Hipotensão

A hipotensão é o termo popular conhecido como “pressão baixa” – quando a medida da pressão arterial está abaixo de 9 por 6. Os valores de referência desejáveis estão ao redor de 120 mmHg x 80 mmHg, ou 12 por 8, de acordo com os critérios internacionais.

O coração tem função de bomba do sangue que circula em todo o organismo, levando oxigênio e nutrientes, e a pressão nada mais é do que a força com a qual o sangue atinge as paredes das artérias que compõem o sistema vascular. Quando o coração se contrai (sístole) para expulsar o sangue de seu interior, a pressão nas artérias atinge o valor máximo (pressão máxima ou sistólica). No entanto, quando a musculatura relaxa (diástole) e permite que o sangue volte a encher, a pressão cai para os valores mínimos, que é a mínima e a diastólica.

Quando a pessoa está com níveis menores que 9 por 6, já é considerado pressão baixa (hipotensão arterial), e é comum apresentar desmaios ou sensação de desmaio iminente, principalmente quando está em pé. Embora não seja considerada uma doença em si, pode estar relacionada com doenças graves como diabetes, embolia pulmonar e infarto do miocárdio.

O equilíbrio da “pressão” é bastante delicado: se elevada demais (hipertensão) ou baixa demais (hipotensão), o paciente pode apresentar sintomas.

Os sintomas de hipotensão arterial incluem baixo nível de energia, diminuição da força, fraqueza, tontura, desmaio, suor frio, sede excessiva, taquicardia, visão embaçada, pele fria, respiração ofegante e confusão mental. Ocasionalmente provoca falta de ar ou dor torácica devido ao fornecimento insuficiente de sangue ao músculo cardíaco.

Ambos os estados podem ser assintomáticos , até mesmo em pessoas saudáveis. Doença muito comum no mundo todo, a hipotensão deve ser tratada por toda a vida, acompanhada de medidas higiênico-dietéticas com mudanças de hábitos e estilo de vida.

No geral, a hipotensão é provocada pela diminuição da quantidade de sangue bombeada pelo coração (hipovolemia). Como o sangue é o responsável pela oxigenação e nutrição das células, algumas funções corporais ficam prejudicadas quando a pressão está alterada. Diversos fatores podem levar a esse quadro, como se levantar muito rapidamente após algum tempo deitado ou sentado.

Há outros fatores secundários para essa condição, como:

• perda de muito sangue;
• desidratação: a falta de líquidos pode facilitar a perda de volume sanguíneo;
• jejum prolongado;
• gravidez;
• manter-se parado em locais abafados por muito tempo;
• problemas nutricionais;
• hipotireoidismo;
• diabetes;
• ingestão excessiva de álcool;
• uso de certos medicamentos, por exemplo, para hipertensão, antidepressivos e diuréticos;
• alterações na frequência cardíaca normal (arritmias);
• emergências como choque anafilático (por reação alérgica) ou séptico (por um quadro infeccioso).

Para determinar que um indivíduo tem hipotensão crônica, é preciso realizar exames como o MAPA, o Monitoramento Ambulatorial de Pressão Arterial, com equipamento conectado e monitorando a medição da pressão em determinados momentos do dia.

A hipotensão arterial acontece, por exemplo, em dias de temperatura muito elevada, quando artérias e veias se tornam um pouco dilatadas, com menor necessidade de força para bombear o sangue.

A hipotensão ortostática – também conhecida como hipotensão postural – acontece quando estamos deitados ou sentados e nos levantamos rapidamente. Nessa situação, os receptores não têm tempo de agir equilibrando a pressão, podendo causar tontura temporária e certa desorientação.

A hipotensão neural mediada é muito comum em crianças e jovens e ocorre quando há falha na comunicação entre o cérebro e o coração, acontecendo quando a pessoa fica muito tempo em pé, acumulando sangue nas pernas, assim contribuindo para a queda na pressão.

Ainda há a hipotensão pós-prandial, sendo mais comum em idosos e acontece, geralmente, após a ingestão de alimentos, pois o sangue flui para o sistema digestório.

Para tratar a hipotensão arterial, é preciso consultar o médico cardiologista que indicará como conduzir o tratamento, sendo determinado pelas causas dos sintomas, características e gravidade.

Algumas medidas ajudam a controlar a crise, como deitar-se numa posição confortável, tendo os pés mais elevados que a cabeça e o coração. Ingerir bastante líquido aumenta o fluxo sanguíneo, porém em pequenos goles. Se estiver em jejum há muito tempo, dê preferência a sucos de frutas.

Se os sintomas persistirem por mais de 15 minutos, a pessoa deve ser encaminhada para o atendimento médico de urgência.

Não. A ideia surgiu pelo fato do sal conter sódio, que é um dos fatores ligados à hipertensão, fazendo com que a pressão suba e resolveria o problema com hipotensão arterial. Mas como o sal demoraria para ter algum reflexo na pressão arterial, não adiantaria muita coisa.

Por ano, a Rede D’Or São Luiz realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência e emergência. A Rede D’Or São Luiz está presente nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão, Sergipe e Bahia.