Asma
A asma é uma condição respiratória na qual as vias aéreas, ou seja, as estruturas responsáveis por levar o ar que inalamos para dentro do pulmão, ficam inflamadas e inchadas, por diversos motivos.
O que é asma?
A asma é uma condição respiratória na qual as vias aéreas, ou seja, as estruturas responsáveis por levar o ar que inalamos para dentro do pulmão, ficam inflamadas e inchadas, por diversos motivos.
Esse inchaço faz com que as vias aéreas se tornem mais estreitas, o que impede que a pessoa respire normalmente, fazendo com que ela tenha que fazer um esforço maior para poder manter o nível de oxigênio em seu sangue. Eliminar o ar que já foi inalado também é mais difícil para os asmáticos, como são chamadas as pessoas que têm asma, por isso, muitos acabam descrevendo também uma sensação de sufoco.
Essa é uma condição mais comum de ser diagnosticada ainda na infância, embora pessoas de todas as idades possam ter tanto a asma como também crises asmáticas.
A asma pode ser controlada, quando o paciente quase não apresenta crises, mas também não controlada, com três ou mais crises de dificuldade para respirar mensais.
Nos casos mais graves e severos, a asma pode levar ao óbito, sendo que essa condição também pode fazer com que a pessoa tenha um estilo de vida mais limitado, com a não realização de atividades físicas de alta intensidade, além de insônia constante e alterações na capacidade do pulmão.
Asma brônquica é outro nome para essa condição, porque ela também é capaz de afetar os brônquios.
Quais são as causas da asma?
As causas da asma ainda não são muito bem esclarecidas pelos médicos. Apesar disso, acredita-se que ela acontece devido a uma combinação de fatores que podem ser genéticos e ambientais. Os principais são:
- exposição a ambientes com muita poeira ou fumaça;
- alergias respiratórias, especialmente a mofo, pólen, ácaros, pelos de animais, saliva ou partes do corpo de baratas, entre outros;
- alterações climáticas, como mudanças de temperatura bruscas;
- infecções respiratórias causadas por vírus, bactérias ou fungos;
- sinusite crônica;
- tabagismo ou convivência com fumantes, além de estar em ambientes com fumaça de cigarro;
- estresse ou fortes emoções;
- naproxeno, entre outros;
- refluxo;
- uso de remédios anti-inflamatórios não esteroides como ácido acetilsalicílico, ibuprofeno ou naproxeno, entre outros;
- exercícios físicos de alto impacto;
- alterações emocionais.
Quais os tipos de asma?
Os tipos da doença são classificados de acordo com o agente causador e incluem:
- Asma alérgica: ou asma atópica, é o tipo mais comum, causado quando o paciente é exposto a substâncias às quais é alérgico, provocando uma reação do organismo e desencadeando as crises.
- Asma não alérgica: ou asma intrínseca ou não atópica, é menos comum e, em geral, desenvolve-se na fase adulta da vida. É mais frequente nas mulheres e pode apresentar sintomas mais graves. Está ligada a fatores emocionais, ansiedade, estresse, tabagismo ou atividades físicas, entre outras causas.
- Asma induzida pelo exercício: também chamada de broncoconstrição induzida pelo exercício, sua causa é o estreitamento das vias aéreas durante a realização de atividades físicas. Em geral, os sintomas se iniciam alguns minutos depois de começar o exercício e apresentam melhora em 10 a 15 minutos após a interrupção.
- Asma ocupacional: é considerada um subtipo de asma alérgica que ocorre devido à exposição a substâncias no ambiente de trabalho, entre elas fumaça, gases, pó ou poeira. Pode se desenvolver principalmente na idade adulta e melhora quando a pessoa não está no ambiente de trabalho.
- Asma eosinofílica: é um tipo raro, porém mais grave de asma que é causado pelo aumento de glóbulos brancos no sangue, os chamados eosinófilos. Eles fazem parte do sistema imunológico, ou seja, são responsáveis por defender o organismo de uma infecção. Quando aumentam assim, podem causar reação inflamatória das vias aéreas e do sistema respiratório, desencadeando a asma.
- Asma induzida por aspirina: ocorre pela indução de anti-inflamatórios não esteroides em pessoas que já tem asma ou que são propensas a ela, como aquelas que têm sinusite crônica, pólipos nasais ou congestão nasal recorrente.
Quais os principais sintomas da asma?
Além da dificuldade de respirar e de eliminar o ar que está dentro dos pulmões, os asmáticos apresentam coriza constante, já que, por conta da inflamação, suas vias aéreas acabam por produzir uma quantidade excessiva de muco.
Os sintomas da asma também podem incluir:
- tosse seca e/ou com produção de muco;
- sensação de sufoco;
- chiado;
- desconforto torácico;
- dificuldade ao respirar, com respiração rápida e curta;
- costelas que se tornam evidentes ao respirar profundamente;
- falta de ar durante a noite;
- infecções respiratórias frequentes;
- ansiedade;
- irritação na garganta;
- pressão no peito ou ritmo cardíaco alterado.
Esses sintomas podem piorar após a realização de uma atividade física, no frio e também durante a noite, fazendo com que o paciente sinta a necessidade de chamar uma ambulância ou procurar atendimento médico de urgência.
Como identificar asma em bebês?
No caso das crianças pequenas, as crises de asma podem ser identificadas por meio de outros sintomas, que incluem:
- dedos e lábios roxos;
- respiração mais rápida que o normal;
- cansaço excessivo;
- sonolência;
- dificuldades para dormir e comer;
- tosse constante.
Uma dica é que quando o bebê estiver com um ou vários desses sintomas, os pais ou responsáveis encostem o ouvido no peito ou costas do bebê para verificar se ouvem algum ruído que costuma ser semelhante à respiração dos gatos. Nesses casos, ou mesmo se não for possível identificar o som, mas houver outros sinais, é importante buscar ajuda médica o mais rápido possível.
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Como diagnosticar a asma?
O médico responsável pelo diagnóstico da asma é o pneumologista. Além de avaliar os sintomas e queixas apresentadas pelo paciente, o especialista pode recorrer à auscultação pulmonar para confirmar a doença.
Pode ser solicitada, ainda, a realização de exames complementares como a espirometria e testes de broncoprovocação, nos quais se tenta desencadear uma crise de asma e oferecer, em seguida, o medicamento para acalmá-la, verificando então se após o uso os sintomas desapareceram.
Como é o tratamento da asma?
De modo geral, a asma não tem cura, mas pode ser controlada por meio de remédios de uso diário para aliviar a inflamação, assim como outros recomendados para os momentos de crise. Uma opção muito usada é a bombinha de asma, um tipo de medicamento de ação rápida, que permite a dilatação das vias aéreas e facilita a respiração.
Manter-se bem hidratado, evitar ao máximo o tabagismo e a exposição a agentes que causam alergias, ainda que passivo, também são formas de manter as crises de asma menos frequentes.
A prática regular de atividades físicas é outra recomendação para o tratamento e controle da asma porque melhora a capacidade cardíaca e respiratória. A natação, por exemplo, é uma das opções mais frequentes por fortalecer todo o sistema respiratório do indivíduo.
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