O meningioma é o tumor das meninges, que são membranas responsáveis por revestir e proteger o cérebro e a medula espinhal, sendo na maioria dos casos benigno. Entenda o que é meningioma, sintomas, causas, tipos e tratamento
O meningioma é um tumor que afeta as meninges, membranas que revestem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Ele pode causar sintomas como dor de cabeça, tontura e convulsões. Geralmente benigno, os sintomas dependem da região afetada e do tamanho do tumor. Em alguns casos, pode haver risco de malignidade. O tratamento envolve cirurgia e/ou radioterapia, conforme orientado pelo oncologista ou neuro-oncologista.
Os sintomas mais comuns de meningioma incluem:
Os sintomas variam conforme a localização e tamanho do tumor.
O diagnóstico é realizado por um neurologista ou neuro-oncologista, que avalia os sintomas e realiza exames clínicos e neurológicos. Exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, são fundamentais para confirmar o diagnóstico e localizar o tumor.
Os exames mais comuns para diagnóstico de meningioma incluem:
Se necessário, uma biópsia e exames genéticos podem ser feitos para identificar o tipo e o grau do tumor.
Para determinar se o meningioma é maligno, é necessário realizar exames de imagem e uma análise histopatológica do tumor retirado, que identifica alterações celulares.
O meningioma pode ser classificado em três diferentes graus de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo importante para o médico definir o tipo de tratamento que será realizado.
O meningioma grau I ou típico é um tumor benigno de baixo grau, ou seja, apresenta crescimento lento e bordas delimitadas, sendo o tipo mais comum de meningioma.
Devido ao crescimento lento, alguns tumores podem se calcificar, sendo chamados de meningioma calcificado.
O meningioma grau II ou atípico é um tumor benigno de grau intermediário, ou seja, pode se espalhar lentamente para os tecidos próximos.
O meningioma grau III ou anaplásico é um tipo de meningioma maligno ou de alto grau.
Isso significa que apresenta crescimento rápido e potencial de metástase.
Na maioria dos casos, meningiomas benignos (grau I) não são graves, mas o grau III, maligno, pode ser grave devido ao risco de disseminação para outras partes do cérebro.
Para suspeita de meningioma, deve-se procurar um neurologista, neurocirurgião ou neuro-oncologista.
A causa exata do meningioma não é completamente conhecida, no entanto, está relacionada a alterações genéticas nas células das meninges, resultando na formação do tumor. Mais especificamente o meningioma pode ser causado por alterações nos cromossomos 22, 1p, 6q, 14q e 18q.
Fatores que aumentam o risco de meningioma incluem:
A maioria dos meningiomas não são hereditários, sendo esporádicos e causados por mutações genéticas adquiridas ao longo da vida. No entanto, algumas condições hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver meningiomas. Entre essas síndromes genéticas estão:
Outras síndromes genéticas que podem estar relacionadas incluem:
Essas síndromes são raras, mas indivíduos portadores delas têm um risco maior de desenvolver meningiomas e outros tipos de tumores.
Os meningiomas podem ser classificados principalmente como:
O tratamento depende do grau e localização do tumor, idade e estado de saúde do paciente. As opções incluem:
A vigilância ativa é feita com acompanhamento médico regular e exames de imagem, podendo ser indicado nos casos de meningioma pequenos e assintomáticos.
A cirurgia pode ser indicada pelo médico nos casos de meningioma que causa sintomas. Entenda como é feita a cirurgia oncológica.Geralmente, para o meningioma grau I, o tratamento é só a cirurgia, pois é um tumor benigno que tem crescimento lento. Já para os meningiomas grau II e grau III, pode ser necessário o tratamento complementar com radioterapia.
A radioterapia pode ser indicada pelo onco-neurologista e radio-oncologista para complementar o tratamento cirurgico ou também pode ser o tratamento principal de tumores profundos que não podem ser retirados por cirurgia.
Esse tipo de tratamento utiliza uma máquina que emite feixes de radiação direcionados à região do cérebro a ser tratada, com o objetivo de eliminar ou reduzir o crescimento das células tumorais.
A quimioterapia para o meningioma pode ser indicada quando não é possível fazer a cirurgia ou a radioterapia, ou nos casos de meningioma maligno recorrentes.
o tratamento sistêmico pode ser feito com terapia alvo ou outras medicações que não são as quimioterapias padrões, como:
O tipo de medicamento a ser usado na quimioterapia para meningioma, varia de acordo com o tipo de tumor, devendo sempre ser indicado pelo neuro-oncologista. Entenda como é feita a quimioterapia.
Os cuidados paliativos podem ser feitos desde o início do tratamento para o meningioma até a fase final da doença. Esse tipo de abordagem é feita com suporte medicamentoso, psicológico, emocional e religioso, fisioterapia, terapia ocupacional ou nutrição, por exemplo, garantindo o bem estar e melhorando a qualidade de vida.
Os cuidados paliativos também podem ser oferecidos para os familiares e cuidadores, oferecendo suporte e estratégias de cuidados com o paciente em jornada oncológica.
Sequelas após a cirurgia podem incluir sangramentos, infecções, alterações na memória, fala e concentração, além de convulsões e fraqueza.
Geralmente, as sequelas do meningioma são raras, no entanto, dependendo da localização, tamanho ou profundidade do tumor, pode-se desenvolver sequelas que variam de uma pessoa para outra.