Especialista alerta que autoexame detecta apenas a doença em estado avançado
Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama, segundo tumor mais frequente no mundo e o que tem maior incidência nas mulheres, havendo a estimativa de, somente no Brasil, 60.000 novos casos por ano. Apesar de matar mais de 500 mil mulheres anualmente no mundo, quando diagnosticado precocemente, a chance de cura é de 95%. Por isso, o oncologista clínico e coordenador de oncologia mamária da Oncologia D’Or, Gilberto Amorim, destaca a importância da realização de exames preventivos regularmente. “A mamografia é o exame mais indicado para detectar precocemente a presença de nódulos nas mamas”, afirma Amorim, e alerta que apenas com a realização de uma biópsia há a certeza de que a lesão é maligna ou não.
Mesmo com a realização, desde 2002, da campanha Outubro Rosa no Brasil, a falta de informação continua sendo um dos principais problemas para o combate à doença. Gilberto explica que ainda há mulheres que acham que o autoexame é suficiente para o rastreamento do câncer. Na verdade, quando o autoexame consegue detectar o caroço significa que a doença já está em um estado avançado. “O autoexame pode levar mulheres à falsa sensação de estarem saudáveis quando a doença já existe, mas não é possível sentir pelo toque”, observa.
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica que, a partir dos 40 anos, toda mulher deve fazer a mamografia uma vez a cada 12 meses. Gilberto observa que a mulher também precisa estar atenta a hábitos que auxiliam na prevenção da doença. Alimentação saudável, atividade física e controle do peso corporal podem cooperar para evitar 28% dos casos de câncer de mama. Consumo excessivo de álcool, uso de contraceptivos orais, excesso de peso, principalmente na pós-menopausa, e terapia de reposição hormonal aumentam o risco de câncer de mama.
Incidência é rara nos homens
O câncer de mama também pode atingir pessoas do sexo masculino. Pelo fato de a glândula mamária masculina ser geralmente atrofiada, com baixa produção de hormônios femininos, apenas cerca de 1% dos casos é diagnosticado em homens. “Entretanto, justamente por ser uma doença rara, quando diagnosticada, na maioria das vezes, o tumor já está em estado avançado”, alerta o coordenador de oncologia mamária da Oncologia D’Or.
Geralmente, a doença incide em homens mais velhos, a partir dos 60 anos. Em alguns deles, a doença está ligada a mutações genéticas e, por isso, é preciso investigar se existe uma predisposição familiar. Além disso, a doença pode estar relacionada ao aumento de hormônios femininos no corpo, ao uso de determinados medicamentos, como antidepressivos e remédios para o câncer de próstata, e também à obesidade.
Campanha
Pelo terceiro ano seguido, a Oncologia D’Or participa do Outubro Rosa com a campanha “Peitos – É isso mesmo, só queremos chamar a sua atenção”. Serão distribuídas camisas com os dizeres da campanha para artistas e influenciadores, para que eles compartilhem fotos em suas redes sociais. O objetivo é engajar formadores de opinião para mobilizar a sociedade na importância do diagnóstico precoce da doença.
Sobre a Oncologia D’Or
Criada em 2010, a Oncologia D’Or é formada por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico com padrão de qualidade internacional, sem abrir mão da humanização em todo o trabalho de assistência. Com uma rede de mais de 40 unidades, conta com mais de 300 médicos especialistas, atuando em sete estados brasileiros. É uma empresa da Rede D’Or São Luiz.