Lockdown em português significa fechamento, confinamento. É caracterizado pelo bloqueio total das entradas de determinada região. A medida pode ser adotada em âmbito municipal, estadual ou nacional.
Os acessos são bloqueados por trabalhadores de segurança, evitando a entrada e a saída de pessoas no referido perímetro.
A circulação de pessoas na cidade também fica restrita. Apenas profissionais dos serviços considerados essenciais, principalmente relacionados aos setores de saúde e alimentação, podem circular.
A estratégia de lockdown é uma atitude extrema, já adotada em algumas cidades no Brasil e no mundo durante a pandemia de COVID-19. Só ocorre quando se atinge estado de emergência de saúde pública e o confinamento é a única alternativa disponível para diminuir a circulação e transmissão do vírus.
Para ajudar você a entender o lockdown, esclarecemos seus pontos principais.
Não há prazo comum a todas as regiões. Cada cidade, estado ou país decide o período do bloqueio e sua extensão territorial de acordo com análises técnicas, baseadas em dados epidemiológicos.
A primeira cidade a adotar o lockdown foi Wuhan, na China, onde se iniciou a pandemia: foram 11 semanas de confinamento em casa.
Serviços considerados essenciais permanecem à disposição da população: hospitais, farmácias, supermercados e atividades ligadas à segurança (pública e privada).
Bancos e lotéricas funcionam (em horários diferenciados) para pagamento da renda básica emergencial, salários e benefícios sociais.
O transporte público tem frequência reduzida.
De maneira individualizada, os governantes podem flexibilizar determinadas atividades ou as autorizarem com restrições nos horários de funcionamento, como serviços de call center e aluguel de carro e táxi, de acordo com cada demanda local e específica.
Quem trabalha em setores essenciais (além dos citados acima, áreas correlatas como indústria, portos, transporte para abastecimento de alimentos e produtos de limpeza, ambulâncias, entre outros) deve circular com uma identificação apropriada, emitida pelo empregador.
Às demais pessoas, podem ser exigidas declarações, autorizações prévias, ou até marcação de horário para circulação nas ruas, de acordo com o que for estabelecido pelas autoridades públicas locais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que governos estaduais e municipais têm autonomia para estipular medidas do combate à pandemia do novo coronavírus.
Pessoas e estabelecimentos ficam passíveis a punições, dede multas, até ordens de prisão. Os valores variam de acordo com decisões das autoridades locais.
Sim. Norte e Nordeste do país foram as primeiras regiões a adotar o lockdown. Maranhão, Pará e Ceará, entre outros, já anunciaram fechamentos de capitais e de algumas cidades. No Sudeste, a restrição começou a entrar em vigor por Niterói e São Gonçalo (RJ). O lockdown no Centro-Oeste já atingiu o Distrito Federal, regiões de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A alta no número de casos também levou o Sul do país a restringir a circulação da população, como ocorreu no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com menos ou mais rigor, o bloqueio tem sido adotado em diversos locais com o intuito de frear a disseminação da COVID-19.
Sim. O objetivo é diminuir a transmissão do vírus, o que está diretamente relacionada à circulação de pessoas.
Com a diminuição da circulação do vírus, menos indivíduos adoecem simultaneamente, aumentando as chances de o sistema de saúde não entrar em colapso por excesso de demanda.
Itália, Espanha, França e Estados Unidos, entre outros, já adotaram o lockdown, em maior ou menor grau, de acordo com as realidades e as demandas específicas de cada país e suas cidades.
Até o momento, para conter a pandemia, os métodos mais eficazes são o isolamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos, além da vacinação, que tem ocorrido em etapas, obedecendo a ordem dos grupos prioritários, conforme definido elas autoridades
Todas essas são medidas aplicadas para evitar a circulação e a aglomeração de pessoas, e, consequentemente, conter a pandemia.
O lockdown é adotado em situações mais severas. Por lei ou decisão judicial, decreta-se a paralisação de muitas atividades e do deslocamento da população. Ficar em casa deixa de ser uma recomendação e passa a ser obrigação. Representa o nível mais alto de alerta sanitário.
Quarentena é uma restrição de atividades com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas, mas de forma mais branda. Depende da atitude voluntária, ou seja, funciona como uma recomendação, não sendo mandatória como o lockdown. Seu nome vem de uma prática da Idade Média, quando se mantinha nos portos por 40 dias navios vindos de determinadas áreas do mundo.
O isolamento domiciliar, por sua vez, tem caráter de recomendação médica. Pessoas que têm diagnóstico de COVID-19 e apresentem quadros leves, mesmo que não tenham sintomas, devem permanecer em casa por 10 dias. Esse prazo pode ser estendido, dependendo de resultados de exames complementares e de avaliação clínica. Isolamento dos contatos domiciliares também é uma medida recomendada. Dessa forma, evita-se a propagação da doença.