Médicos franceses apontaram que a característica é comum aos infectados pela COVID-19
Semana passada, uma rede de otorrinolaringologistas franceses alertou para o aumento de casos de anosmia relacionada a casos de coronavírus. A anosmia é a perda total da capacidade olfativa, característica que foi descrita por vários infectados pelo novo coronavírus (COVID-19) na França. O sintoma pode ocorrer de forma isolada ou estar ligado às reações mais comuns à doença, que são febre, tosse e dificuldades respiratórias.
O presidente do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia de França, Jean-Michel Klein, defendeu uma ligação evidente entre a perda de olfato e a COVID-19, afirmando que nem todos os casos da doença apresentam anosmia, mas que todos aqueles que apresentaram o sintoma sem causa local ou inflamação, foram casos positivos para o coronavírus.
A perda total de olfato está associada a uma lesão no nervo olfativo, e é um sintoma bastante raro e geralmente observado nos mais jovens, que apresentam sintomas menos severos da doença. Sendo assim, os médicos estão passando a indicar que, em caso de perda total de olfato, as pessoas contatem o seu médico e evitem a automedicação. Por precaução, as pessoas com anosmia devem ficar confinadas em casa e usar máscara, segundo recomendações do Conselho Nacional Profissional de Otorrinolaringologia Francês.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já infectou quase 300 mil pessoas em todo o mundo, causando mais de 12 mil mortes ao redor do planeta. Depois de surgir na China, em dezembro, o surto já se espalhou por 164 países. Frente as novas descobertas de um sintoma característico que poderia diferenciar a doença de outras viroses, cientistas, empreendedores e universidades poderiam estudar e desenvolver novas técnicas, mais rápidas e eficazes, de realizar o diagnóstico para o coronavírus.
Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.