Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, as hepatites virais são uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves e que, na maioria das vezes, são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. No entanto, quando presentes, podem se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, olhos amarelados, fezes claras, dentre outras.
Com o objetivo de trazer mais conhecimento acerca dos diferentes tipos da doença, a Rede D’Or preparou um material com as 10 perguntas e respostas mais frequentes sobre as hepatites virais. Confira!
Enquanto as hepatites virais, como o próprio nome indica, são causadas por vírus, sendo as mais comuns as causadas pelos vírus A, B, C no Brasil, as hepatites não virais podem ser decorrentes do uso de alguns medicamentos, consumo de álcool e uso de drogas ilícitas ou ervas e suplementos nutricionais.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existe ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D, mais comum na região Norte do país e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C podem evoluir para formas crônicas, sendo mais comum na hepatite C. No entanto, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção, o que colabora para o seu avanço sem o devido diagnóstico, comprometendo seriamente o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou, até mesmo, de cirrose hepática, o que pode levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante.
Atualmente, esses tipos de infecções acarretam em aproximadamente 1,4 milhões de mortes por ano em todo o mundo.
A vacina apenas está disponível para os tipos A e B da hepatite.
O diagnóstico é feito através de testes sorológicos específicos e/ou quantificação da carga viral. Os pacientes com alterações nas enzimas do fígado ou com passado de transfusão de sangue devem realizar sorologias para as hepatites.
Também conhecida como “hepatite infecciosa”, o vírus da hepatite A pode ser transmitido por meio de contatos pessoais próximos e, até mesmo, via contato sexual. A doença também tem grande relação com alimentos ou água não seguros, baixos níveis de saneamento básico e, até mesmo, de higiene pessoal, sendo uma das variações mais comuns no Brasil, especialmente em locais onde as condições de saneamento básico e higiene são consideradas precárias.
É importante citar que, mesmo nos casos em que não há sintomas, as pessoas infectadas com a hepatite A podem contaminar outras. Seu diagnóstico ocorre por meio de exames de sangue laboratoriais. No caso de surgimento de sintomas, os mais comuns são:
Algumas atitudes simples, como lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada e evitar contato com locais onde haja esgoto a céu aberto, também são formas eficazes de prevenção.
Causada pelo vírus HVB, a transmissão da hepatite B ocorre quando alguém que não está imunizado contra a doença entra em contato com sangue, sêmen ou outros fluidos corporais de uma pessoa que está infectada. Isso pode ocorrer por meio de contato sexual desprotegido, compartilhamento de agulhas e objetos cortantes contaminados, como alicates de unha e lâminas de barbear, por exemplo. Além disso, o contágio também pode ocorrer da mãe para o bebê durante o momento da gravidez, do parto e da amamentação.
Nem todas as pessoas que estão contaminadas apresentam sintomas, mas, em alguns casos, a doença pode se manifestar da seguinte forma:
A hepatite C é causada pelo vírus HCV e sua transmissão costuma acontecer por meio do contato com sangue contaminado, em situações como relações sexuais desprotegidas (menos do que na hepatite B), tatuagens ou piercings com instrumentos não esterilizados, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, além de objetos pessoais contaminados, como lâmina de barbear, escova de dentes, dentre outros.
A hepatite C age de maneira silenciosa, manifestando sintomas apenas em fase avançada, ou seja, quando há insuficiência hepática. Entre os sintomas mais comuns estão:
Tipo menos comum no Brasil, com casos mais frequentes na região Norte do país, a hepatite D também é conhecida como “hepatite delta”, sendo uma infecção hepática causada pelo vírus da hepatite D (HDV), sendo transmitida por contato direto com sangue e outros fluidos corporais de pessoas contaminadas.
É importante citar que a hepatite D apenas ocorre em pessoas que também estão com hepatite B (simultaneamente) ou que já foram infectadas com o vírus da hepatite B. Apesar de, na maioria das vezes, não apresentar sintomas, pode manifestar alguns como:
Apesar de existirem poucos casos desta variação no Brasil, já que a doença parece prevalecer em regiões da África e Ásia, a hepatite E pode assumir formas graves em gestantes e pacientes imunossuprimidos.
Na grande maioria dos casos, as hepatites virais são curadas ou controladas por meio de medicamentos. É de suma importância procurar ajuda o mais breve possível com um médico gastroenterologista quando houver sintomas da doença para maiores informações e indicação do melhor tratamento.
A Rede D’Or possui hospitais espalhados pelo Brasil. Todas as instituições possuem selos de qualidade nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no atendimento hospitalar.
Ao todo, são mais de 80 mil médicos das mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento das hepatites virais e no diagnóstico de condições diversas.
Fontes: Ministério da Saúde, CDC, Tudo sobre o fígado
Validação técnica: Dr. Gerson Carreiro (Hepatologista)