Câncer de Pâncreas
No Brasil, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticado.
O que é o câncer de pâncreas?
No Brasil, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticado. O pâncreas é um órgão que desempenha papel importante na digestão, produzindo enzimas que degradam os alimentos, além de produzir insulina, que ajuda a controlar o açúcar no sangue. Localiza-se no retroperitônio, em contato íntimo com estruturas nobres como estômago, intestino e vasos sanguíneos responsáveis pela irrigação de vários órgãos abdominais. Trata-se de uma doença de comportamento agressivo, além de difícil detecção precoce, pois os sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas da doença, quando já pode ocorrer invasão de alguma estrutura adjacente.
Quais são as causas de câncer de pâncreas?
A causa exata do câncer de pâncreas ainda não é compreendida, mas existem fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Alguns desses fatores incluem histórico familiar de câncer de pâncreas, idade avançada, tabagismo, obesidade, diabetes mellitus tipo 2, pancreatite crônica, exposição a certos produtos químicos e radiação. Mutações genéticas hereditárias correspondem até 10% dos casos de câncer de pâncreas, sendo as mais importantes as mutações nos genes BRCA1, BRCA2, MLH1 e MSH2.
Quais são os sintomas de câncer de pâncreas?
O câncer de pâncreas demora a apresentar sintomas. Quando presentes, os sintomas podem variar desde sintomas inespecíficos como cansaço e cólicas abdominais até sintomas de alerta como perda de peso inexplicada, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos), dor abdominal de forte intensidade com irradiação para dorso. Outros sinais específicos de câncer da cabeça do pâncreas são colúria (urina escurecida) e acolia fecal (fezes esbranquiçadas).
Como é feito o diagnóstico de câncer de pâncreas?
O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, em conjunto com exames de laboratório e de imagem, além da biópsia para confirmação diagnóstica. A biópsia pode ser realizada por exame de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou por técnicas de radiologia intervencionista, ou menos frequente, por cirurgia convencional. A biópsia é importante para identificação do tipo histológico – sendo a maioria dos casos de câncer de pâncreas de adenocarcinomas, além de fornecer tecido para investigação de características moleculares que podem auxiliar na individualização do tratamento.
Qual a chance de cura do câncer de pâncreas?
As perspectivas de vida e a possibilidade de cura dependem do estágio da doença no momento do diagnóstico e da resposta ao tratamento. Infelizmente, em muitos casos, o câncer de pâncreas é diagnosticado em estágios avançados, o que reduz as chances de cura. No entanto, cada caso é único, e a abordagem terapêutica individualizada, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo, pode ajudar a prolongar e melhorar a qualidade de vida da pessoa.
Como é feito o tratamento de câncer de pâncreas?
Os principais tratamentos para o câncer de pâncreas podem variar de acordo com o estágio da doença e a saúde geral do paciente. Algumas opções comumente utilizadas:
Cirurgia
A cirurgia é uma opção viável para alguns casos, restrita em geral para casos em que o tumor é localizado apenas no pâncreas, pois envolve grande morbidade e pode atrasar o início do tratamento sistêmico. A pancreatectomia por ser parcial ou total, dependendo da localização do tumor. Pode ser necessário remover também parte do estômago, vesícula biliar, duodeno ou outros órgãos próximos, além de linfonodos regionais.
Quimioterapia
A quimioterapia é um tratamento sistêmico que utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas em todo o corpo. É frequentemente administrada após a cirurgia para eliminar possíveis células cancerígenas remanescentes e também pode ser usada em casos de câncer de pâncreas avançado para reduzir o tamanho do tumor e controlar os sintomas.
Radioterapia
A radioterapia usa feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas. Pode ser usada antes da cirurgia para encolher o tumor e facilitar sua remoção, ou após a cirurgia para destruir células cancerígenas remanescentes. A radioterapia também pode ser combinada com quimioterapia (quimiorradioterapia) para aumentar a eficácia do tratamento.
Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem terapêutica que estimula o sistema imunológico do corpo a reconhecer e atacar as células cancerígenas. Ela pode ser usada como opção de tratamento para alguns pacientes com câncer de pâncreas avançado ou em combinação com outros tratamentos.
Terapias-alvo
As terapias-alvo são medicamentos projetados para atacar especificamente as características genéticas e moleculares das células cancerígenas. Esses fármacos podem ser administrados em conjunto com a quimioterapia, dependendo das características do tumor e da disponibilidade dos medicamentos.
Sobre a Oncologia D’Or
Criada em 2011, a Oncologia D’Or é o projeto de oncologia da Rede D’Or, a maior empresa de saúde privada da América Latina, formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional e que, atualmente, está presente em diversos estados brasileiros e no Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar ao paciente com câncer os mais elevados padrões de excelência médica, além de um ambiente acolhedor e suporte humanizado. A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma extensa rede de clínicas, um corpo clínico de médicos especializados nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia, além de equipes multidisciplinares que trabalham em plena atuação em todas as linhas de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico e mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.