Asma piora no inverno? Entenda os motivos
No frio é comum que as pessoas com asma sofram mais, devido à algumas razões como ficar em lugares fechados, tirar os casacos e cobertores guardados do armário e com isso a alergia aparece. Presença de sintomas como sibilos (chiado), falta de ar e aperto no peito que variam ao longo do tempo.
Ela é uma doença respiratória crônica que, muitas vezes, está relacionada à fatores hereditários, ou seja, filhos de pais asmáticos têm mais chance de desenvolver a alergia. Além disso, mudanças climáticas, exposição à poluentes, alérgenos como ácaros, pólen, pelo de animais, cheiro forte e o tabagismo são prejudicais para quem convive com a patologia.
Segundo o pneumologista Dr. Jonathan Fernandez, o diagnóstico da asma é essencialmente clínico. “A espirometria (prova de função pulmonar) que mensura os volumes e fluxos expiratórios é um exame muito importante para o diagnóstico. Exames laboratoriais que demonstrem atopia (alergia) também podem contribuir para o diagnóstico”, explica.
O tratamento medicamentoso para a asma consiste basicamente no uso da associação de corticoides inalatórios e broncodilatadores de longa duração, que além de agir na inflamação crônica dos brônquios, melhoram os sintomas e a qualidade de vida do asmático.
É importante reforçar que, não se deve utilizar broncodilatadores de curta ação (salbutamol, fenoterol) como único tratamento para a asma, pois eles servem apenas para a melhora de sintomas, mas não tratam o processo inflamatório crônico das vias aéreas (essencial para o controle da doença).
“O reconhecimento e afastamento de fatores que contribuem para o surgimentos de crises de asma como ácaros, fungos, produtos de limpeza, fumaça de cigarro e pelos de animais, fazem parte do tratamento não medicamentoso para a asma”.
“A asma é uma doença respiratória crônica que não tem cura. O tratamento visa o seu controle, melhora dos sintomas e da qualidade de vida. O paciente asmático necessita de acompanhamento médico contínuo visto que as características da doença e sua intensidade variam no tempo e assim ajustes no tratamento medicamentoso e não medicamentoso podem ser necessários”, lembra o doutor.
Consultoria: Dr Jonathan Fernandez, pneumologista do Hospital Assunção, da Rede D’Or e da Clínica Respsono.