Tipos de vacina contra a COVID 19: o que temos aprovado para uso no Brasil
De maneiras diferentes, todas as vacinas em estudo têm o objetivo de induzir a resposta imunológica do organismo
As vacinas contra a covid-19 foram desenvolvidas em uma velocidade sem precedentes. Os estudos comprovam a eficácia e a segurança de diferentes tipos de vacina, desenvolvidas a partir de tecnologias que já existiam e de novas tecnologias, que representam inovações importantes para o futuro tratamento de várias doenças.
Apesar das diferentes abordagens, todas as vacinas têm por objetivo induzir a resposta imunológica do organismo, fazendo com que este produza defesas contra o vírus da covid-19, o SARS-CoV-2.
Vacinas contra o coronavírus no mundo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem por volta de 200 vacinas contra a covid-19 em estudo, sendo que mais de 90 destas já chegaram à fase de experimentação em humanos (estudos clínicos) e 14 imunizantes estão aprovados ao redor do mundo.
Atualmente, o desenvolvimento das vacinas se concentra em cinco diferentes tecnologias:
- Vacinas de vírus inativados (“mortos”) ou atenuados (“enfraquecidos”): métodos tradicionais, que utilizam o próprio vírus para estimular o corpo a produzir a resposta imunológica.
- Vacinas de vetor viral: utilizam outro vírus, que é geneticamente modificado para produzir proteínas virais no corpo e provocar uma resposta imunológica, sem causar a doença.
- Vacinas baseadas em proteínas: utilizam uma proteína do vírus ou uma parte dela, ou ainda proteínas que imitam algo da estrutura do vírus como seu revestimento externo, para assim provocar uma resposta imunológica no corpo.
- Vacinas de RNA e DNA: são vacinas que possuem RNA ou DNA geneticamente modificado do vírus para gerar uma proteína. Esta, ao entrar em contato com o organismo, é capaz de produzir resposta imunológica de forma segura.
- Vacinas de vetores de adenovírus: fazem uso do vírus comum da gripe modificado para transportar uma proteína do Sars-CoV-2, que foi retirada do código genético e colocada dentro do adenovírus.
Vacinas contra covid-19 no Brasil
Em nosso país, estão registradas definitivamente as vacinas Astrazeneca/Oxford (vetor viral) e Pfizer BioNTech (RNA). As vacinas Janssen (vetores de adenovírus) e CoronaVac (vírus inativado) estão aprovadas para uso emergencial. Já a Sputnik V (vetor viral) e a Covaxin (vírus instigado) estão autorizadas para importação excepcional, ou seja, somente 928 mil doses da Sputnik V e 4 milhões de doses da Covaxin serão distribuídas entre os estados da federação. Novas regulamentações ainda estão em trânsito na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Vale ressaltar que o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino participou dos estudos clínicos com a Vacina Astrazeneca no Brasil, sendo responsável pelo recrutamento, seleção e aplicação das vacinas em 4.000 voluntários, que serão seguidos ao longo de um ano no Rio de Janeiro e em Salvador.
Atenção!
Os estudos da eficácia da vacina em crianças e adolescentes ainda estão em andamento e a aplicação não começou. A CoronaVac mostrou eficácia e segurança em crianças de 3 a 17 anos e as informações já foram repassadas para aprovação da ANVISA. Astrazeneca, Pzifer, Janssen, Sputnik e Covaxin já começaram os testes em crianças e ainda não apresentaram os resultados finais.
Para os pacientes oncológicos ou imunossuprimidos, é essencial conversar com o médico de confiança. Dependendo da etapa ou do estágio da doença, o imunizante não é recomendado. A vacinação também deve ser avaliada com atenção caso você seja portador de desordens neurológicas em atividade, ou doenças que alterem a coagulação sanguínea. Nesses casos, também é necessário consultar um especialista para a autorização da vacinação com maior segurança.
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