Pediatria geral, terapia intensiva, sedação e analgesia, nefrologia pediátrica e neuropediatria são alguns dos temas explorados nas pesquisas conduzidas pela equipe de pediatria do IDOR nos últimos anos. Entre os projetos mais atuais estão pesquisas translacionais na área de alterações epigenéticas associadas ao desenvolvimento infantil. Três das perguntas que os cientistas querem responder são: Que alterações o estresse crônico durante a infância pode causar em genes relacionados a doenças da vida adulta, como hipertensão, diabetes, obesidade, depressão e ansiedade? Essas alterações epigenéticas podem passar de uma geração para a outra? Existe alguma coisa que podemos fazer para reverter as alterações epigenéticas causadas pelo estresse crônico?

Para responder à primeira pergunta, os pesquisadores do IDOR acompanham grupos de crianças particularmente vulneráveis, como aquelas que ficam internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatais e aquelas que vivem em comunidades carentes e violentas. A equipe coleta amostras de sangue das crianças em diferentes etapas do desenvolvimento, para verificar a ocorrência ou não das alterações epigenéticas. Já a segunda pergunta pode ser respondida com uma combinação entre entrevistas com os pais – para coletar sua história de vida – e análise genética de amostras de genitores e bebês. Quanto às intervenções possíveis, uma das alternativas que estão sendo testadas é o método canguru, em que os bebês prematuros passam parte do dia em contato pele a pele com a mãe. O grupo pesquisa, ainda, a relação entre a ocorrência de eventos adversos na infância e o desenvolvimento de doença de Crohn e doença inflamatória intestinal na vida adulta. 

O IDOR desenvolve também pesquisas na área de sepse, com especial atenção a suas consequências para o sistema nervoso central; desenvolvimento sócio-emocional; qualidade em saúde; e consequências da infecção pelo vírus Zika durante o período gestacional.