O câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical, é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres no Brasil. Contudo, tanto a incidência quanto a mortalidade podem ser significativamente reduzidas com programas de rastreamento e prevenção adequados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que países desenvolvidos alcançaram expressiva redução na morbimortalidade dessa doença após a implementação de programas de rastreamento populacional nas décadas de 1950 e 1960. O diagnóstico precoce é crucial: quando detectado nos estágios iniciais, o câncer de colo do útero apresenta altíssimo potencial de prevenção e cura.
O método principal para rastreamento é o teste de Papanicolaou, também conhecido como exame citopatológico. O câncer de colo do útero, em geral, é causado por infecções persistentes pelo papilomavírus humano (HPV), especialmente pelos subtipos de alto risco, como o HPV-16 e o HPV-18. Esses subtipos estão associados à maioria dos casos de câncer cervical. A progressão de uma infecção por HPV para o câncer é um processo lento, que pode levar anos ou até décadas, o que torna possível a identificação e o tratamento antes que o câncer invasivo se desenvolva. Segundo a OMS, é possível reduzir entre 60% e 90% a incidência do câncer cervical invasivo por meio de diagnóstico precoce e tratamento adequado, desde que ao menos 80% da população-alvo seja coberta pelo programa.
Qual exame descobre o câncer no útero?
No Brasil, o exame mais amplamente utilizado para detectar alterações no colo do útero é o Papanicolaou. Ele é indicado para mulheres entre 25 e 64 anos que já iniciaram a vida sexual.
Principais exames para diagnóstico do câncer de útero
- Papanicolaou:
– Como é feito? Durante o exame, células do colo do útero são coletadas com o auxílio de uma espátula ou escovinha. Essas células são analisadas em laboratório para identificar alterações que possam indicar lesões pré-cancerosas ou câncer.
– Periodicidade: Geralmente, recomenda-se a realização anual ou conforme orientação médica, dependendo do histórico da paciente e dos resultados anteriores
- Colposcopia:
Indicação: Solicitada quando o Papanicolaou apresenta alterações.
Como funciona? Um colposcópio, semelhante a um microscópio, é usado para examinar detalhadamente o colo do útero. Caso sejam identificadas lesões suspeitas, pode ser realizada uma biópsia para confirmar o diagnóstico.
- Biópsia do colo do útero:
Quando é necessária? Indicada em casos de suspeita de lesões malignas ou pré-malignas.
Como é feita? Um pequeno fragmento de tecido é coletado para análise histopatológica, essencial para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo e o grau da lesão.
- Teste de DNA do HPV:
Objetivo: Identificar a presença de subtipos de alto risco do HPV.
Quando é realizado? Frequentemente usado como complemento ao Papanicolaou, especialmente em mulheres com histórico de lesões cervicais ou como método de triagem primária em algumas regiões.
- Curetagem endocervical:
Indicação: Realizada quando há suspeita de lesões no canal cervical, não visíveis pela colposcopia.
Como funciona? Um instrumento especial é usado para coletar tecido do canal endocervical, que será avaliado em laboratório.
Como saber se tenho câncer no colo do útero?
O câncer cervical evolui a partir de lesões precursoras, como as lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (HSIL) e o adenocarcinoma in situ. Essas alterações são silenciosas e, na maioria das vezes, não apresentam sintomas. Por isso, o rastreamento é indispensável.
Sinais e sintomas que podem surgir em estágios avançados:
- Sangramento vaginal anormal (fora do período menstrual, após relações sexuais ou na pós-menopausa).
- Corrimento vaginal com odor forte ou coloração anormal.
- Dor pélvica persistente.
- Desconforto ou dor durante a relação sexual.
Faixa etária de maior risco:
Segundo a OMS, a incidência de câncer cervical aumenta a partir dos 30 anos, atingindo o pico entre os 50 e 60 anos. Antes dos 25 anos, predominam infecções por HPV e lesões de baixo grau, que geralmente regredem espontaneamente e podem ser apenas acompanhadas conforme recomendações clínicas.
Oncologia D’Or e Rede D’Or: apoio ao cuidado integral da mulher (H2)
A Oncologia D’Or e a Rede D’Or destacam-se pelo atendimento especializado na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de colo do útero dentro de um acompanhamento multidisciplinar:
Diferenciais dos serviços oferecidos:
- Exames preventivos: Papanicolaou e colposcopias disponíveis em unidades amplamente acessíveis.
- Diagnóstico avançado: Uso de tecnologias de ponta para exames e análise histopatológica de lesões suspeitas.
- Equipe multidisciplinar: Profissionais especializados em oncologia, ginecologia e suporte psicológico.
- Atendimento personalizado: Planos de tratamento individualizados que incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, quando indicado.
Com um foco no cuidado humanizado e no acesso rápido ao diagnóstico e tratamento, a Oncologia D’Or busca garantir que cada mulher receba o suporte necessário para enfrentar a doença com segurança e confiança.