Câncer de ovário

Entenda a importância do acompanhamento médico no diagnóstico do câncer de ovário, os tipos de tratamento e como se prevenir da doença.

A importância do diagnóstico precoce do câncer de ovário

Um estudo recente publicado no British Journal of Nursing mostra que nove em cada dez mulheres podem sobreviver ao câncer de ovário caso seja diagnosticado no estágio inicial. Porém, os dados mostram que dois terços das pacientes são diagnosticadas tardiamente, quando o câncer é mais difícil de tratar.

Esse tipo de câncer ginecológico se origina nos órgãos reprodutores femininos responsáveis pela produção de óvulos e hormônios, os ovários.

O tumor pode acometer mulheres em qualquer idade, mas é mais frequente após os 40 anos.

Quais os sinais de câncer no ovário?

Embora a causa exata do câncer de ovário seja desconhecida, alguns fatores de risco foram identificados, incluindo histórico familiar de câncer de ovário ou mama, mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2, idade avançada, histórico de endometriose, nunca ter engravidado ou ter engravidado tardiamente.

Um dos desafios do câncer de ovário é que seus sintomas costumam ser vagos e facilmente confundidos com outras condições de saúde. No entanto, é importante estar atento a alguns alterações que devem ser investigadas por um especialistas, pois podem ser indicadores da presença do tumor, como:

Dor ou pressão na região pélvica: uma sensação persistente de desconforto ou dor na área pélvica pode ser um sinal de câncer de ovário.

Inchaço da barriga: o aumento inexplicável do tamanho da barriga, muitas vezes acompanhado de sensação de inchaço, pode indicar a presença de câncer de ovário.

Problemas gastrointestinais: alterações nos hábitos intestinais, como constipação persistente ou diarreia, bem como desconforto abdominal, podem estar associadas ao câncer de ovário.

Sintomas urinários: mudanças na frequência para urinar, urgência urinária ou dor ao urinar podem ser sintomas de um tumor ovariano.

A importância do acompanhamento periódico

Devido à natureza silenciosa do câncer de ovário, é essencial que as mulheres estejam conscientes dos sinais de alerta e realizem consultas de rotina regularmente.

O rastreamento do câncer de ovário é um desafio devido à ausência de métodos de triagem eficazes e específicos para a população em geral. Atualmente, não há um teste de rastreamento amplamente aceito que reduza a mortalidade da doença em mulheres sem sintomas ou fatores de risco específicos.

Caso a mulher apresente sintomas, os exames de imagem e de sangue podem ajudar na detecção precoce do câncer de ovário e aumentar as chances de um tratamento bem-sucedido.

Nas clínicas da Oncologia D’Or, há especialistas de renome internacional para ajudar você no diagnóstico da doença, além de toda a estrutura tecnológica para rastreamento e tratamento do câncer de ovário.

Como diagnosticar câncer de ovário?

O diagnóstico do câncer de ovário envolve exames clínicos, de imagem e testes laboratoriais. A medição do marcador tumoral sanguíneo CA 125 e a ultrassonografia pélvica são dois exames fundamentais para estabelecê-lo.

  • H3: Exame pélvico e histórico médico
  • H3: Ultrassonografia pélvica
  • H3: Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM)
  • H3: Biópsia

Tratamento do câncer de ovário

O tratamento do câncer de ovário envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir cirurgia, quimioterapia, terapia-alvo e, em alguns casos, radioterapia.

Sempre é necessário realizar o estadiamento (checagem do estágio do câncer) adequado da doença para propor o melhor tratamento. No estágio inicial do câncer de ovário, geralmente o indicado é iniciar a estratégia terapêutica com cirurgia em primeira mão. Já com a doença em estado avançado, deve-se considerar a quimioterapia como primeira opção para elevar as chances de uma cirurgia com remoção total de todos os tumores visíveis.

Mesmo após a cirurgia, a maioria das pacientes também deve ser submetida à quimioterapia. O plano de tratamento específico varia de acordo com o subtipo histológico do tumor, o estágio do câncer, a extensão da doença, a saúde geral da paciente e outras considerações individuais.

Conheça as modalidades de tratamento:

Cirurgia: A cirurgia é frequentemente o principal tratamento para o câncer de ovário e pode envolver a remoção do ovário afetado (ooforectomia), do útero (histerectomia), das trompas de falópio e do tecido adiposo abdominal (omentectomia).

Quimioterapia: A quimioterapia é frequentemente administrada antes e após a cirurgia, para destruir as células cancerígenas e reduzir o risco de recorrência. Pode ser administrada por via intravenosa ou oral e normalmente envolve uma combinação de diferentes medicamentos quimioterápicos.

Terapia-alvo: Alguns casos de câncer de ovário podem responder bem a medicamentos direcionados que atuam especificamente em certas proteínas ou vias de sinalização envolvidas no crescimento do tumor. Esses medicamentos podem ser usados sozinhos ou em combinação com a quimioterapia.

Radioterapia: A radioterapia pode ser recomendada em casos específicos de câncer de ovário, para tratar áreas específicas de disseminação tumoral ou para aliviar sintomas como dor.

Acompanhamento : Após o tratamento inicial, as pacientes com câncer de ovário são acompanhadas de perto por seus médicos para monitorar a resposta ao tratamento e detectar precocemente qualquer sinal de recorrência.

É importante ressaltar que o tratamento do câncer de ovário é individualizado e pode variar de acordo com as características específicas de cada paciente.

Por isso, é fundamental que as pacientes discutam suas opções de tratamento com uma equipe multidisciplinar de especialistas em câncer, incluindo oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas e enfermeiros especializados em oncologia.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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