que trabalham em conjunto em prol do paciente. São ginecologistas, mastologistas, oncologistas, radio-oncologistas, cirurgiões-plásticos que trabalham para a cura do indivíduo.
O tratamento do câncer de mama depende de seu estadiamento (grau que determina o estágio de evolução da doença, geralmente dividido em níveis que vão do 0 ao 4). No geral, ele pode envolver, por exemplo: a retirada parcial ou total de uma ou de ambas as mamas, a avaliação dos linfonodos axilares, a realização de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia além da reconstrução das mamas.
Nem todas as etapas são necessárias para todas as pacientes e os planos do tratamento são discutidos entre toda a equipe médica para que se alcance o melhor resultado.
O objetivo, no final, não é tratar uma doença e sim cuidar de um paciente, cada um com suas peculiaridades e preferências. Temos times especializados e prontos para atender cada indivíduo da melhor forma possível, oferecendo o melhor tratamento para cada um.
O câncer de mama também pode atingir homens?
Sim. O câncer de mama em homens é raro, apenas cerca de 1% dos casos de câncer de mama diagnosticados no Brasil atingem homens.
A alteração mais comum na mama dos homens é a ginecomastia, que é o crescimento da glândula mamária masculina de forma benigna. Mesmo sendo benigna, deve ser investigada pois pode ter causas hormonais importantes para a saúde do homem. Em especial para os homens com histórico de câncer de mama na família é importante estar atento e procurar o mastologista se houver alteração palpável nas mamas.
A Oncologia D’Or é uma rede de mais de 40 clínicas, ambulatórios e hospitais preparados para oferecer tratamento de excelência na Oncologia. Ao todo, 20.000 atendimentos médicos são feitos por mês pela Oncologia D’Or, sempre buscando a recuperação total do paciente.