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Com as inscrições deste ano recém-abertas, o Programa de Residência Médica do IDOR/ Rede D’Or (RDSL) abre portas para médicos graduados em busca de especialização e imersão prática em diversos ramos da área. Oferecendo residências em mais de 10 campos, o programa permite aos residentes tanto o treinamento em serviço como a inserção em projetos de pesquisa clínica relacionados à sua área de atuação.
Além de acrescentar aos profissionais uma visão investigativa, advinda do contato com pesquisa, o programa de residência é realizado em diversos hospitais da RDSL no Rio de Janeiro, oferecendo aos médicos toda a tecnologia de ponta presente na infraestrutura da empresa. A união desses recursos oferece aos médicos um preparo diferencial, focado na excelência prática e na imersão no mercado de trabalho.
Com tradição condizente à liderança da Rede D’Or na área de saúde, o programa completou, no ano passado, 10 anos de existência. Uma conquista que foi fruto de muito empenho, investimento e dedicação dos médicos e colaboradores da RDSL.
Fazendo História
Hoje, são 13 especialidades que compõem o programa de residência: Cardiologia, Clínica Médica, Medicina Intensiva, Pediatria, Radiologia, Medicina de Emergência, Ortopedia e Traumatologia, Oncologia Clínica, Hematologia e Hemoterapia, Urologia, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Básica e Cirurgia Torácica. Quem olha para essa variedade não imagina que o Programa de Residência Médica começou com apenas 3 áreas de atuação, todas realizadas no Hospital Barra D’Or, primeiro hospital da RDSL.
Em 2008, três médicos especialistas abriram suas respectivas residências: Dra. Glória Martins, em Medicina Intensiva, Dr. Antônio Eiras, em Radiologia e Dr. João Petriz, em Cardiologia. De lá para cá, o programa se expandiu para mais 3 hospitais e acrescentou 10 especialidades ao currículo, estando previstas mais duas para os próximos anos nas áreas de Patologia e Otorrinolaringologia. Atualmente, o processo seletivo recebe mais de 300 inscrições por ano, muitas delas advindas de plantonistas da RDSL e ex-acadêmicos do Programa de Estágio do IDOR/RDSL. Os concluintes da residência também mostram interesse em permanecer na Rede: em 2017 quase todos os residentes de Medicina Intensiva e Cardiologia foram absorvidos como colaboradores RDSL. Nas áreas de Clínica Médica, Radiologia e Pediatria não foi muito diferente, com grande parte dos concluintes sendo efetivados em suas respectivas áreas.
No momento em que o programa segue em ampla expansão, buscamos entender melhor o início de tudo, os motivos que estruturaram a iniciativa e o impacto que a residência apresenta na vida profissional dos médicos concluintes. Para isso, entrevistamos os idealizadores das três primeiras residências, buscando seus relatos acerca do que os motivaram a implementar os seus programas, as diferenças entre as residências em hospitais privados ou públicos e os resultados que observam nos concluintes da residência do IDOR/RDSL. Confira a conversa:
Dra. Glória Martins, primeira coordenadora da Residência em Medicina Intensiva:
“Quando entrei na residência médica de terapia intensiva da UFRJ, em 1994, ela e a da UERJ eram as únicas residências do Rio de Janeiro. Tive a oportunidade de aprender com pessoas especializadas e professores titulados, que fazem toda a diferença nos ensinamentos tanto à beira do leito, quanto no estímulo à pesquisa na especialidade. Porém, a realidade do hospital público é que ele esbarra na limitação de procedimentos e equipamentos necessários para o aprendizado do especialista.
Já titulada e com experiência na área, iniciei minha carreira profissional no Hospital Barra D’Or em 1998, o ano de sua inauguração. Lá, pude compartilhar meus conhecimentos com muitos médicos plantonistas que não eram especialistas em terapia intensiva e gostariam de se aprofundar na especialidade para evoluir em sua carreira. Foi aí que criamos o Programa de Residência Médica, que foi credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) com reconhecimento nacional do Hospital, que na época foi pioneiro na especialidade.
Com isso, pudemos agregar outras especialidades dentro do hospital e habilitar os profissionais para o mercado de trabalho, tendo como base um hospital privado de excelência, com todos os equipamentos e processos adequados, além de médicos capacitados que têm espírito de ensino e pesquisa”
Dr. Antônio Eiras, coordenador da Residência em Radiologia:
“ Eu considero a residência uma formação de pós-graduação fundamental. Porque a realidade é que a graduação forma médicos de uma forma geral, enquanto as especialidades exigem conhecimentos particulares para que o médico esteja bem informado e possa atuar na área. Na área de Radiologia, por exemplo, a pós-graduação é ainda mais fundamental, porque a carga horária dedicada ao conhecimento radiológico na formação de um médico generalista é muito pequena. Efetivamente, você acaba aprendendo sobre diagnóstico por imagem nos cursos de pós-graduação, como na residência médica.
A Radiologia foi uma das três primeiras especialidades abertas no Programa de Residência na RDSL. A razão para isso está no próprio DNA da Rede D’Or, que se originou dos serviços de imagem e laboratório prestados então pela Labs/ CardioLab, que tinha grande representatividade dentro do nosso estado e formou uma série de radiologistas especializados. Hoje, a Radiologia é uma área ainda mais essencial nos serviços médico-hospitalares. Várias decisões dependem e são tomadas a partir da imagem: diagnósticos, condutas, contraindicação de cirurgias, liberação ou internação de pacientes, entre outras, são decisões baseadas em boa parte por tomografias computadorizadas, ultrassonografias e ressonância magnética. É daí que vem a importância de médicos especializados e do contato com as tecnologias mais avançadas na área.”
Dr. João Petriz, coordenador da Residência em Cardiologia:
“Quando iniciamos o Programa de Residência Médica em Cardiologia tínhamos 10 anos de Rede D’Or. Identificamos, na época, que era um momento maduro, em uma instituição consolidada no mercado como excelência em medicina de assistência. A Cardiologia era uma das especialidades com uma equipe muito estruturada para essa formação de especialistas. Hoje em dia, temos ex-residentes que se consagram como doutores em cardiologia, ou então são muito bem colocados nos primeiros lugares de concursos públicos e no mercado de trabalho privado, sem falar que também estimulamos e oferecemos muitas oportunidades para que nossos concluintes continuem dentro da própria Rede D’Or, que por ser uma empresa que está sempre em crescimento, tem a necessidade de recrutar mais e mais profissionais especializados.
Me orgulho muito do desbravamento que foi o processo, me lembro como se fosse hoje da primeira reunião no MEC, do enfrentamento que foi abrir uma nova proposta de residência médica em Cardiologia, em um hospital privado de alta complexidade. Fomos verdadeiros pioneiros! E continuamos: no momento, junto à Sociedade Brasileira de Cardiologia, estamos compondo uma comissão nacional de residência médica em cardiologia, tentando implementar, junto ao MEC, mais um ano na formação, ampliando o treinamento para atingir a capacitação que é atualmente exigida pela matriz de competência da especialidade.”
Esse ano, o programa oferece 38 vagas distribuídas pelos hospitais Barra D’Or, Copa D’Or, Quinta D’Or, Rios D’Or, Norte D’Or e Caxias D’Or.
As inscrições vão até o dia 30 de outubro de 2019. Confira o edital, clicando aqui.