Quando preocupar-se com colesterol alto
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O colesterol é uma substância essencial para o correto funcionamento do organismo. Essa substância participa da produção de células, hormônios, vitaminas, da digestão e da conversão da luz solar em vitamina D. Esses são só algumas das funções dessa substância.
Oitenta por cento do nosso colesterol é produzido pelo fígado, e os outros restantes são oriundos da dieta. Porém o excesso, seja pelo metabolismo excessivo do fígado ou pela ingesta excessiva de colesterol, pode acarretar prejuízos ao nosso organismo, sendo o principal o desenvolvimento e a aceleração do processo de aterosclerose, que é o acúmulo de colesterol nas artérias do nosso corpo e que pode levar a problema sérios como o infarto e o acidente vascular cerebral.
Para indivíduos saudáveis, maiores de 20 anos, é desejável valores de Colesterol Total menor que 190 mg/dL e de LDL (o colesterol “ruim”) menor que 130 mg/dL. Em indivíduos com outras comorbidades como Diabetes, Hipertensão, Insuficiência Renal ou que já sofreram um Infarto ou Acidente Vascular Cerebral, os valores de referência são menores. Quando o colesterol não estiver no alvo, tratamento específico e intenso deve ser indicado.
O colesterol alto, em valores não extremos, não costuma gerar sintomas. Assim como seus “irmãos” Diabetes e Hipertensão, é um vilão silencioso e um rastreio ativo deve ser realizado. De acordo com as recomendações de órgãos nacionais e internacionais, após os 20 anos de idade deve se fazer um rastreio para colesterol elevado, e essa pesquisa deve ser repetida a cada 5 anos. Pacientes com histórico familiar de colesterol elevado devem dar atenção especial a esse rastreio.
Se níveis elevados de colesterol forem identificados, o médico irá classificar o paciente de acordo como outras características presentes e então iniciará tratamento com o objetivo de atingir os valores alvos para o grupo ao qual o paciente foi classificado.
Muito importante frisar que uma parte importante do tratamento do colesterol alto consiste na mudança de hábitos e estilo de vida, como perda de peso, prática regular de atividade física e redução da ingesta de gorduras. Se não houver redução dos valores de colesterol com essas medidas, o médico iniciará o tratamento com medicamentos específicos. Lembrando que em casos em que os valores de colesterol estão muito elevados, o tratamento com medicações já pode ser iniciado em conjunto com as medidas de mudança de hábito de vida.
Se você tem mais de 20 anos, não deixe de procurar seu cardiologista para fazer uma avaliação do seu colesterol. Se você já tem colesterol elevado, não se descuide!
Dr. Thyago Furquim
Cardiologista do Hospital Sino Brasileiro (SP) – Rede D’Or São Luiz