A escabiose ou sarna humana é uma lesão de pele que causa coceira intensa, sendo provocada pelo ácaro parasita Sarcoptes Scabiei, que se alimenta de queratina, uma proteína amplamente presente na pele.
A escabiose (sarna humana) é extremamente contagiosa, transmitida de pessoa a pessoa pelo contato físico, ou por roupas de cama e toalhas de banho compartilhadas. A fecundação do ácaro ocorre na superfície da pele. Logo após a morte do macho, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias. Depois, deposita seus ovos. Quando eles eclodem, liberam as larvas, que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo evolutivo. O parasita escava túneis sob a pele, onde a fêmea deposita seus ovos que eclodirão em cerca de 7 a 10 dias, dando origem a novos parasitas.
É importante ressaltar que animais como cachorro e gato não transmitem sarna para os humanos.
A escabiose possui algumas variações que podem ser identificadas, como:
A escabiose nodular é caracterizada por nódulos acastanhados que são muito pruriginosos e costumam persistir por meses apesar do tratamento, sendo uma complicação normal em casos generalizados e/ou de longa duração. Os nódulos podem ser encontrados no pênis, na bolsa escrotal e menos frequentemente nas axilas e na região periumbilical.
A escabiose do idoso ocorre por causa da sensibilidade reduzida ao ácaro devido à alteração na imunidade, o que acarreta uma diminuição na resposta inflamatória, embora traga prurido intenso, e, assim, cause a eczematização. É comum que seja confundida com xerodermia, que é uma doença habitual nesta faixa etária.
Na escabiose do paciente limpo é comum que pacientes possuam boa higiene, o que dificulta o diagnóstico pelo fato do prurido ser mínimo e os sintomas serem pouco objetivos e raros, o que torna a história epidemiológica importante para que haja o tratamento correto.
A escabiose de longa duração pode trazer complicações com infecções secundárias por bactérias do gênero staphylococcus ou streptococcus, manifestando-se sob a forma de furúnculo, foliculite ou impetigo. Se não tratada, a condição pode perdurar por anos.
Já a sarna crostosa ou sarna norueguesa é muito contagiosa e rara, sendo vista em pessoas com distúrbios mentais, síndrome de down, em pacientes fazendo o uso de medicamentos imunossupressores e em imunocomprometidos. Ela é caracterizada por acometimento cutâneo generalizado, atingindo eminências ósseas e couro cabeludo.
Os principais sintomas de escabiose envolvem:
A escabiose pode aparecer em lugares mais quentes do corpo pelo fato de o parasita gostar de calor, tendo como exemplo o umbigo, axilas, punhos, cotovelos, abdômen, parte inferior das nádegas, o espaço entre os dedos das mãos e dos pés, dobras dos braços, atrás dos joelhos, orelhas, genitais, pescoço, pés e debaixo das mamas.
Nos homens, as lesões surgem geralmente no pênis e no escroto; enquanto que nas mulheres as lesões aparecem mais nos mamilos. Por causa da vontade agressiva de se coçar, a pele também pode ficar lesionada e hipersensível a outros problemas. Exemplos disso são infecções secundárias causadas por bactérias, como a glomerulonefrite pós-estreptocócica e a febre reumática.
O profissional responsável pelo diagnóstico da escabiose é o dermatologista, que indicará o tratamento correto da doença. Em caso de sintomas em bebês, o ideal é consultar um pediatra.
O tratamento consiste em usar medicamentos tópicos em todo corpo (exceto acima da linha do nariz e das orelhas) ou fazer uso de medicamentos orais. A escolha vai depender das características da doença em cada paciente e também das suas condições gerais de saúde. Portanto, o tratamento é individualizado pelo médico para cada paciente.
É importante que a aplicação seja repetida depois de sete a dez dias para combater os ácaros provenientes dos ovos que ainda não haviam eclodido na primeira aplicação. Toda a família e/ou parceiros devem ser tratados simultaneamente para evitar a reinfestação. Já existem remédios por via oral que também são eficientes no tratamento da sarna.
Ainda não existe injeção contra a sarna humana.
Com o tratamento feito da forma correta, a coceira começa a diminuir e desaparecer com o passar do tempo, entre uma e duas semanas depois da cura. No entanto, mesmo após o tratamento ser bem-sucedido com a morte dos ácaros, a coceira e as pústulas podem resistir por um período de três semanas por causa da reação alérgica contínua aos corpos do ácaro.
É possível evitar a escabiose (sarna humana) com uma série de medidas:
Não são raros os casos em que bebês que ainda não estejam na escola/creche possam acabar infectados por cuidadores e familiares, o que causa irritação nos mais novinhos, já que a coceira tende piorar à noite. Por possuírem uma pele mais fina, os bebês podem apresentar alguns quadros mais extensos, além de serem os primeiros a manifestar a doença mais intensamente na família.
Além de poder ser contaminado por cuidadores e familiares, é comum que crianças fiquem mais vulneráveis em escolas, creches e parquinhos; a doença pode ser transmitida pelo convívio.
Nos bebês, é frequente que apareçam bolhas cheias de água nas plantas dos pés e palmas das mãos, podendo surgir no couro cabeludo também. A escabiose raramente atinge a pele do pescoço e da face, exceto nas crianças, em quem estas regiões podem também ser afetadas.
O tratamento da escabiose em bebês envolve medicamentos escabicidas tópicos, como loções e cremes. Em alguns casos, crianças acima de 15 quilos podem tomar medicação via oral.
Existem algumas formas de prevenir a transmissão de sarna para os bebês, entre elas:
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