Colangite

A colangite é uma condição inflamatória que afeta os ductos biliares, responsáveis pelo transporte da bile do fígado para a vesícula biliar e intestino, onde, associada à proliferação bacteriana no trato biliar e à elevação da pressão dos ductos biliares, permite que bactérias se movam do duodeno até o ducto colédoco.

A causa mais comum da colangite é a obstrução do ducto biliar por pedras na vesícula, conhecido como coledocolitíase, mas a condição também pode ser causada por alterações autoimunes, genéticas ou, mais raramente, por infecção pelo parasita Ascaris lumbricoides, por exemplo.

Existem três tipos principais de colangite: colangite biliar primária (CBP), colangite esclerosante e colangite aguda.

A colangite biliar primária (CBP) é causada por uma reação autoimune que resulta na destruição gradual dos ductos biliares, resultando em inflamação e colestase, que é a diminuição ou interrupção do fluxo biliar. Esse tipo de colangite pode resultar em complicações como deficiência de vitaminas A, D, E e K, aumento do colesterol, trombocitopenia ou até câncer de fígado.

A colangite esclerosante consiste em uma inflamação com cicatrização progressiva e estreitamento dos ductos biliares dentro e fora do fígado. Por fim, os ductos ficam obstruídos e, em seguida, são obliterados. É uma doença autoimune e grave, estando associada com outras patologias, como a doença de Crohn.

A colangite aguda possui origem biliar, quando existe obstrução do canal, que pode ocorrer por pedras na vesícula ou câncer. Este tipo de colangite é grave e, além de configurar emergência médica, é potencialmente fatal se não tratada imediatamente.

Em grande parte dos casos, a colangite primária é silenciosa e não provoca sintomas,  continuando em desenvolvimento e só sendo descoberta em exames rotineiros ou até comprometer o fígado. No entanto, existem alguns sintomas de colangite, como:

• Cansaço excessivo;
• Coceira;
• Boca e olhos secos;
• Dor muscular e nas articulações;
• Inchaço dos pés e tornozelos;
• Pele e olhos amarelados;
• Urina escura e fezes claras;
• Diarreia com muco gorduroso.

No entanto, no caso da colangite aguda, os sintomas podem surgir de repente, podendo causar também febre, dor abdominal intensa no lado superior direito, confusão mental ou pressão baixa. Nesses casos, deve-se ir imediatamente ao hospital, pois é uma condição grave que precisa de cuidados imediatos.

O diagnóstico da colangite pode ser feito por um médico gastroenterologista ou hepatologista, por meio do histórico de saúde, da avaliação dos sintomas e de alguns exames, entre eles:

• ALT;
• AST,
• GGT;
• Fosfatase alcalina;
• Níveis de bilirrubina;
• Exame de sangue completo;
• Anticorpos anti-mitocôndria;
• Anticorpos anti-nucleares;
• Ultrassom ou colangiografia;
• Biópsia do fígado.

O tratamento da colangite visa eliminar a obstrução biliar e a infecção para evitar evolução e complicação da doença. Os tratamentos indicados pelo médico envolvem:

• Ácido ursodesoxicólico, para ajudar a bile a sair do fígado, evitando o acúmulo de toxinas no fígado;
• Colestiramina, que ajuda a aliviar a coceira provocada pela doença;
• Pilocarpina e colírios hidratantes, ajudando a hidratar as mucosas dos olhos e da boca.

Além destes, o médico pode recomendar outros medicamentos, de acordo com os sintomas de cada pessoa e a gravidade da doença.

No caso da colangite aguda o tratamento deve ser feito no hospital, com uso de antibióticos na veia para combater a infecção e monitoramento dos dados vitais. Em alguns casos, pode ser necessária a drenagem biliar, por meio de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), ultrassom endoscópico ou cirurgia.

Além disso, nos casos mais graves, pode ainda ser necessário fazer um transplante de fígado, especialmente quando os danos já estão muito avançados.

A Rede D’Or é a maior empresa de saúde da América Latina. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Maranhão, de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, da Bahia, Paraíba e no Distrito Federal.

O grupo é composto atualmente por hospitais próprios e clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, bancos de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.

Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG), e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).

A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Conte com a Rede D’Or sempre que precisar!