O mieloma múltiplo é o câncer dos plasmócitos, que são células de defesa produzidas pela medula óssea, causando sintomas como cansaço excessivo, fraqueza ou infecções frequentes. Entenda o que é mieloma múltiplo, sintomas, causas, tipos e tratamento
O mieloma múltiplo é um câncer dos plasmócitos, células responsáveis pela produção de imunoglobulinas, que são produzidas pela medula óssea. Esse tipo de câncer interfere no funcionamento normal do sistema imunológico, causando sintomas como cansaço excessivo, fraqueza e infecções frequentes.
Comum em idosos com mais de 65 anos, o mieloma múltiplo afeta mais homens do que mulheres. O tratamento é feito por um oncohematologista e envolve opções como quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.
Os sintomas de mieloma múltiplo podem variar, mas os mais comuns são:
Nos estágios avançados, o mieloma múltiplo pode causar anemia, dor óssea, fraturas espontâneas, aumento de cálcio no sangue e problemas renais, entre outros sintomas.
O diagnóstico é feito por um hematologista, clínico geral ou onco-hematologista, através de avaliação clínica, biópsia e exames laboratoriais.
Os exames incluem:
Esses exames ajudam a diagnosticar e estadiar o mieloma múltiplo.
O mieloma múltiplo é classificado em três estágios, de acordo com o Sistema de Estadiamento Internacional Revisado (RISS):
No caso de suspeita de mieloma múltiplo, deve-se consultar o hematologista ou clínico geral.
A causa exata é desconhecida, mas sabe-se que está relacionada a mutações no DNA dos plasmócitos. Essas mutações podem ser em genes como NRAS, KRAS e BRAF, levando à proliferação anormal de plasmócitos e à produção de proteínas monoclonais (proteína M).
Os principais fatores que podem aumentar o risco de mieloma múltiplo são:
Além disso, o histórico pessoal de gamopatia monoclonal de significado indeterminado, também pode aumentar o risco de mieloma múltiplo.
Existem dois tipos principais:
Mieloma múltiplo ativo sintomático
A pessoa apresenta sintomas como anemia, lesões ósseas e disfunção renal.
O tratamento para o mieloma múltiplo é feito pelo oncohematologista ou hemato-oncologista e varia de acordo com o estágio do mieloma, sintomas, idade da pessoa e estado geral de saúde.
O acompanhamento médico regularmente pode ser indicado para o mieloma múltiplo latente quando a pessoa não apresenta sintomas.
Esse acompanhamento é feito com a realização de exames para avaliar a evolução da doença.
A quimioterapia para o mieloma múltiplo tem como objetivo diminuir a carga tumoral, sendo feito com uma combinação de quimioterápicos como bortezomibe, lenalidomida e dexametasona.
A quimioterapia pode ser feita antes do transplante de medula óssea, chamada quimioterapia de indução, ou tratamento de manutenção, por exemplo. Entenda como é feita a quimioterapia.
A radioterapia pode ser indicada pelo oncohematologista como tratamento paliativo para o mieloma múltiplo, podendo ser feita junto com a quimioterapia, por exemplo.
Além disso, a radioterapia pode ser feita para ajudar a aliviar a dor nos ossos.
O transplante de medula óssea, também chamado de transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas, normalmente é indicado para pessoas com menos de 65 anos, devendo ser feito com cautela em pessoas de 65 a 75 anos.
Esse tipo de tratamento é feito após coleta da medula óssea da própria pessoa, seguido da realização da quimioterapia de indução com altas doses de quimioterápicos.
O transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas tem como objetivo substituir a medula óssea doente por uma medula óssea saudável.
A CAR-T-cell, ou terapia com células CAR-T, é um tipo de terapia gênica para o mieloma múltiplo refratário, ou seja, que não respondeu aos outros tipos de tratamento.
Esse tipo de terapia é feito retirando glóbulos brancos e células T da própria pessoa para serem reprogramadas em laboratório.
Em seguida, são introduzidas no corpo novamente, ajudando o sistema imunológico a combater especificamente as células do mieloma.
O mieloma múltiplo não tem cura, mas os sintomas podem ser controlados por meio de tratamentos adequados, aumentando a qualidade de vida e prolongando a sobrevivência.
A expectativa de vida pode ser de 10 ou mais anos com tratamento, dependendo do estágio da doença, saúde geral do paciente e resposta ao tratamento.