Você está em Oncologia D`Or
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O que é a imunoterapia?

O prêmio Nobel de Medicina de 2018 foi concedido a dois pesquisadores cujas pesquisas ajudaram a desenvolver a chamada imunoterapia, um tipo de tratamento contra o câncer que usa o próprio sistema de defesa do paciente para combater o tumor.

Alguns tipos de câncer conseguem despistar as defesas do nosso corpo (sistema imune) usando uma espécie de “camuflagem” para não sere notados ou então “desligando” as células responsáveis por identificar que há algo errado.

Como funciona a imunoterapia?

Os medicamentos imunoterápicos dão um gás no sistema imune permitindo que ele “acorde”, reconheça e destrua as células de câncer, explica o oncologista Lucianno Santos, da clínica Acreditar, da Oncologia D’Or em Brasília, e diretor da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

“No início da gênese tumoral, as células de câncer conseguem desligar os linfócitos T, que fazem parte de defesa do organismo. Uma vez que os linfócitos T são desligados, as células tumorais ficam invisíveis para nosso sistema imune, crescem e se espalham pelo organismo. Os medicamentos de imunoterapia religam os linfócitos T adormecidos e fazem com que o sistema imune volte a ver as células tumorais e combata o câncer.”

Hoje a imunoterapia já é usada em vários países, inclusive no Brasil. A mais promissora é a que usa os chamados inibidores de PD-1, uma proteína presente nos linfócitos T. Já estão disponíveis imunoterápicos para o tratamento de câncer de pulmão, rim, linfoma e melanoma.

“É graças a esses estudos como dos ganhadores do Nobel que hoje temos vários medicamentos que promovem resultados nunca antes vistos no combate ao câncer”, comenta Lucianno Santos. “Nos últimos anos temos visto centenas de estudos com novos imunoterápicos na tentativa de melhorar os resultados e aumentar a sobrevida dos pacientes.”

Tipos de imunoterapia:

Inibidores de check-point
Essas drogas basicamente freiam o sistema imune, ajudando-o a reconhecer e atacar células de câncer. São usadas no tratamento de câncer de bexiga, cabeça e pescoço, pulmão, alguns linfomas e melanoma.

Anticorpos monoclonais

São células de defesa humanas feitas em laboratório que podem atacar algumas partes específicas da célula de câncer.  Já é usada no tratamento do câncer de câncer de mama, leucemias e linfomas.

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