A história da cardiologia

A cardiologia, ramo da medicina que se dedica ao estudo, diagnóstico e tratamento das doenças do coração e do sistema circulatório, possui uma história rica e fascinante. Desde as primeiras observações sobre o funcionamento do coração até os avanços tecnológicos da era moderna, essa especialidade tem evoluído significativamente, salvando milhões de vidas e melhorando a qualidade de vida de inúmeras pessoas ao redor do mundo.

A cardiologia surgiu como uma disciplina construída sobre séculos de observação, estudo e inovação. Sempre impulsionada pela necessidade de entender e tratar um dos órgãos mais vitais do corpo humano, a cardiologia tornou-se essencial para a saúde pública, especialmente em um cenário em que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte global.

O papel do cardiologista é, portanto, de extrema importância para o bem-estar das pessoas, pois esses profissionais são especializados no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares. No Brasil, o Dia do Cardiologista, celebrado em 14 de agosto, é uma data que homenageia esses profissionais dedicados ao cuidado do coração e do sistema cardiovascular.

Continue lendo e entenda mais sobre a história da cardiologia, a importância do cardiologista e o papel desse profissional para a promoção da saúde cardiovascular de forma geral.

Os primeiros registros sobre estudos do coração remontam às civilizações antigas. Os egípcios, por exemplo, acreditavam que o coração era o centro da inteligência e das emoções. No entanto, foi apenas no século XVII que o médico inglês William Harvey revolucionou a medicina ao descrever pela primeira vez, de forma precisa, a circulação sanguínea, estabelecendo as bases da cardiologia moderna.

Já no século XIX, a invenção do estetoscópio, por René Laennec, permitiu diagnósticos mais precisos das doenças cardíacas, marcando um grande avanço na especialidade. O século XX trouxe ainda mais inovações com o desenvolvimento de novas tecnologias e tratamentos. A criação do eletrocardiograma (ECG) por Willem Einthoven, que possibilitou o monitoramento da atividade elétrica do coração, e as primeiras cirurgias cardíacas, nos anos 1950 e 1960, revolucionaram o tratamento das doenças cardiovasculares.

Escolher a cardiologia como carreira é uma decisão motivada por diversos fatores que atraem médicos a essa especialidade desafiadora e gratificante. Um dos primeiros cardiologistas da Rede D’Or e membro do Board Executivo da Cardiologia da Rede, Dr. Denilson Albuquerque explica que escolheu a cardiologia por ser uma especialidade fascinante e tecnologicamente avançada.

“A primeira causa de mortalidade no Brasil é a doença cardiovascular, e isso tem um impacto muito grande no momento em que o médico se destina a ter uma profissão de minorar o sofrimento dos seus pacientes quando ele não pode curar”, descreve o cardiologista, que também é professor da Pós-Graduação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e presidente do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino do Rio de Janeiro.

A atuação do cardiologista vai além do tratamento, envolvendo também a prevenção de doenças, o que pode reduzir significativamente os índices de mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico precoce e a intervenção oportuna são fundamentais para salvar vidas e evitar complicações graves.

A cardiologia exige um alto nível de conhecimento e habilidades diagnósticas. Os cardiologistas enfrentam casos complexos, que muitas vezes envolvem várias comorbidades e requerem raciocínio clínico avançado. Para médicos que gostam de resolver problemas difíceis e tomar decisões críticas, a cardiologia oferece desafios intelectuais constantes.

Dr. Denilson Albuquerque aconselha os recém-formados a buscarem constante aprimoramento científico e tecnológico. “Em primeiro lugar aconselho que façam um aprimoramento científico e tecnológico através de cursos, após a graduação, tentar fazer uma residência. Se não conseguir fazer uma residência, buscar fazer um estágio amplo, um estágio mais sólido, mais consistente, uma pós-graduação”, orienta o especialista, que é também professor titular de Cardiologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Para aqueles interessados em uma carreira acadêmica, Dr. Denilson Albuquerque recomenda a busca por um mestrado e doutorado, visando um aperfeiçoamento contínuo. “O mais importante é buscarmos sempre nos manter atualizados, sempre procurar participar de congressos e eventos, porque é isso que traz, junto com a prática médica do dia a dia, a diferença do profissional da nossa área”, destaca.

A vida de um cardiologista é intensa e desafiadora. O trabalho envolve longas horas de atendimento, tanto em consultórios quanto em emergências, além da necessidade constante de atualização profissional. Os cardiologistas precisam estar sempre prontos para lidar com situações críticas, como infartos e outras emergências cardíacas, o que exige um alto nível de comprometimento e resiliência.

Entre os momentos marcantes de sua carreira, Dr. Denilson Albuquerque destaca quando se tornou professor titular da Uerj e quando foi eleito membro honorário da Academia Nacional de Medicina. Ele também menciona a consolidação da cardiologia na Rede D’Or como um marco significativo.

“A cardiologia no nosso grupo é uma especialidade consistente, bem estruturada, bem organizada, formadora de opinião, e ao mesmo tempo muito inclusiva. Ela procura trazer o jovem para perto e busca trabalhar no aprimoramento científico desses jovens”, ressalta.

A cardiologia é uma das especialidades mais dinâmicas e essenciais da medicina. Com uma história rica e repleta de avanços, ela continua a evoluir e a oferecer novas oportunidades para médicos e pacientes.

Escolher a cardiologia é entrar em um campo que exige dedicação, paixão e um compromisso contínuo com a aprendizagem. Para aqueles que desejam salvar vidas e enfrentar desafios complexos, a cardiologia pode ser uma escolha profundamente gratificante.

Feliz Dia do Cardiologista para toda a equipe da Cardiologia D’Or!