Avaliação externa independente é a chave para confiança nos indicadores fornecidos pelas instituições. No Brasil, Rede D’Or lidera iniciativa de transparência.
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Em uma iniciativa pioneira na saúde privada brasileira, em 2023, a Rede D’Or – maior empresa de saúde da América Latina – passou a publicar, nos principais jornais e revistas do país, números sobre a qualidade de seus hospitais. No fluxo, outras instituições fizeram o mesmo. Um ganho e tanto para os pacientes de todo o país que, com maior acesso a informações, agora podem escolher mais assertivamente as instituições de saúde. Tal movimento, porém, gerou questionamentos: quão confiáveis são os números fornecidos pelas instituições?
Sempre preocupada com a exatidão e veracidade dos próprios dados, ao implantar o maior programa de Qualidade Técnica em hospitais privados do país, a Rede D’Or fez uma escolha decisiva: todos os seus hospitais são obrigatoriamente avaliados por organizações externas e independentes. Assim, implantou, em escala nacional, o maior programa de acurácia externa de indicadores do Brasil.
Na Rede D’Or, a verificação externa dos indicadores de qualidade acontece em duas etapas independentes, um modelo inovador no setor de saúde brasileiro.
Inicialmente os hospitais reportam um relatório com seus dados assistenciais ao setor da qualidade da empresa que, por sua vez, checa a acurácia dos dados informados em uma etapa de auditoria interna e registra os resultados dos indicadores de qualidade técnica.
Posteriormente esses resultados têm duplo nível de checagem externa: pelos acreditadores e pela auditoria externa contratada de forma independente.
A utilização das entidades de acreditação é algo histórico na Rede D’Or que busca ter todos os seus hospitais acreditados. As chamadas “acreditadoras”, instituições especializadas em avaliar a qualidade de organizações de saúde são em sua maioria validadas pela Sociedade Internacional para a Qualidade do Cuidados em Saúde (ISQua, na sigla em inglês).
“Uma organização que obteve acreditação organizacional ISQua EEA demonstra na prática que é capaz de utilizar essa ferramenta para fornecer uma avaliação que atende aos padrões internacionais de qualidade”, diz Dr. Carsten Engel, CEO da ISQua – International Society for Quality in Health Care.
Nessa fase, acreditadoras como a Joint Commission International (EUA), a Qmentum International (Canadá), Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (Espanha) e a Organização Nacional de Acreditação (Brasil) visitam as unidades da Rede D’Or e nesse processo verificam também seus indicadores de qualidade técnica.
Essa checagem é realizada por profissionais altamente treinados em investigar tudo o que acontece em uma organização de saúde. Eles consultam documentos, verificam bancos de dados, entrevistam profissionais de saúde que encontram na visita, conversam com lideranças, avaliam dados de exames feitos, lêem prontuários de pacientes, entre outros processos.
O cruzamento de informações permite conferir se os dados foram coletados corretamente e se os indicadores evoluíram como esperado. De maneira inovadora e pioneira no Brasil, a Rede D’Or decidiu ir além da acreditação e adotar uma auditoria externa independente recorrente de seus indicadores de qualidade técnica gerando uma camada a mais de segurança e confiabilidade.
“O objetivo da auditoria externa é verificar cuidadosamente os dados registrados para averiguar a acurácia das informações”, explica Helidea Lima, diretora de Qualidade Corporativa da Rede D’Or. “Avaliamos a confiabilidade e validamos as medições todas as vezes em que uma nova medida é implementada. Assim, quanto maior o nível de acuracidade, mais próximo da referência ou valor real é o resultado encontrado”, completa.
Todo esse duplo processo de avaliação independente ocorre continuamente nos 73 hospitais da Rede D’Or. A cada ano é concluído um ciclo completo de avaliações externas, contemplando todas as unidades.
“Os tomadores de decisão de saúde em todo o mundo são desafiados a projetar e fornecer soluções que sejam sustentáveis e garantam responsabilidades. Isso envolve garantir que cuidados apropriados, coordenados e abrangentes sejam prestados com base em populações prioritárias de alta necessidade; e que os recursos sejam alocados de maneira equitativa e ética”, completa Leslee Thompson, CEO da HSO – Health Standards Organization & Accreditation Canada.
As avaliações externas são parte do Programa de Qualidade Técnica da Rede D’Or. Maior do tipo em instituições privadas do país, ele monitora 50 indicadores em todos os hospitais da rede. Os dados coletados apontam as iniciativas de sucesso que, reunidas no Manual de Práticas Assistenciais da Rede D’Or, permitem que a experiência bem-sucedida de uma unidade seja replicada em outra, independentemente da distância geográfica.
Com a auditoria interna e a dupla auditoria externa contínua, a Rede D’Or estabelece bases sólidas para crescer e expandir sua atuação nacional, reforçando o compromisso com a qualidade do cuidado a cada paciente em todo o Brasil. “A construção gradual das atividades de auditoria interna da Rede D’Or tem permitido a incorporação de processos utilizados por equipes de avaliadores externos, pois identifica as boas práticas em suas unidades hospitalares. Ressalto que isso tem gerado um impacto muito positivo no segmento de saúde brasileiro, elevando os níveis de qualidade assistenciais, inclusive entre seus principais concorrentes, aumentando a qualidade percebida pelos pacientes”, salienta Franklin Lindolf Bloedorn, avaliador internacional da Joint Commission International.
73 hospitais, sendo 70 próprios e 3 sob gestão;
50 indicadores de qualidade monitorados;
139 avaliadores externos independentes visitaram hospitais da Rede D’Or em 2023;
Metodologias validadas pela International Society for Quality in Health Care (ISQua);
Avaliadores treinados pela Joint Commission International (EUA), Qmentum International (Canadá), Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía (Espanha) e Organização Nacional de Acreditação (Brasil);
2 anos é o ciclo para que todas as unidades da Rede D’Or recebam avaliadores;
86% dos hospitais já são acreditados em 2024;