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Muitos pacientes referem perceber quando sua pressão se encontra elevada. É comum pacientes afirmarem que sabem que estão com a pressão alta quando sentem, por exemplo, cefaléia (dor de cabeça). Ao contrário do que muitos imaginam, a hipertensão arterial é uma condição muitas vezes silenciosa. Apenas níveis muito elevados de pressão arterial podem gerar sintomas agudos.
Na maioria das vezes, o que acontece é uma elevação secundária da pressão arterial em consequência a um sintoma. Trata-se de uma reposta natural do corpo, que pode acontecer, por exemplo, em casos de um mal-estar inespecífico ou dores em qualquer parte do corpo.
A Hipertensão Arterial Sistêmica ocorre quando a pressão do sangue nas artérias, causada pela tensão nas suas paredes e pela força de contração do coração, se apresenta de forma exagerada.
No momento em que sentimos alguma dor ou outros sintomas, provavelmente teremos um aumento da pressão arterial. Caso isto aconteça, faz-se necessário uma reavaliação da pressão após o controle dos sintomas. Somente dessa forma pode-se definir se estamos diante da doença hipertensiva, que foi exacerbada por um sintoma, ou se apenas trata-se de uma pseudocrise hipertensiva.
Ao longo dos anos, quando não tratada, a hipertensão pode gerar consequências negativas em muitos órgãos. São exemplos desses danos: derrame cerebral (AVC ou AVE), insuficiência renal, infarto agudo do miocárdio, hipertrofia do coração. Nesta fase, o paciente pode apresentar sintomas relacionados a essas doenças, que são consequências da hipertensão e de outros fatores de risco cardiovasculares.
A avaliação médica regular, com medida adequada da pressão arterial, é a única forma de realizar o diagnóstico desta doença. Esta avaliação pode ser feita em consultório, através de uma medida da pressão arterial com aparelhos conhecidos como esfingmomanômetros. São considerados hipertensos aqueles indivíduos com pressão arterial maior ou igual a 140x90mmHg e pré-hipertensos aqueles com pressão entre 130x85mmHg e 139x89mmHg. Este último grupo deve ficar muito atento às medidas preventivas.
A hipertensão é o principal fator de risco modificável para as doenças cardiovasculares. O tratamento precoce desta doença previne suas complicações e não deve ser retardado. A avaliação por um cardiologista é fundamental. O tratamento envolve uma ampla variedade de medicamentos, sempre acompanhado de mudanças de hábitos de vida, essenciais para todos os níveis de hipertensão arterial. Na dúvida sobre a relação de algum sintoma apresentado e a doença hipertensiva, consulte sempre seu médico.
Dr. Bruno Gallindo
Coordenador da Cardiologia do Hospital São Caetano do Sul – (SP) – Rede D’Or São Luiz