Os biomarcadores cardíacos são substâncias dosadas no sangue que possuem um papel vital na detecção precoce e prevenção de doenças, possibilitando intervenções precoces
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Com os constantes avanços da medicina, novas alternativas tem sido desenvolvidas para facilitar o diagnóstico de doenças. Na área da cardiologia, por exemplo, os biomarcadores cardíacos surgiram como ferramentas fundamentais, permitindo a detecção precoce de patologias cardíacas, muitas vezes logo no início do problema.
Os biomarcadores desempenham uma função essencial na prevenção e diagnóstico precoce de doenças cardíacas, pois permitem a identificação de alterações, possibilitando intervenções antes que os problemas cardíacos se agravem.
“Biomarcadores cardíacos são substâncias ou moléculas que podem fornecer informações importantes sobre a saúde do coração. Eles são liberados na corrente sanguínea em resposta a danos ou alterações no músculo cardíaco ou vasos e podem ser medidos por meio de exames de sangue”, explica a Dra. Nara Kobbaz, que atua na UTI Cardiológica do Hospital do Coração do Brasil da Rede D’Or em Brasília.
Neste texto vamos explicar a importância, como são utilizados e as condições que podem ser identificadas através dos biomarcadores cardíacos. Continue lendo e entenda a relevância dessa ferramenta na medicina moderna e seu papel na promoção da saúde cardiovascular.
Os biomarcadores cardíacos são substâncias presentes no sangue que, quando alteradas, indicam anormalidades no funcionamento do coração. Esses indicadores fornecem informações valiosas sobre condições cardíacas, sendo essenciais para um diagnóstico preciso de doenças cardiovasculares, possibilitando intervenções precoces e individualizadas.
Para que servem os biomarcadores cardíacos?
Além do diagnóstico, os biomarcadores contribuem para estratégias preventivas, possibilitando a identificação de fatores de risco e a implementação de medidas preventivas fortalecendo a promoção da saúde cardiovascular em níveis individuais e populacionais.
Diversas condições, como infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e angina, podem ser identificadas por meio da análise de biomarcadores cardíacos. Essa detecção precoce possibilita um tratamento mais eficaz e melhores resultados clínicos.
Dra. Nara Kobbaz destaca que os biomarcadores cardíacos servem para ajudar os médicos a identificar com mais precisão indivíduos de alto risco, diagnosticar, avaliar e monitorar algumas doenças cardiovasculares.
“Eles são usados para identificar problemas no coração, mesmo quando não há sintomas ou esses ainda não são muito evidentes, e também para avaliar a gravidade de condições cardíacas, como ataques cardíacos e insuficiência cardíaca”, aponta Dra. Nara, que também é cardiologista assistente da equipe de insuficiência cardíaca e transplante do Hospital do Coração do Brasil D’Or.
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De acordo com a especialista, o uso de biomarcadores cardíacos pode ser indicado em várias situações, incluindo:
– Avaliação de dor no peito para determinar se é causada por uma alteração cardíaca;
– Diagnóstico de doenças cardíacas, como angina, insuficiência cardíaca e miocardite;
– Avaliação do risco cardiovascular em pessoas com fatores de risco, como hipertensão e diabetes;
– Monitoramento de pacientes com doenças cardíacas para verificar a eficácia do tratamento.
“Devido ao grande avanço na área da nanotecnologia associados à biologia e à genética, muitos estudos recentes têm identificado biomarcadores cada vez mais específicos para diagnósticos e prognósticos de diversas patologias. Biomarcadores específicos, que antes eram utilizados para avaliar resposta ao tratamento oncológico, atualmente já tem seu papel identificado também em doenças cardiovasculares”, afirma a médica.
Dra. Nara destaca que embora existam vários biomarcadores, muitos deles ainda não estão altamente disponíveis na prática clínica cardiológica.
“Muito sensível e específica para detectar danos nas células do músculo cardíaco, sendo o biomarcador de escolha para o infarto agudo do miocárdio”, descreve.
“Hormônio produzido pelas células do músculo cardíaco em reposta ao aumento da tensão na parede do ventrículo. Ele é frequentemente usado para avaliar quando o músculo cardíaco está sobrecarregado em casos de insuficiência cardíaca”, aponta.
“Um aminoácido intermediário relacionado ao risco cardiovascular. É um marcador independente do risco de aterosclerose”, destaca.
“Embora não seja exclusivamente um biomarcador cardíaco, níveis elevados de PCR podem indicar inflamação no sistema cardiovascular”, afirma.
“A escolha do biomarcador a ser usado dependerá da situação clínica e dos sintomas do paciente, para ajudar no diagnóstico e tratamento adequados, bem como auxiliar na identificação de risco cardiovascular direcionando a importância do controle de fatores de risco para prevenção primária”, complementa a médica.
Por esse motivo, é muito importante saber qual médico procurar em cada caso, justamente para que o direcionamento correto seja realizado de acordo com a necessidade individual de cada paciente.
Agende sua consulta com um especialista D’Or.
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