Parkinson e Tremor essencial: qual a diferença?

O tremor essencial é um tipo de tremor que surge durante o movimento e pode acontecer em diferentes partes do corpo. Normalmente, está mais presente nas mãos, na cabeça e na voz.

O diagnóstico, segundo Wanderley Cerqueira, neurocirurgião e neurologista do Hospital Albert Einstein e da Rede D’Or e diretor da consultoria WCL Neurocirurgia, costuma ser clínico. “São tremores que têm duração de mais de três anos, tem que observar o histórico familiar para outras doenças neurológicas, se há fatores que melhoram ou pioram a condição, se a pessoa usa drogas ou medicamentos e a localização desses tremores”, explica.

Existem doenças neurológicas, como Parkinson, que têm tremores como um dos principais sintomas. A diferença entre o Parkinson e os tremores essenciais, no entanto, é que a doença causa outros sintomas além dos tremores, como dificuldade de caminhar. Entre pessoas com Parkinson, normalmente os tremores se concentram em apenas um lado do corpo, enquanto nos tremores essenciais, o sintoma costuma ser bilateral.

Outra diferença pontuada por Cerqueira é que, em casos de Parkinson, os tremores surgem quando o paciente está em repouso. Se a pessoa sente o membro tremer apenas quando se movimenta, não necessariamente é sinal da doença neurológica.

Além do Parkinson, existem outros problemas que têm tremores pelo corpo como um dos sintomas, como esclerose múltipla e hipertireoidismo.

Os principais pontos de atenção para os tremores essenciais são os seguintes: As causas dos tremores que não têm causas patológicas podem ser diversas, segundo o neurocirurgião Cerqueira, como uso de drogas, de álcool, de nicotina, cafeína em excesso, antidepressivos em excesso, antipsicóticos ou alguns medicamentos para asma e arritmia.

Quando a causa é externa e for localizada pelo profissional de saúde, reduzir o consumo da substância que gera os tremores pode ser um dos tratamento eficazes. Mas, em alguns casos, é preciso uso de medicamentos específicos para tratar os tremores.

Outros tratamentos podem incluir aplicação de botox terapêutico -chamado de tipo A, que é diferente do botox estético, ressalta o neurocirurgião.

Caso nenhum outro tratamento funcione e o quadro seja grave, é possível amenizar o problema por meio de cirurgias, como a técnica da radiocirurgia, por exemplo.