Publicado em:
É decorrente da obstrução do fluxo de sangue nas artérias coronárias. Essas artérias são as responsáveis por levar o sangue para o próprio músculo cardíaco. Dessa forma, a falta de chegada de sangue para o músculo acarreta a morte dessas células, isto é, o infarto.
Trata-se de uma emergência cardiológica, onde o diagnóstico deve ser rápido e preciso. É importante verificar que os principais sintomas são, dor no peito de forte intensidade, normalmente, em aperto. A dor pode ter irradiação para ambos os braços e também região de mandíbula e pescoço. Além disso, náuseas e vômitos podem acompanhar o quadro. O eletrocardiograma pode auxiliar o médico a direcionar o tratamento de forma mais imediata e deve ser realizado tão logo quanto possível.
É importante procurar o serviço de emergência hospitalar. Lá com a verificação dos sintomas, eletrocardiograma e enzimas cardíacas pode ser feito um melhor tratamento para o paciente. É importante ressaltar que pacientes idosos, diabéticos e mulheres podem não ter os sintomas típicos e isso pode retardar a sua chegada ao PS e também o diagnóstico.
A partir do diagnóstico confirmado, um dos exames mais utilizados é o cateterismo cardíaco. Esse exame tem como objetivo determinar se existe alguma obstrução importante no interior da artéria coronária, para que se possa estabelecer o tratamento específico. Quando identificadas obstruções relevantes, em geral acima de 70%, existe a possibilidade da colocação de stents que possibilitam a abertura da artéria e melhora do fluxo sanguíneo.
O importante é sempre tratar e controlar as doenças que são responsáveis por obstruir as artérias coronárias. A pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, sedentarismo são alguns dos fatores responsáveis por essas obstruções e quando bem controlados, minimiza a chance de ter o aparecimento de infarto.
A dosagem de exames de sangue com a coleta de colesterol, glicemia, hemoglobina glicada ajudam a entender melhor o perfil desse paciente. Além disso, outros exames não invasivos como teste ergométrico, cintilografia do miocárdio e angiotomografia de coronárias, podem auxiliar melhor o cardiologista a predizer o tipo de risco envolvido em cada paciente.
Guilherme D`Andréa Saba Arruda
Coordenador da Cardiologia da Regional Leste Rede D’Or São Luiz (SP)