Quimioterapia para câncer de esôfago e os últimos avanços no tratamento

O tratamento de câncer de esôfago possui novas terapias que foram apresentadas na ASCO 2024. Saiba quais são nesta matéria.

Recentemente, novos desenvolvimentos e abordagens foram apresentados na ASCO 2024 (American Society of Clinical Oncology), destacando ainda mais a importância da quimioterapia no tratamento multidisciplinar do câncer de esôfago, oferecendo benefícios significativos que se somam às abordagens terapêuticas tradicionais.

Qual o papel da quimioterapia para câncer de esôfago?

O câncer de esôfago é uma condição complexa, muitas vezes diagnosticada em estágios avançados, o que limita as opções terapêuticas curativas. A quimioterapia é utilizada em combinação com cirurgia e/ou radioterapia para reduzir o tamanho do tumor, controlar a disseminação da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Novas terapias aumentam as chances de cura para câncer de esôfago

Na ASCO 2024, novas estratégias e estudos foram destacados, enfatizando a eficácia da quimioterapia em diferentes contextos do câncer de esôfago:

  • Quimioterapia Neoadjuvante: utilizada antes da cirurgia, a quimioterapia neoadjuvante tem demonstrado reduzir o tamanho do tumor esofágico, aumentando assim as chances de cura da cirurgia. Oito estudos recentes apresentados na ASCO, com 4.702 pacientes, mostraram melhorias significativas nas taxas de resposta tumoral e na sobrevida global dos indivíduos tratados com essa estratégia. O maior estudo apresentando demonstrou uma redução do risco de morte de 30% naqueles pacientes tratados com poliquimioterapia neoadjuvante.
  • Terapia de Indução com Quimioterapia e Radioterapia: em casos específicos que não são candidatos imediatos à cirurgia, a combinação de quimioterapia e radioterapia como terapia de indução pode reduzir o tamanho do tumor esofágico facilitando a cirurgia e proporcionar maior taxas de sobrevida. Isso é válido principalmente para pacientes com tumores de esôfago proximal, ou seja, que se localizam mais perto da cavidade oral.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

Compartilhe este artigo