Como proteger bebês prematuros de infecções respiratórias?

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. A criança prematura é aquela que vem ao mundo antes do tempo previsto, ou seja, até 36 semanas e 6 dias. O período de gestação ideal tem duração de 37 a 42 semanas.

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros por ano, de acordo com o Ministério da Saúde. A criança prematura é aquela que vem ao mundo antes do tempo previsto, ou seja, até 36 semanas e 6 dias. O período de gestação ideal tem duração de 37 a 42 semanas.

Quanto menor a idade gestacional, maiores são os riscos à saúde do recém-nascido. Afinal, é nas últimas semanas de gravidez que o sistema cardiorrespiratório se desenvolve completamente. Antes desse amadurecimento, a criança não consegue se adaptar bem à vida fora do útero, podendo ainda sofrer de problemas como asma e alergias.

Os bebês que não são prematuros, ou seja, nasceram dentro do tempo previsto, naturalmente já estão mais vulneráveis a infecções respiratórias do que crianças maiores. Isso porque eles ainda não foram expostos a vírus e bactérias para produzir os seus anticorpos. No caso do prematuro, essa vulnerabilidade é ainda maior, devido ao seu desenvolvimento inadequado.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o principal agente causador das infecções respiratórias em bebês é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Trata-se de um vírus sazonal no Brasil, como aponta a tabela divulgada pelo Ministério da Saúde:

Região Sazonalidade
Norte fevereiro a junho
Nordeste março a julho
Centro-Oeste março a julho
Sudeste março a julho
Sul abril a agosto

Região Sazonalidade
Norte Fevereiro a Junho
Nordeste Março a Julho
Centro-Oeste Março a Julho
Sul Março a Julho
Sudeste Abril a Agosto

Para prevenir casos graves da infecção causada pelo VSR e evitar a hospitalização, existe a profilaxia com palivizumabe, um anticorpo monoclonal administrado em crianças mais suscetíveis à doença. Essa é uma recomendação reforçada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), que incluíram a palivizumabe no calendário de imunizações do prematuro.

Como forma de prevenção do Vírus Sincicial Respiratório, a SBP ainda lista outras orientações:

  • Lavar as mãos antes de tocar no bebê.
  • Usar álcool em gel quando necessário.
  • Priorizar o aleitamento materno.
  • Evitar ambientes fechados e aglomerados.
  • Manter o bebê distante da exposição ao tabaco.
  • Evitar contato com pessoas que apresentam sintomas respiratórios.

Essas recomendações valem para prevenir qualquer infecção respiratória, seja ela provocada pelo VSR ou não. Também é importante assegurar que o calendário de vacinação esteja em dia, tanto do pequeno quanto dos responsáveis.

Quais são os sintomas e as consequências do VSR?

O Vírus Sincicial Respiratório atinge o trato respiratório inferior dos bebês, sendo mais comum até os dois anos de idade. Ele é transmitido por pessoas infectadas ou por superfícies e objetos contaminados, por meio da inalação de gotículas e pelo contato do micro-organismo com os olhos, a boca e o nariz. Entre os sintomas do VSR, estão:

  • Febre.
  • Tosse.
  • Coriza.
  • Espirros.
  • Irritabilidade.
  • Letargia.
  • Redução do apetite.
  • Dificuldade para respirar.
  • Chiados no peito.

Embora seja frequente, o VSR é uma preocupação para pais de crianças prematuras, cardiopatas e com doenças pulmonares, uma vez que estão vulneráveis aos quadros perigosos da doença. Ele pode causar desde uma tosse leve até uma bronquiolite ou uma pneumonia grave.

Por isso, é fundamental que os pais tomem todos os cuidados para prevenir a contaminação, além de conversar com o pediatra sobre a necessidade da profilaxia com palivizumabe. Também devem ficar atentos a qualquer alteração no comportamento do bebê. É preciso ligar o sinal de alerta e procurar um pediatra imediatamente em caso de chiados no peito e desconfortos respiratórios.

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