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A privação que as dietas e a reeducação alimentar exigem e a disciplina que a academia pede passaram a ser substituídas pelas “pílulas milagrosas” do emagrecimento.
Um dos medicamentos para emagrecer mais famosos do Brasil, a sibutramina, foi desenvolvido para tratar a obesidade, trabalhando o controle da ansiedade. Porém, devido aos bons resultados apresentados, o remédio se popularizou e passou a ser utilizado sem prescrição médica por quem desejava perder apenas alguns quilinhos. As combinações manipuladas começaram a circular em paralelo e tornaram-se uma arma perigosa a saúde.
Em janeiro de 2010, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta informando que somente no ano de 2009 aproximadamente duas toneladas do medicamento foram consumidas pela população brasileira, fazendo do Brasil um dos principais consumidores mundiais da droga.
O risco que o uso indiscriminado da sibutramina provoca no organismo é muito alto, já que a administração do medicamento em pessoas com problemas cardíacos pode levar ao derrame e enfarte, além de uma infinidade de efeitos colaterais, como a boca seca e amarga, náusea, estômago irritado, constipação, problemas para dormir, tontura, dores menstruais, dor de cabeça, sonolência, alteração de humor e dor nos músculos e nas articulações.
Para o Dr. Fernando VC De Marco, diretor geral do Hospital viValle, a sibutramina, como qualquer outro medicamento, deve ser utilizada somente se prescrita. A automedicação, além de ser perigosa, pode não surtir os efeitos desejados pela pessoa. “É preciso que o médico avalie o estado clínico do paciente; só assim poderá afirmar se é necessário o uso de medicamentos”, explica o médico, que completa “não adianta apenas tomar o remédio. Durante o uso da sibutramina é necessário que seja feita uma reeducação alimentar, acompanhada de atividades físicas. É muito comum vermos os pacientes emagrecerem durante o processo e depois voltarem a engordar novamente”.
Por isso, procure um especialista em Endocrinologia. Ele poderá avaliar o seu caso. Opte por exercícios físicos regulares e mantenha uma boa alimentação. Essa é uma alternativa saudável que pode ajudar a melhorar a sua qualidade de vida.
Os textos publicados no site do Hospital viValle têm caráter informativo e não substituem a consulta com especialistas. Para diagnósticos corretos e esclarecer dúvidas, procure um médico.