As válvulas cardíacas precisam estar em bom funcionamento para garantir que o sangue flua na direção correta. Conheça as doenças das válvulas cardíacas: seus sintomas, causas e tratamentos.
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As válvulas cardíacas são estruturas que atuam juntas, de forma regular para garantir o direcionamento adequado do fluxo sanguíneo dentro do coração. Quando a função de uma ou das quatro válvulas é comprometida, o sangue segue um caminho inadequado, resultando na deterioração da capacidade cardíaca e, frequentemente, no surgimento de sintomas que afetam a longevidade e a qualidade de vida.
As válvulas cardíacas podem apresentar anomalias que se manifestam de modo diferentes. A conscientização sobre essas condições é essencial para um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
Neste artigo, abordaremos os principais aspectos das doenças das válvulas cardíacas, incluindo sintomas, causas e opções de tratamento.
O coração humano possui quatro válvulas vitais: mitral, aórtica, tricúspide e pulmonar. Essas válvulas desempenham um papel fundamental na regulação do fluxo sanguíneo, garantindo que o sangue flua na direção correta, do átrio para o ventrículo e do ventrículo para as artérias.
Quando essas válvulas não funcionam adequadamente, podem ocorrer diversas complicações, incluindo principalmente refluxo sanguíneo (regurgitação) e ou estenose (estreitamento).
De acordo com o Dr. Vinícius Esteves, cardiologista intervencionista da Rede DOR São Luiz, existem múltiplas causas que podem ocasionar problemas às válvulas cardíacas. As mais comuns são: (H3)
Os sintomas da doença valvar podem variar dependendo do tipo e da gravidade da condição. Em alguns casos ainda, podem ser assintomáticas por muitos anos.
Nem todas as pessoas com doenças das válvulas cardíacas experimentarão esses sintomas, mas, de acordo com o Dr. Esteves, geralmente os pacientes acometidos com essas condições podem apresentar:
O diagnóstico das doenças das válvulas cardíacas é um processo importante para avaliar a saúde do coração e determinar a natureza e a gravidade do problema valvar.
“O diagnóstico geralmente é feito com uma boa história clínica e exame físico realizados pelo médico. Exames complementares, principalmente a ecocardiografia, são fundamentais para melhor compreensão da patologia”, explica Dr. Vinícius Esteves.
Com base nos resultados dos exames, o médico pode determinar se o paciente tem uma doença das válvulas cardíacas, qual a válvula afetada, a gravidade do problema e as melhores opções de tratamento.
O tratamento para as doenças das válvulas cardíacas depende da situação individual de cada paciente. A escolha do tratamento levará em consideração a idade, a saúde geral e a gravidade da doença valvar.
Segundo o Dr. Esteves, geralmente a doença valvar progride ao longo do tempo. Ele ressalta que em suas fases iniciais, a abordagem recomendada é o acompanhamento clínico no consultório do cardiologista. Entretanto, à medida que a doença avança, se torna necessária uma intervenção médica.
“Por se tratar de um problema mecânico, não há mais resposta ao tratamento medicamentoso e uma intervenção pode/deve ser indicada”, ressalta.
O médico explica que por muitos anos, a cirurgia cardíaca convencional, que envolve a “abertura do peito” (esternotomia), foi a única opção terapêutica invasiva disponível. Ela continua sendo uma abordagem eficaz e consiste no reparo ou na troca da valva. No entanto, recentemente, surgiram técnicas menos invasivas que não requerem a abertura do peito ou o uso de circulação extracorpórea. São técnicas que permitem o reparo ou a substituição das valvas através do cateterismo.
Atualmente, a técnica mais utilizada, aprovada pela Anvisa e regulamentada pela ANS se chama TAVI, que é o Implante Transcutâneo (por cateterismo) da Valva Aórtica. Esse procedimento é indicado quando há uma estenose da valva aórtica e é mais utilizado em pacientes idosos, cujo risco de uma cirurgia cardíaca convencional seja alto.
“Essas técnicas vêm sendo aplicadas com a mesma eficácia e segurança que a cirurgia em pacientes selecionados. O crucial é que as decisões sejam tomadas em um ambiente composto por equipe multidisciplinar (cardiologista clínico, cardiologista intervencionista, cirurgião, anestesista, enfermagem) e individualizando o tratamento caso a caso considerando a anatomia do paciente e obviamente a vontade do mesmo”, destaca.
É fundamental realizar o check-up cardiológico periodicamente e procurar atendimento médico se houver suspeita de doença valvar. O diagnóstico precoce pode levar a um tratamento mais eficaz e melhores resultados a longo prazo.
Agende uma consulta com um cardiologista da Rede D’Or mais próxima de você.
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