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Uma vida sedentária pode desencadear desde riscos cardiovasculares até impactos na saúde mental. Veja como sair do sedentarismo em segurança.
A falta de atividade física regular pode acarretar uma série de problemas de saúde, incluindo ganho de peso, aumento do risco de doenças cardiovasculares e diminuição da qualidade de vida. No Dia de Combate ao Sedentarismo, 10 de março, é essencial refletir sobre as consequências negativas de levar um estilo de vida sedentário.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030, o sedentarismo pode adoecer 500 milhões de pessoas. O sedentarismo tem o potencial de afetar a saúde levando ao desenvolvimento de doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras condições não transmissíveis, conforme destacado no relatório da OMS.
Esse cenário destaca a urgência de adotar medidas eficazes para combater o sedentarismo e promover um estilo de vida mais ativo e saudável. Neste artigo vamos falar sobre quais são as consequências de ser sedentário e fornecer dicas valiosas sobre como prevenir esses problemas e promover um estilo de vida mais ativo saindo do sedentarismo de forma segura. Confira.
Segundo a Pesquisa Saúde e Trabalho, conduzida pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e divulgada em junho de 2023, 52% dos brasileiros raramente ou nunca praticam atividades físicas.
Outro estudo publicado na revista brasileira Epidemiologia e Serviços de Saúde, fundamentado em dados coletados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), apenas 26% dos brasileiros realizam a quantidade mínima de exercícios físicos recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de, no mínimo, 150 minutos por semana para a prática de atividades físicas durante o tempo disponível.
O número de sedentários, ou seja, aqueles que não praticam qualquer atividade, é de 60%, diz o levantamento brasileiro.
O estilo de vida sedentário pode ter impactos significativos na saúde, levando a uma série de problemas que vão além do simples ganho de peso. A falta de atividade física pode resultar no acúmulo de gordura nas artérias (aterosclerose), ampliando as chances de hipertensão (pressão alta) e problemas cardíacos, por esse motivo, o sedentarismo está diretamente associado a um maior risco de doenças cardiovasculares.
Dr. Fabrício Braga, coordenador do Teste Cardiopulmonar na Clínica São Vicente da Gávea, integrante da Rede D’Or, ressalta as diversas implicações negativas para a saúde decorrentes do sedentarismo.
“O sedentarismo pode levar ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e doença arterial coronariana, além de contribuir para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade e problemas osteomusculares. Também há impactos na saúde mental, incluindo aumento do risco de depressão e ansiedade.”
De acordo com Dr. Braga, que também atua como diretor médico do Laboratório de Performance Humana (LPH), em parceria com a área de Medicina do Exercício e do Esporte, os indivíduos sedentários enfrentam um maior risco de desenvolver várias doenças cardiovasculares.
“O sedentarismo contribui também para o aumento dos fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares como colesterol elevado, obesidade e diabetes”, complementa.
Viver uma vida sedentária pode resultar em uma redução significativa na qualidade de vida. Abandonar o sedentarismo é um passo muito importante para promover a saúde e o bem-estar.
“Embora nem todos precisem consultar um cardiologista antes de começar um programa de exercícios, indivíduos com condições médicas pré-existentes, idosos ou aqueles com fatores de risco significativos para doenças cardiovasculares devem buscar orientação médica”, aconselha o cardiologista.
Uma avaliação médica pode identificar eventuais restrições ou condições que exigem considerações especiais durante a atividade física.
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A prática regular de alongamentos também melhora a flexibilidade e reduz o risco de lesões musculares. Incluir exercícios de alongamento antes e depois das atividades físicas para preparar e relaxar os músculos é essencial.
Estar atento aos sinais do corpo durante e após o exercício e respeitar seus limites é muito importante para uma transição segura para um estilo de vida mais ativo. Se sentir dor persistente ou desconforto, diminua a intensidade e busque orientação médica.
Para iniciantes, Dr. Fabricio Braga recomenda exercícios de baixo impacto. É fundamental começar com exercícios que sejam suaves, acessíveis e que permitam uma transição gradual para um estilo de vida mais ativo.
“Essas atividades são menos estressantes para as articulações e podem ser facilmente ajustadas para atender ao nível de aptidão do indivíduo. É importante começar lentamente e aumentar gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios”, orienta.
A segurança é a prioridade ao começar um programa de exercícios, especialmente para pessoas sedentárias. “Embora a atividade física seja benéfica, certos exercícios podem apresentar riscos, especialmente para pessoas que têm sido sedentárias por um longo tempo”, garante o especialista.
Para sedentários, é importante começar devagar, pois os exercícios de alta intensidade podem apresentar riscos cardiovasculares quando realizados sem preparação adequada e orientação. Veja quais são eles:
“É crucial que os indivíduos sedentários comecem com atividades de baixo impacto e, idealmente, busquem aconselhamento de profissionais de saúde ou treinadores físicos antes de se envolverem em atividades mais intensas”, conclui.
A avaliação médica e a orientação profissional são essenciais para determinar quais atividades são seguras e apropriadas para cada indivíduo. Se você pretende abandonar o sedentarismo, conte com os cardiologistas da Rede D’Or para iniciar sua prática de atividades física de forma segura. Agende sua consulta.