Celebrado em 14 de agosto, o Dia do Cardiologista lembra a importância da visita periódica a esse profissional, responsável pelo diagnóstico de doenças cardíacas
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O momento ideal para uma primeira consulta com um cardiologista pode variar de acordo com diversos fatores individuais, tais como, histórico médico pessoal, presença de fatores de risco, idade e sintomas apresentados pelo paciente.
O Cardiômetro, sistema desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para monitorar o número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, evidencia que essas condições são a causa mais comum de morte no nosso país. As doenças cardíacas são responsáveis pelo dobro de óbitos em comparação a todos os tipos de cânceres juntos e por 2,3 vezes mais mortes que por causas externas (acidentes e violência).
Neste Dia do Cardiologista, comemorado em 14 de agosto, ressaltamos a importância de visitar periodicamente esse profissional, responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças e disfunções do sistema cardiovascular.
Neste artigo, abordaremos o momento ideal para agendar um atendimento com um cardiologista e as perguntas importantes a serem feitas durante a primeira consulta, garantindo uma abordagem completa e personalizada para a saúde do coração. Confira!
Coordenador e responsável pela Cardiologia dos Hospitais da Rede D’Or na Regional de São Paulo, Dr. Andre Feldman explica que, de acordo com as diretrizes de saúde, é recomendado que adultos saudáveis realizem avaliações de saúde regulares a partir dos 20 anos, mas quando há algum fator de risco associado, a consulta com um cardiologista pode ser recomendada mais precocemente.
Essas avaliações incluem exames de rotina e verificações da pressão arterial para monitorar a saúde cardiovascular e identificar precocemente possíveis problemas ou fatores de risco para doenças cardíacas.
O médico destaca alguns fatores de risco conhecidos para doenças cardíacas que são levados em consideração para a recomendação de uma visita a um cardiologista aos 18 anos ou antes:
– Histórico familiar;
– Hipertensão arterial (pressão alta);
– Colesterol elevado (dislipidemia);
– Diabetes mellitus (açúcar alto no sangue);
– Tabagismo;
– Obesidade;
– Sedentarismo.
Dr. Feldman alerta ainda que é essencial a população ter conhecimento de quais são os fatores de risco para as doenças cardiovasculares. “Desta forma é necessário o paciente se questionar e investigar, através de uma visita médica, se ele possui uma dessas condições para que possa controlá-la de forma preventiva”, aconselha.
Além disso, os pacientes devem conhecer os sintomas que se relacionam com as principais doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. “Conhecer os sintomas pode alertar o paciente a procurar ajuda de forma precoce, o que pode ser crucial em seu tratamento e prognóstico”, relata.
Os principais sintomas relacionados ao infarto e derrame são:
– Dor no peito;
– Falta de ar;
– Palpitações;
– Desmaios ou tonturas frequentes.
É essencial buscar atendimento médico imediato e agendar uma consulta com um cardiologista o mais rápido possível se você experimentar esses sintomas.
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“Muitos pacientes procuram médicos cardiologistas mesmo assintomáticos com o intuito de fazer check-up cardiovascular, o que é muito valoroso, uma vez que uma prevenção bem feita pode diminuir o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas ou mesmo evitar a manifestação delas em sua forma mais grave”, destaca o especialista.
Na primeira consulta com o cardiologista, é importante que o paciente esteja preparado para fornecer informações relevantes sobre sua saúde e histórico médico. Durante a consulta, o cardiologista realizará uma avaliação detalhada, ouvindo atentamente os sintomas relatados, investigando histórico familiar de doenças cardíacas e indagando sobre fatores de risco relevantes.
O médico explica que, a depender da queixa, tratamentos específicos podem ser indicados. “Cada paciente é único, portanto, é importante adaptar a orientação de acordo com as necessidades e condições específicas do paciente em questão”.
O médico afirma que queixas de palpitações, falta de ar e dor no peito são extremamente frequentes no dia a dia do cardiologista. “Tais sintomas justificam a preocupação, pois realmente podem estar atrelados a doenças com potencial risco”, enfatiza.
Com base nas informações fornecidas pelo paciente, o médico poderá solicitar exames adicionais, como eletrocardiograma (ECG), teste ergométrico, ecocardiograma, entre outros, para complementar a avaliação do estado cardíaco do paciente.
De acordo com Dr. Feldman, algumas questões são essenciais e, mesmo que o paciente não pergunte, o médico vai questioná-lo. São elas:
– Como posso melhorar minha dieta?
– Qual é a importância da atividade física e como devo praticá-la?
– Como posso controlar minha pressão arterial e colesterol?
– Quais são os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos para o coração?
– Quais são os exames cardíacos necessários?
– O que devo fazer em caso de emergência cardíaca?
– Quais são as recomendações para que eu melhore minha saúde cardiovascular?
– Existe alguma mudança em minha rotina que eu devo implementar de imediato?
Dr. Feldman destaca que a periodicidade das consultas ao cardiologista também pode variar de acordo com alguns fatores de risco como idade, histórico médico pessoal, fatores de risco para doenças cardíacas, presença de condições cardíacas pré-existentes e tratamento vigente.
Ele aponta quatro situações em que o paciente deve ter um acompanhamento personalizado junto ao profissional que cuida da saúde do coração:
“Para adultos saudáveis sem fatores de risco conhecidos para doenças cardíacas, é recomendado realizar consultas de rotina a cada 1 a 2 anos a partir dos 20 anos”, explica o médico.
“Se você tem fatores de risco conhecidos como hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, histórico familiar de problemas cardíacos, tabagismo, obesidade ou sedentarismo, as consultas ao cardiologista podem ser mais frequentes, dependendo da gravidade e descontrole dos fatores de risco”, destaca.
De acordo com o médico, em pacientes com descontrole dos fatores de risco ou condições cardíacas, consultas mais frequentes podem ser necessárias, geralmente a cada 1 a 3 meses. Já para pacientes nos quais os fatores de risco estão controlados ou que apresentam uma condição cardíaca estável, consultas a cada 6 meses ou até mesmo anuais podem ser suficientes.
O médico aponta que pacientes com diagnóstico de alguma condição cardíaca, como insuficiência cardíaca, arritmias, angina ou doença arterial coronariana que está em tratamento contínuo, precisam de visitas regulares ao cardiologista que variam entre 1 a 9 meses a depender da necessidade de ajuste de medicação e estabilidade do quadro.
Ele explica que se o paciente passou por algum procedimento cardíaco ou cirurgia, o cardiologista provavelmente agendará consultas de acompanhamento inicialmente mais frequentes, com intervalos mensais para verificar como o paciente está se recuperando e garantir que o tratamento tenha sido eficaz.
“Essas são apenas orientações gerais, e a melhor periodicidade para consultas ao cardiologista será determinada pelo seu médico com base em suas necessidades de saúde específicas”, enfatiza.
Manter uma rotina de acompanhamento médico regular é fundamental para a prevenção, detecção precoce e tratamento adequado de condições e problemas cardíacos. Dr. Feldman elencou 8 recomendações complementares:
O acompanhamento médico regular e a prevenção são fundamentais para a manutenção da saúde do coração. É sempre importante estar atento aos sinais de alerta e não hesitar em procurar um cardiologista se houver alguma preocupação com a saúde cardiovascular. Agende sua consulta com um de nossos cardiologistas.
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